Ela conversava comigo e dizia que sentia um enorme peso no peito. Perguntei se conseguia fazer a diferença entre sintomas do transtorno ou era apenas algo emocional, uma tristeza comum. Ela acha que é depressão, que não "está" feliz. Pergunto o que a faria feliz neste momento na sua vida, capaz de tirar o "peso" do seu coração. Passa alguns minutos sem responder. Suspira e enfática, afirma que gostaria de um emprego que há muito tempo luta para entrar numa atividade produtiva. Tem formação superior, branca, mais de trinta anos, mãe, culta, já trabalhou antes. Se afiniza com informática e produção cultural. Tem mercado para esta profissional. Só que usa mgs de medicação psicotrópica, tem uma língua um tanto enrolada e o caminhadinho clássico de paciente psiquiátrico, com braços um tanto endurecidos e retos. O mercado de trabalho é condescendente com deficientes físicos e mais preconceituoso com o trantorno mental? O estigma fala mais alto?
Em outros Estado ouvimos falar ( ou lemos ) sobre a Economia Solidária que envolve a geração de renda para usuários, aqui no Piaui tentamos dezembro passado junto a grande empresa de supermercados colocar curriculos de alguns usuários para seleção. Companheiras dos CAPS foram bastante solícitas e se envolveram na empreitada. Soube apenas de um usuário do CAPS sudeste que ficou trabalhando. Já tentamos com o SINE, num projeto para deficientes e pessoas reabilitadas. Parece concorrência ampla, é preciso insistir, passar por entrevista. Uma assistente social orientou que a usuária ao falar com a psicóloga omitisse que era esquizofrênica. Ora, queremos é a prioridade, o trabalho protegido. Pessoas com transtorno mental geralmente tem baixa estima, como são desacreditadas, acreditam que não podem mesmo.
Dia 18 de maio dia nacional da luta antimanicomial, que mais do que antes significa os esforços que podemos fazer para mantermos o maior número de pessoas que vivem com transtornos mentais, estabilizadas e inseridas em todas as áreas da vida em comunidade.Chamo novamente os técnicos que fazem a atenção psicossocial em Teresina voltarem-se para a temática da inserção social pelo trabalho.
Em outros Estado ouvimos falar ( ou lemos ) sobre a Economia Solidária que envolve a geração de renda para usuários, aqui no Piaui tentamos dezembro passado junto a grande empresa de supermercados colocar curriculos de alguns usuários para seleção. Companheiras dos CAPS foram bastante solícitas e se envolveram na empreitada. Soube apenas de um usuário do CAPS sudeste que ficou trabalhando. Já tentamos com o SINE, num projeto para deficientes e pessoas reabilitadas. Parece concorrência ampla, é preciso insistir, passar por entrevista. Uma assistente social orientou que a usuária ao falar com a psicóloga omitisse que era esquizofrênica. Ora, queremos é a prioridade, o trabalho protegido. Pessoas com transtorno mental geralmente tem baixa estima, como são desacreditadas, acreditam que não podem mesmo.
Dia 18 de maio dia nacional da luta antimanicomial, que mais do que antes significa os esforços que podemos fazer para mantermos o maior número de pessoas que vivem com transtornos mentais, estabilizadas e inseridas em todas as áreas da vida em comunidade.Chamo novamente os técnicos que fazem a atenção psicossocial em Teresina voltarem-se para a temática da inserção social pelo trabalho.
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