Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) são considerados estratégia prioritária adotada no processo de desinstitucionalização prevista pela Reforma Psiquiátrica. São implantados com a missão institucional de substituir a rede manicomial de assistência, visando à diminuição das internações e reinternações em suas dependências, promovendo a reabilitação psicossocial de pacientes psiquiátricos, bem como a prevenção da cronificação de casos. Os serviços prestados nos CAPS pretendem desenvolver novas tecnologias de cuidado integral em saúde mental, baseados em princípios como liberdade, cidadania, acolhimento, territoriedade, emancipação, dentre outros (GOLDBERG; Boletim 18 de maio, RJ:2004).
sexta-feira, 26 de junho de 2009
USUÁRIOS, UNÍ-VOS!!!
Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) são considerados estratégia prioritária adotada no processo de desinstitucionalização prevista pela Reforma Psiquiátrica. São implantados com a missão institucional de substituir a rede manicomial de assistência, visando à diminuição das internações e reinternações em suas dependências, promovendo a reabilitação psicossocial de pacientes psiquiátricos, bem como a prevenção da cronificação de casos. Os serviços prestados nos CAPS pretendem desenvolver novas tecnologias de cuidado integral em saúde mental, baseados em princípios como liberdade, cidadania, acolhimento, territoriedade, emancipação, dentre outros (GOLDBERG; Boletim 18 de maio, RJ:2004).
ARTICULAÇÃO SAÚDE MENTAL E SAÚDE BÁSICA
NA PÁGINA POLICIAL
terça-feira, 23 de junho de 2009
REUNIÃO DO NINHO: PRECISAMOS DE MAIS ASAS COM URGÊNCIA;PRIORIDADE PARA VOLUNTÁRIOS QUE USEM MEDICAÇÃO CONTROLADA
domingo, 21 de junho de 2009
INTERNAÇÕES INVOLUNTÁRIAS: alguém em Teresina já ouviu falar dessa parte da lei 10.216/001
São Paulo e Rio têm sistemas precários para acompanhar internações involuntárias
Sábado,20 de de 2009 06:06
Oito anos de reforma da assistência a doentes mentais no País ainda não garantiram uma fiscalização adequada das internações psiquiátricas involuntárias, as que ocorrem contra a vontade do paciente. Isso porque ainda não há comissões fiscalizadoras de sua necessidade. A situação dá margem para que os direitos dos doentes sejam desrespeitados. Só na capital paulista, uma média de 14 pessoas foram internadas diariamente em hospitais psiquiátricos contra a própria vontade em 2008, um total de 5.055 indivíduos, segundo dados inéditos da instituição. As comunicações foram feitas ao Ministério Público do Estado de acordo com o preconizado pela Lei 10.216, que determinou, a partir de 2001, que as internações deveriam ser o último recurso terapêutico e que, se não houvesse consentimento do doente, deveriam ser levadas às promotorias em 72 horas. No entanto, apesar do esforço, o sistema de comunicação via internet só funciona na capital - no restante do Estado, é feito por papel. Também não existe, como previsto em portaria de 2002, uma comissão externa de médicos e outros profissionais para revisar as internações após sete dias, o que deveria ser implantado pelo governo estadual, com a possibilidade de participação de usuários dos hospitais psiquiátricos. Além disso, na maioria das vezes, não há dados específicos do diagnóstico. "Os promotores trabalham só mediante denúncia", reconhece o promotor Reynaldo Mapelli, responsável pela área de saúde do Centro de Apoio Operacional Cível. O próprio Censo Psicossocial dos Moradores em Hospitais Psiquiátricos - que levou em conta aqueles que estão há pelo menos um ano em hospitais -, trabalho inédito do governo paulista que será apresentado nesta semana, alerta que 77% das internações de 6.349 pacientes foram involuntárias. Entre as suas recomendações, reconhece a necessidade de criação da comissão revisora, além de todas as ações necessárias para acabar com pacientes moradores, situação que contraria a lei, pela qual instituições asilares são proibidas. Além disso, São Paulo não realizou nem mesmo a última avaliação dos hospitais psiquiátricos do Ministério da Saúde, o que ajudaria a ter um quadro mais atualizado sobre a qualidade da assistência. A secretaria informou que participará da próxima avaliação e que já discute implantar a comissão. A precariedade na fiscalização não é exclusividade paulista. "Aqui a comissão está instalada, mas não tem uma regularidade que eu possa dizer que seja a contento", admite o gerente de saúde mental do Estado do Rio de Janeiro, Marcos Gago, onde só a capital tem cerca de 2 mil internações involuntárias por ano e o Estado, 3 mil pacientes moradores. As comunicações chegam todas por papel ao Ministério Público fluminense. "O MP não consegue lidar com tantas informações. A questão da reforma não é acabar com as internações, mas dar qualidade a tudo isso", diz Gago. O Estado estuda criar comissões regionais. O controle das internações foi o meio de garantir o direito à cidadania dos doentes, explica Paulo Amarante, responsável pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Fundação Oswaldo Cruz. "Uma pessoa recolhida assim não tem visibilidade social e há risco de a internação ser feita por uma herança, por uma briga de casal", diz o especialista. Amarante acrescenta, no entanto, que não só as internações involuntárias como as voluntárias - que pela lei têm de ter termo de livre consentimento do paciente - deveriam ser fiscalizadas. "É muito nebuloso. Hospitais registram como voluntária para não ter burocracia." O especialista explica ainda que, como a lei não definiu qual seria o papel do Ministério Público na fiscalização, há uma diversidade de entendimentos. Em Pernambuco, por exemplo, o MP tem a prática de efetivamente visitar uma amostra das pessoas internadas, para verificar a real necessidade da hospitalização - hoje sabe-se que, com os remédios existentes, longas internações não são necessárias. Outras promotorias trabalham por meio de denúncia. Sérgio Tamai, responsável pela área de saúde mental da Federação de Hospitais do Estado de São Paulo, diz acreditar que a fiscalização é de difícil implementação, por causa do volume de internações. "É difícil traduzir isso em ações em São Paulo, por exemplo." Afirma ainda que os abusos não ocorrem com frequência. "Isso é ficção, coisa de novela", defende. O Ministério Público paulista só descobriu que uma clínica para dependentes de drogas em Embu Guaçu (a 47 km da capital) fazia internações ilegais após receber relatórios da vigilância sanitária e depois de familiares fazerem denúncias. O local não tinha sequer médico responsável, prontuários em branco, alimentos estragados, ratos e correntes nas portas. As internações involuntárias não eram registradas. Um dos donos da clínica, o ex-cantor Rafael Ilha Pereira, é investigado por suposto homicídio de um paciente que tentou levar à força para o hospital. Além disso, Ilha teria também tentado levar à força uma mulher supostamente usuária de drogas, que disse à polícia que foi o ex-marido que pediu que fosse internada, por vingança. "Não tínhamos conhecimento do que ocorria", diz a promotora Maria Gabriela Manssur. A clínica foi fechada recentemente e repassada a um terceiro. (informações do Estadão)
domingo, 14 de junho de 2009
VIVA OS OBLONGS!!!!!!!!!!
APOIO:
AMA, APAE, APADA, AMH,NANISMO,CEIR,ASTE,ASCAMTE,ACEP,SOADF,CIES,PESTALOZZI,LAR RENASCER,FCD,
ANA CORDEIRO,AOSEPI. Isso estava escrito nas camisetas, mas estavam presentes o grupo Matizes, OAB, CAS, eu estava lá como mãe de surda, Flora Isabel, Nazareno Fonteles e outros representantes governamentais.
13 de junho é o dia Nacional da Pessoa com Deficiência, as leis já existentes que beneficiam os PPDs não nos protegem. Continuamos inimputáveis ou presos no manicômio. As outras deficiências tem cotas nos concursos, nós temos que provar que estamos em plena sanidade mental, passando por junta médica psiquiátrica depois de aprovados. Melhor dizer que está tudo bem. Nos esconder como noutro filme de bonecos esquisitos programados para se esconder, lutar jamais, de um exército de outros bonecos normais, soldados tipo Rambo programados para exteminar-los.
Acaba de sair um livro importante para o movimento em defesa dos direitos de gays e lésbicas. É a nova publicação da Fundação Perseu Abramo, Na trilha do arco-íris: Do movimento homossexual ao LGBT, de Júlio Assis Simões e Regina Facchini.
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Não posso deixar de registrar que recebi email da Associação Brasileira de Psiquiatria em apoio ao post sobre a homofobia. Quem conhece a história da psiquiatria sabe como isso é significativo. A ABP lançou um projeto de estudos sobre os efeitos da discriminação.
Essa postagem está no blog O Biscoito Fino e Massa
http://www.idelberavelar.com
ABP progressista, procurando o perdão de 500 anos, tal a igeja pediu perdão a Galileu. Mas acrescente-se aqui se um homossexual for pessoa com transtorno mental, a ABP defenderá que este seja tratado no manicômio ou no "hospital psiquiátrico humanizado". Conversa para boi dormir.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
BELEZA TORQUATIANA : QUASE REGISTROS DE UM QUASE GRUPO
2. Loucos produtivos: tudo que nós queremos ser, se a "normalidade", se a racionalidade das instituíções nos permitíssem. Tenho formação em Ciências Sociais, Serviço Social, Terapia Comunitária, Especialização em Metodologias do Ensino, dezenas de minicursos, participação em congressos, sou membro do Conselho Deliberativo da ABRASME (Associação Brasileira de Saúde Mental) a mais bem votada para o biênio 2009/2010 e uma diretora adjunta, formada em biologia no período especial da UESPI, depois de um atestado médico psiquiátrico, disse eufemisticamente que eu era estressada e me tirou da sala de aula, com toda violência que alguns normais fazem com os loucos. E aí?
3. Nossa saúde é está com os sintomas leves ou em remissão. Medicação e muita terapia, vida regrada, disciplina monástica como a minha. E produtiva. Difícil, amiga.
4. Louco também gosta de dinheiro, poder, reconhecimento, quer publicar livro... não tem porque você agir de forma diferente das suas outras iniciativas. Não somos psicóticos da "bolha de plástico", nem todo louco é artista ou curte filosofia. Criar uma redoma zen dentro da UFPI para enfrentar o sufoco diário é um trabalho de Hércules. Já tentei criar tantos grupos de apoio, essa é a terceira vez na UFPI... minhas idéias são simples: apoio, suporte e ajuda-mútua. Com mais experiência nestes dois anos de Ninho, sistematizei o Curso de sensibilização: Amigo cuidador e a automonitoração dos sintomas. [...]
MOVIMENTO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE MENTAL
Há um ano mais ou menos relatei aqui no blog sobre estudantes universitários que vivem com transtornos mentais e suas dificuldades de permanência no curso, reprovação, rendimento escolar baixo e por consequência a não acessibilidade a carreira acadêmica enquanto discente como a participação em monitorias, bolsas de iniciação científica, estágios, etc. E não há por parte da UFPI uma sensibilização efetiva que facilite a inclusão e permanência destes alunos nos cursos com níveis aceitáveis de aproveitamento acadêmico. Um esquizofrênico ou um bipolar sem acompanhamento específico leva dez ou mais anos para terminar uma graduação. É dinheiro público disperdiçado, é preciso que a instituíção enquanto "escola inclusiva" invista em opções alternativas para auxiliar esses estudantes, diminuindo esse tempo de conclusão de curso e formando profissionais pessoas com transtornos mentais com possibilidades reais de produtividade no mundo do trabalho.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL
segunda-feira, 8 de junho de 2009
TERESINA GANHARÁ MAIS DOIS CAPS AINDA ESTE ANO:SERÁ?
domingo, 7 de junho de 2009
DESAFORO
Existe resmas e resmas de papéis escritos sobre o controle social no SUS, cartilha do usuário. O SUS paga exames, procedimentos caríssimos que muitas vezes o beneficiado é aquela pessoa que tem dinheiro e não enfrenta como a maioria o atendimento precário no postinho da Fundação Valter Alencar, sob o sol de Teresina, aqui no Renascença, meio dia para marcar consulta e os médicos não aparecem, e está lá a placa do SUS. Não deve ser diferente nas periferias Brasil afora.
Quanto a saúde mental, acabou a sangria de dinheiro público para hospital psiquiátrico com péssima hotelaria e maus tratos a pacientes. Isso incomoda aos trabalhadores de mais de 30 anos de manicômio, pessoas "crônicas", de olhar cronificado. A reforma psiquiátrica brasileira é um processo histórico. Está acontecendo, se solidificando. São Paulo acaba de ser obrigado há abrir mais CAPS, residências terapêuticas, etc. Não haverá retrocesso.
DESAFORO é mandar comentários para meu blog defendendo pessoas manicomiais, seja quem for, é não respeitar uma sobrevivente. NÃO PUBLICO.
Prezado Ferreira Gullar
Certa vez você escreveu assim:
Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
saudações antimanicomiais
Rita de Cássia de A. Almeida
Juiz de Fora/MG
trabalhadora de CAPS e militante da reforma psiquiátrica brasileira há 12 anos.
14 de Abril de 2009 05:29