Temos uma discussão que preconiza um movimento contra a "medicalização da vida", da escola e outra sobre a "invenção de mais doenças psiquiátricas" que estarão constando no DSM americano a partir do ano que vem e que influencia o mundo todo. Críticos acreditam que a indústria farmacêutica se beneficia disto e banca "pesquisas" e outras associações libidinosas do poder para que se construam mais diagnósticos. Em meio a isto tudo o TDAH tenta-se firmar enquanto doença. Percebam leitores, sou mera expectadora, as escolas estão cheias de crianças e adolescentes que demonstram não só comportamento, mas claramente crises mentais. Não há uma psiquiatria infantil ainda suficiente para o diagnóstico e reabilitação precoce. Acompanho vários casos indignada com a falta de serviços de qualidade para atendê-las.
sábado, 22 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
ACESSIBILIDADE
ASCAMTE convida:
APITAÇO EM FAVOR DA ACESSIBILIDADE!
HOJE, 21/09
CONCENTRAÇÃO ÀS 15H, NA PRAÇA RIO BRANCO
CONVITE
A ASCAMTE estará realizando no dia 21/9, dia em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, um apitaço em protesto pela falta de acessibilidade nas lojas e comércios de Teresina e pela precária condição do Transporte Eficiente. A concentração será a partir das 15h, na Praça do Relógio de onde sairemos em caminhada pelo calçadão buscando sensibilizar os donos de comércios e lojas para o cumprimento do Decreto Federal 5.296 que regulamenta a Lei Federal 10.098/00 e que estabelece normas gerais e critérios básicos de acessibilidade das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O prazo para o cumprimento dessa Lei expirou em 2007 e ainda hoje somos atendidos na calçada das lojas pela falta de uma rampa que nos dê acesso ao seu interior, inconcebível, não é? Seguiremos até a Prefeitura onde tentaremos falar com o Prefeito sobre a problemática do Transporte Eficiente.Diante do exposto, convidamos a todos que simpatizam com nossa luta a se fazerem presentes e nos apoiarem nesta batalha pelo direito a cidadania.
Obrigada
ASCAMTE
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
QUEM QUER TOMAR ELETROCHOQUE?
Mais notícia velha com temática atual e polêmica: quem quer tomar "eletrochoque"? Será agora como extrair dentes? Dá para confiar na defesa de alguns psiquiatras para remissão deste tratamento tão estereotipado e doloroso do passado?
[...] Até os anos 30, os tratamentos psiquiátricos se restringiam basicamente à psicoterapia. Pouco se podia fazer com os internados a não ser sedá-los com barbitúricos e mantê-los sob vigilância permanente, para que não fizessem mal a si mesmos ou a outros. Assim, pacientes podiam passar o resto da vida em manicômios. Com a observação hospitalar, descobriu-se que esquizofrênicos, quando sofriam também de epilepsia, tinham melhora expressiva logo após os ataques epiléticos. Em 1917, o neuropsiquiatra austríaco Julius Wagner-Jauregg criou a malarioterapia, para induzir os ataques. O tratamento consistia em inocular a malária no paciente, para que a febre alta resultante provocasse convulsões e, em decorrência, atenuasse os sintomas. Dez anos depois, a pesquisa lhe rendeu o Prêmio Nobel de medicina. Em 1934, o médico húngaro Ladislas von Meduna testou o uso do óleo de cânfora, para causar as convulsões. Dois dias após a quinta aplicação, o seu paciente esquizofrênico levantou-se da cama e começou a falar, pela primeira vez em quatro anos. Apesar do sucesso, as dores e aflições lancinantes, que a cânfora provocava antes das convulsões, fizeram com que o tratamento fosse abandonado.
O eletrochoque se baseia também na indução de ataques. Ele foi aplicado pela primeira vez pelo médico italiano Ugo Cerletti, que colocou dois eletrodos sobre a cabeça do paciente e provocou a convulsão por meio da corrente elétrica. O paciente inicial foi um homem de 39 anos, encontrado em estado delirante, numa estação de trem, em Roma. Diagnosticado como esquizofrênico, em 14 de abril de 1938 ele foi submetido à primeira sessão de eletrochoque. Quando acordou, Cerletti perguntou-lhe: "O que aconteceu com você?" A sua resposta, segundo o relato do médico, foi: "Não sei, talvez eu tenha dormido."
O eletrochoque se baseia também na indução de ataques. Ele foi aplicado pela primeira vez pelo médico italiano Ugo Cerletti, que colocou dois eletrodos sobre a cabeça do paciente e provocou a convulsão por meio da corrente elétrica. O paciente inicial foi um homem de 39 anos, encontrado em estado delirante, numa estação de trem, em Roma. Diagnosticado como esquizofrênico, em 14 de abril de 1938 ele foi submetido à primeira sessão de eletrochoque. Quando acordou, Cerletti perguntou-lhe: "O que aconteceu com você?" A sua resposta, segundo o relato do médico, foi: "Não sei, talvez eu tenha dormido."
Integra em:
USUÁRIO: PODER OU ACESSIBILIDADE?
Noticia antiga, necessidade imediata ainda.
Grupo se reuniu com a deputada Erika Kokay em Brasília (foto: Diogo Adjuto)
O Conjunto CFESS-CRESS acredita que a luta pela efetivação da reforma psiquiátrica é parte da agenda política dos/as assistentes sociais no Brasil e que deve ser fundamentada em valores e ações que levem, de fato, à superação das práticas sociais manicomiais e violadoras da autonomia e da liberdade emancipatória. Foi com esse posicionamento que o CFESS, representado pela conselheira Heleni Ávila e pela assessora especial Adriane Dias, foi à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 5 de julho, para discutir formas de contribuição com as atividades do Grupo de Trabalho sobre Saúde Mental, constituído na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
A reunião contou também com a participação de representantes do CFP, do CRP-DF, do CREFITO-RS, CREFITO-SP, Ministério da Saúde, UnB, UECE, ABRASME,, estudantes de psicologia e de enfermagem do Distrito Federal, além de representação nacional dos/as terapeutas ocupacionais e dos fisioterapeutas, entre outros/as. O objetivo do encontro, organizado pela deputada Erika Kokay, foi estabelecer uma metodologia para traçar um diagnóstico do problema da saúde mental no país e, em consonância com os princípios da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica, propor novas formas de abordagens e para o para o seu correto enfrentamento, que avancem para além das medidas de internações e de procedimentos médicos tradicionais.
O GT Saúde Mental será constituído por três parlamentares, sob a coordenação da deputada, que abriu o debate, avaliando que "as contribuições das entidades da sociedade civil são imprescindíveis para a discussão e formulação de propostas que assegurem o êxito do GT, permitindo a sua transformação num espaço de amplo debate, que expresse a pluralidade de pensamento sobre esse grave problema social e possa levar à definição de medidas para o seu correto enfrentamento".
A conselheira do CFESS Heleni Ávila afirmou que é fundamental que, antes de tudo, o GT construa coletivamente uma metodologia de trabalho, definindo o papel do grupo e os temas a serem analisados. "O problema da Saúde Mental no Brasil envolve diversos aspectos: a política de higienização dos centros urbanos, com a criminalização e violência contra a população em situação de rua, a falta de uma política de inclusão social e produtiva. É fundamental destacar ainda que a questão não se restringe ao problema do uso de álcool e outras drogas", ressaltou a conselheira.
Ao final da reunião, o grupo definiu que a metodologia abrangerá a criação de um fórum virtual para debates e discussões, e foi criada uma comissão que conduzirá as ações, composta por entidades nacionais, como o CFESS, o CFP, a Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Humanos (FNDDH), a ABRASME, dentre outras. Além disso, serão realizadas audiências públicas com os temas sugeridos na reunião, com o objetivo de, ao final, elaborar uma política nacional de direitos para as pessoas com transtornos psiquiátricos.
O lançamento oficial do GT ocorrerá em agosto, segundo a deputada, logo após o recesso parlamentar do mês de julho. Curta o CFESS no Facebook e siga-nos no Twitter
No Facebook: http://www.facebook.com/CfessOficial
No Twitter: https://twitter.com/#!/CfessOficial
No Youtube: http://www.youtube.com/user/CFESSvideos
Quando vamos pelo menos nesta categoria com um conselho nacional tão atuante, lutarmos para que assistentes sociais que vivem com transtornos mentais ( e são muitos), possam concorrer como pessoas com necessidades especias em concursos?
06/07/2012
Discussão sobre a Saúde Mental leva o CFESS à Câmara dos Deputados
Objetivo foi a criação de um GT para construção de uma Política Nacional de Direitos para as pessoas em sofrimento psíquico
Grupo se reuniu com a deputada Erika Kokay em Brasília (foto: Diogo Adjuto)
O Conjunto CFESS-CRESS acredita que a luta pela efetivação da reforma psiquiátrica é parte da agenda política dos/as assistentes sociais no Brasil e que deve ser fundamentada em valores e ações que levem, de fato, à superação das práticas sociais manicomiais e violadoras da autonomia e da liberdade emancipatória. Foi com esse posicionamento que o CFESS, representado pela conselheira Heleni Ávila e pela assessora especial Adriane Dias, foi à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 5 de julho, para discutir formas de contribuição com as atividades do Grupo de Trabalho sobre Saúde Mental, constituído na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
A reunião contou também com a participação de representantes do CFP, do CRP-DF, do CREFITO-RS, CREFITO-SP, Ministério da Saúde, UnB, UECE, ABRASME,, estudantes de psicologia e de enfermagem do Distrito Federal, além de representação nacional dos/as terapeutas ocupacionais e dos fisioterapeutas, entre outros/as. O objetivo do encontro, organizado pela deputada Erika Kokay, foi estabelecer uma metodologia para traçar um diagnóstico do problema da saúde mental no país e, em consonância com os princípios da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica, propor novas formas de abordagens e para o para o seu correto enfrentamento, que avancem para além das medidas de internações e de procedimentos médicos tradicionais.
O GT Saúde Mental será constituído por três parlamentares, sob a coordenação da deputada, que abriu o debate, avaliando que "as contribuições das entidades da sociedade civil são imprescindíveis para a discussão e formulação de propostas que assegurem o êxito do GT, permitindo a sua transformação num espaço de amplo debate, que expresse a pluralidade de pensamento sobre esse grave problema social e possa levar à definição de medidas para o seu correto enfrentamento".
A conselheira do CFESS Heleni Ávila afirmou que é fundamental que, antes de tudo, o GT construa coletivamente uma metodologia de trabalho, definindo o papel do grupo e os temas a serem analisados. "O problema da Saúde Mental no Brasil envolve diversos aspectos: a política de higienização dos centros urbanos, com a criminalização e violência contra a população em situação de rua, a falta de uma política de inclusão social e produtiva. É fundamental destacar ainda que a questão não se restringe ao problema do uso de álcool e outras drogas", ressaltou a conselheira.
Ao final da reunião, o grupo definiu que a metodologia abrangerá a criação de um fórum virtual para debates e discussões, e foi criada uma comissão que conduzirá as ações, composta por entidades nacionais, como o CFESS, o CFP, a Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Humanos (FNDDH), a ABRASME, dentre outras. Além disso, serão realizadas audiências públicas com os temas sugeridos na reunião, com o objetivo de, ao final, elaborar uma política nacional de direitos para as pessoas com transtornos psiquiátricos.
O lançamento oficial do GT ocorrerá em agosto, segundo a deputada, logo após o recesso parlamentar do mês de julho. Curta o CFESS no Facebook e siga-nos no Twitter
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012
PREVENÇÃO AO SUICÍDIO E SUAS POSSIBILIDADES
Identificar pessoas em situação de vulnerabilidade e prevenir mortes por suicídio por meio de uma rede interligada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).Essa é a meta do Programa de Prevenção ao Suicídio, lançado nesta segunda-feira, pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por ocasião do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Para incentivar políticas públicas voltadas para a prevenção do suicídio em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde cobrou em documento mais ações relativas à questão.
De acordo com a coordenadora de Prevenção ao Suicídio da Diretoria de Saúde Mental, Beatriz Montenegro, o DF é a primeira unidade federativa a desenvolver uma política pública voltada para a prevenção do suicídio. “Existem as Diretrizes Nacionais de Prevenção ao Suicídio, lançadas pelo Ministério da Saúde em 2006, que preveem que as unidades federadas desenvolvam políticas”, explicou.
Segundo ela, a política proposta pela Secretaria de Saúde precisa estar fundamentada em uma ação intersetorial dos diversos níveis de complexidade do sistema público de saúde. “A gente precisa de uma política que sensibilize, que capacite os profissionais e que articule essa rede de maneira a oferecer para a pessoa que está em situação de vulnerabilidade uma atenção integral e adequada”, completou.
Dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) indicam que o DF registra uma média de 20 casos de tentativa de suicídio por mês, sendo até dois consumados. Há cerca de um ano, o órgão dispõe também de duas psicólogas que atuam em casos em que a pessoa tenta tirar a própria vida.
“Quando a Central 192 identifica uma tentativa de suicídio, a equipe de enfermeiros e técnicos de enfermagem vê a parte clínica e se o paciente precisa ser encaminhado ao hospital. Depois disso, entra a equipe de psicologia. A gente vai ao local e faz uma intervenção com o paciente e com a família, tentando sensibilizar para um tratamento e um acompanhamento na rede”, explicou Elaine Medina, psicóloga do Samu.
Ela alertou que é um mito pensar que quem tenta o suicídio quer chamar a atenção ou que quem quer se matar não avisa ninguém. Segundo a especialista, a ameaça de suicídio deve sempre ser levada a sério. Dados do Samu mostram também que pelo menos dois terços das pessoas que cometem suicídio haviam comunicado a intenção, de alguma maneira, aos amigos e à família.
“Quem tenta o suicídio quer acabar com uma dor psíquica, com um momento difícil pelo qual está passando. E quem tenta uma vez, se não houver um trabalho ou um suporte, vai tentar de novo até conseguir”, concluiu Elaine.
Confira abaixo sinais que podem ser apresentados por pessoas em risco de tirar a própria vida, de acordo com informações do Samu:
- Abandono de amigos e/ou atividades sociais.
- Perda de interesse em atividades que antes traziam prazer.
- Não conseguir assumir as responsabilidades diárias.
- Apresentar estado emocional alterado ou instável (agitação, irritabilidade, descontrole ou agressividade).
- Ter um plano de suicídio estruturado.
- Adotar comportamentos de risco, como consumo de álcool e outras drogas.
- Falar sobre morte ou sobre morrer.
- Perda de interesse em atividades que antes traziam prazer.
- Não conseguir assumir as responsabilidades diárias.
- Apresentar estado emocional alterado ou instável (agitação, irritabilidade, descontrole ou agressividade).
- Ter um plano de suicídio estruturado.
- Adotar comportamentos de risco, como consumo de álcool e outras drogas.
- Falar sobre morte ou sobre morrer.
Confira também algumas frases classificadas pelo Samu como de alerta:
- Eu preferia estar morto.
- Eu não posso fazer nada.
- Eu não aguento mais.
- Eu sou um perdedor e um peso para os outros.
- Os outros vão ser mais felizes sem mim.
- Eu não posso fazer nada.
- Eu não aguento mais.
- Eu sou um perdedor e um peso para os outros.
- Os outros vão ser mais felizes sem mim.
O Samu listou ainda dicas para ajudar pessoas em risco de cometer suicídio:
- Criar proximidade com a pessoa sem se colocar em risco.
- Tentar estabelecer uma relação de confiança.
- Procurar escutar sem fazer juízo de valor.
- Demonstrar interesse em ajudar.
- Permitir que a pessoa expresse seus sentimentos.
- Tentar perceber se existe um plano de suicídio.
- Nunca deixar a pessoa sozinha e procurar envolver outras pessoas (familiares e amigos).
- Encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional.
- Caso avaliar risco de suicídio, ligar para o 192.
- Tentar estabelecer uma relação de confiança.
- Procurar escutar sem fazer juízo de valor.
- Demonstrar interesse em ajudar.
- Permitir que a pessoa expresse seus sentimentos.
- Tentar perceber se existe um plano de suicídio.
- Nunca deixar a pessoa sozinha e procurar envolver outras pessoas (familiares e amigos).
- Encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional.
- Caso avaliar risco de suicídio, ligar para o 192.
Correio do Brasil
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
DESCUIDOS EM SAÚDE PÚBLICA NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
DENUNCIANDO:
Está faltando psiquiatra pela manhã no CAPS sudeste, fato que sobrecarrega o atendimento da tarde. A coordenação informa que tem feito todos os esforços junto a Regional de Saúde/ leste. Há até um profissional interessado em assumir, mas não se sabe o motivo da burocratização, há quase um mês. Enquanto isso um significativo número de usuários pagam o preço em crises. A falta de uma Coordenação de Saúde Mental no municipio que tem uma rede um tanto extensa faz muita falta. Aposto um doce, ou melhor nesse calor, um picolé, que a gerência de saúde mental do Estado não sabe deste problema no Gurupi, numa área que registra um significtivo número de pessoas que vivem com transtornos mentais, nas situações sociais mais angustiantes imagináveis.
O Amigo no Ninho é só uma formiguinha carregando peso além do limite do próprio corpo. Vamos na segunda-feira encaminhar denúncia formalizada ao Ministério Público.
Membro bastante atuante de um Conselho Comunitário me traz a informação que a penintenciária Major Cesar Oliveira tem 70 pessoas presas que sofrem com transtornos mentais, sem atendimento psiquiátrico, isoladas numa ala, maltrapilhos, verdadeiros farrapos humanos, segundo a descrição do conselheiro. Nos convidaram para uma visita que será feita junto a outras entidades.
O nó da Reforma Psiquiátrica segundo Pedro Gabriel Delgado, é a questão do louco infrator. Algumas iniciativas já foram tomadas pelo Conselho Nacional de Justiça quanto a encruzilhada do cuidado que sofrem estas pessoas. Mas nos esforçaremos para irmos lá, conferir a veracidade dos fatos e pensarmos a quem, a que instituição recorrer.
MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA EM CRISE PARA INICIANTES
Lá, eu, tia e minha filha fomos às práticas integrativas hoje à tarde. Menos inquieta, mas ainda com comportamento infantilizado, nossa amiguinha não aceitou a acupuntura auricular e se negava a receber a bionergia no Centro Espirita. Depois fomos ao supermercado, ainda bem que as agulhinhas estavam atuando na minha orelha e os florais. Que cansaço cuidar de alguém em crise! Ela não tem mãe, foi criada só por pai junto a outros irmãos. Toda a medicação é indicativa que os psiquiatras acreditam que seja bipolar.
Observo que a criança e a jovem de dezenove anos lutam para se encontrar, fundirem-se ( o eu dividido?), tornarem -se uma só, adulta e esperançosa de um futuro melhor. Sua fala delírio/lucidez é clara neste sentido. Quer estudar, casar, dar orgulho para o pai e recompensar a tia, logo volta a infãncia exigindo bombons, choramingando, querendo chamar a atenção de qualquer modo, responde mal a tia, faz chantagem dizendo que se matará se o que deseja não for feito de imediato.
A prática integrativa e complementar deveria ser trocada ou somada a psicoterapia neste momento. Mas onde e como?
terça-feira, 4 de setembro de 2012
LEGISLAÇÃO OU LENGA DO GOVERNO DILMA?
PORTARIA Nº 854, DE 22 DE AGOSTO DE 2012
Legislações - GM
Sex, 24 de Agosto de 2012 00:00
PORTARIA Nº 854, DE 22 DE AGOSTO DE 2012
O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições,
Considerando a Portaria nº 3.088/GM/MS, de 23 de dezembro de 2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso do crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde;
Considerando as orientações contidas na Portaria nº 336/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2002, que define e caracteriza as modalidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) na rede SUS;
Considerando a Portaria nº 130/GM/MS, de 26 de janeiro de 2012, que redefine o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas 24h (CAPS AD III);
Considerando a Portaria nº 3.089/GM, de 23 de dezembro de2011, que dispõe sobre o financiamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS);
Considerando a necessidade de aperfeiçoamento e adequação do modelo de atenção oferecida pelo SUS aos usuários de da rede de saúde mental, álcool e outras drogas e de estruturação e fortalecimento de uma rede de assistência centrada na atenção comunitária,
associada à rede de serviços de saúde e sociais, com ênfase na reabilitação e reinserção social;
Considerando a necessidade de informar no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS) os procedimentos resultantes de ações de atenção a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool e outras drogas; e
Considerando a necessidade de qualificar a informação relativa aos atendimentos realizados nos CAPS, resolve:
Art. 1º Ficam alterados, na Tabela de Procedimento , Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde os seguintes atributos dos procedimentos a seguir especificados, a partir da competência Outubro de 2012:
ANEXO II
ORIENTAÇÃO DE PREENCHIMENTO DA FICHA COMPLEMENTAR DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Todos os tipos de estabelecimentos de saúde, 70 - CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL deverão preencher no SCNES, esta ficha complementar conforme as orientações abaixo. Para identificação dos CAPS deverão ser observados os critérios abaixo estabelecidos:
1 - DADOS OPERACIONAIS:
Informar se o comando é de INCLUSÃO, ALTERAÇÃO OU EXCLUSÃO: campo com preenchimento obrigatório.
2 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
Deverá ser informado o CNES e nome fantasia do estabelecimento do CAPS: campo com
preenchimento obrigatório
3 - CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE
3.1 - A estrutura deste estabelecimento é?
Responder se a estrutura do estabelecimento é própria ou alugada (campo com preenchimento obrigatório).
3.2 - Esta unidade possui parceria com ONG/OS/OSCIP?
Responder Não ou SIM, se a resposta for sim, deverá ser indicado o nome da com ONG/OS/OSCIP (campo com preenchimento obrigatório).
4 - VAGAS PARA ACOLHIMENTO NOTURNO
Deverá ser informado o número de vagas de acolhimento noturno correspondente ao número de leitos de atenção integral disponíveis na unidade: campo com preenchimento obrigatório para os CAPSad e CAPSad III.
5 - DADOS DO COORDENADOR
Deverá ser identificado o Coordenador do CAPS lotado no estabelecimento de saúde Na ficha
deverão ser preenchidos os campos de NOME, CPF, CNS, E-MAIL, TELEFONE, CBO e CHS com base no cadastro Existente do profissional. No SCNES, essas informações serão importadas do cadastro do profissional, através da opção de Pesquisa de Profissional existente (campo com reenchimento obrigatório).
6 - HOSPITAL GERAL DE REFERÊNCIA
Deverá ser informado o CNES e nome fantasia do hospital geral de referência ao qual o CAPS
está vinculada: campo com preenchimento obrigatório para os CAPSad e CAPSad III.
7 - UNIDADE REGIONAL (se sim, indique os municípios que compõem a área de abrangência) Responder se sim, ou não. Caso a resposta seja sim, deverá ser indicado os municípios que compõem a área de abrangência (deverá ser indicado no mínimo um município). Preencher o código do IBGE e nome do município (se a resposta indicada for sim, este campo será obrigatório).
8 - RESPONSÁVEL PELO CADASTRO
O cadastro dos CAPS deverá ser realizado pelo gestor municipal/estadual ou pelo próprio
estabelecimento se assim for delegado pelo gestor.
No encontro sobre redes e representações sociais promovido pela coordenadoria de estadual de enfrentamento às drogas, a ausência de um técnico bem informado da gerência estadual de saúde mental negou a todos o acesso a informações como estas. Os técnicos da coordenadoria (gente super do bem), afinizados com as comunidades terapêuticas e outras iniciativas de combate às drogas vindas da sociedade civil continuam a margem da politica nacional sobre drogas no que diz respeito aos financiamentos, a aceitação e cobrança numa ação politica de implantação de novos dispositivos de saúde em dependência química estatais, públicos, que ofertem cuidados com resolutividade.
Continuamos com apenas dez leitos no hospital do Mocambinho. Promessa de mais vinte foram feitas ainda em 2011 e nunca foram cadastrados. Esperamos o centro de recuperação em dependência química feminina. Não temos serviços institucionais para onde encaminhar.
Considero uma irracionalidade deste governo retirar a função da gerência de saúde mental de está promovendo ações em saúde na dependência química. Se dependência química é considerada doença e há recursos do MS para seu enfrentamento é na saúde mental que ela deveria está.
sábado, 1 de setembro de 2012
INTERNAÇÃO INTEGRAL QUANDO NECESSÁRIO
Hoje pela manhã levei nossa nova personagem comigo para meu trabalho, havia uma festa, Lá não saiu da crise aguda na enfermaria de crise do HAA, Dr. Ediwirton foi super parceiro e a deixou além das 72 horas, mesmo com mudanças de medicação, sem resposta ela "desceu" para o pavilhão, ficou no mais calmo, ou seja onde as pacientes estão mais estabilizadas. Com quinze dias está passando o final de semana em casa. Ainda "tonta". Morrendo de medo de voltar para o HAA não está rejeitando a medicação: lítio 30 mg, haldol 5mg, levozine 25 mg e cinetal 2mg.
Interná-la foi uma decisão subjetiva extrema: uma tia queria levá-la para um centro espirita e uma outra para uma igreja evangélica. Nunca pensei que lutaria tanto por uma internação integral. O secular HAA, sempre paterno fez seu serviço na rede. Fomos trabalhando a familia que aos poucos envolveu-se toda, mesmo que os cuidados maiores recaia mais sobre uma das tias, mas irmãs, madrinhas, namorado, todos se revesaram como acompanhantes. Muito interessante acompanhar esse processo.
A doutrina espirita kardecista tem toda uma terapêutica para o transtorno mental. A tia foi atendida primeiro, compensou sensivelmente e pôde recebê-la mais tranquila neste final de semana. Ontem Lá tomou seu primeiros passes bionergéticos, diz se sentir bem. Vejo a situação como prática integrativa e complementar ao tratamento alopático e psicoterapêutico.
Não sabemos se a devolveremos para o HAA na segunda-feira. O CAPS é longe de casa, com dificuldades de acesso a ônibus. Será que o transporte eficiente poderia nos ajudar na perspectiva de rede. Procurarei o CRAS da região, de repente somente até ela estabilizar mais firmemente e fazer ambulatório.
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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO
POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.