O que muitos pais podem achar que é apenas uma fase da adolescência, na verdade, pode indicar sinais de um transtorno. Uma pesquisa desenvolvida no Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos sugere que os primeiros sinais de bipolaridade aparecem na adolescência e não a partir dos 20 anos, como se pensava. O estudo foi divulgado na publicação Archives of General Psychiatry.
Diferenças entre crianças e adultos
Na maioria dos adultos, as manifestações clínicas são clássicas o humor oscila de um extremo ao outro, da alegria incontrolável e raciocínio veloz à depressão e apatia. No caso das crianças, não é comum ocorrer essa gangorra emocional. “A doença se apresenta por meio de uma conjunção de sintomas menos específicos, como impulsividade, irritabilidade, dispersão, agitação e acessos de raiva”, diz Evelyn Vinocur.
Diagnóstico - Por causa dos sintomas pouco específicos, é recorrente que a criança bipolar seja diagnosticada com outros males, como o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). “É muito pesado para os pais levantarem a hipótese do transtorno, o que contribui para um desconhecimento dos sintomas e um atraso muito grande no diagnóstico e tratamento”, explica a psicoterapeuta Evelyn. Por isso, o Transtorno Bipolar do Humor na Infância e Adolescência é uma condição que precisa ser muito divulgada.
Com um único CAPS i no Estado temos um sério problema com os diagnósticos de crianças e adolescentes, nós que trabalhamos em escolas, percebemos que certa criança é "diferente", tem comportamentos bizarros, muitos são agressivos demais, insociáveis ao mesmo tempo que tem uma inteligência ímpar ou tem dificuldades cognitivas. Os pais orientados ao recorrerem a um serviço médico psiquiátrico, no caso apenas o CAPS i, que se identifica como serviço prioritário para casos agudos e severos, estas crianças inclassificáveis como tais, tem sempre o diagnóstico de retardo mental nas suas variações. Acredito que seja mais um "diagnóstico social", F.71 dará um carteirinha de passe livre com direito a acompanhante à mãe pobre ou a avó precocemente envelhecida. E infelizmente ficamos sem a prevenção de crises do TAB, até que um estressor externo a desencadei levando este usuário a disfunções graves provocadas pela doença.
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