sábado, 7 de fevereiro de 2009

ÉDIPOS MAL RESOLVIDOS

Em 2005 por dez meses participei de uma formação em Terapia Comunitária, nas vivências entre nós aprendizes, muitas vezes o problema escolhido para o debate era de uma pessoa que tinha sérios problemas na vida adulta por conta da relação paterna na infância ou ainda na vida adulta.
Lembro especialmente de uma vivência em Fortaleza, na presença de Dr. Adalberto Barreto, criador da Terapia Comunitária, que somavam-se quase setenta pessoas, através de um problema de um pai que gostaria de reconquistar a filha, surgiram mais umas cinco ou mais histórias, mais sofridas e humanamente ricas, que fez muitos que não expuseram também sua dor, chorarem e se fortalecerem ao mesmo tempo.
É preciso se libertar do pai. E a partir daí vê-lo como ser humano, cheio de limitações, erros. É preciso perdoar nossos pais, afirmava Adalberto Barreto. Nossa liberdade emocional está atrelada a não alimentação do ódio, do rancor. Exercício de maturidade humana, acima de tudo.
Gosto muito do poema abaixo, do meu caro amigo Fabiano Abreu.

2 comentários:

Anônimo disse...

Toda minha neura envolve édipo e como isso fui e ainda carrego para todas as minhas relações e a forma como vejo o mundo. Podemos perdoar, é uma coisa boa. As vezes perdoar a nós mesmo, mas na terapia tem algo que me incomoda. Na terapia são momentos maravilhosos até quando chegamos em casa e percebemos que ter conscienia não é o suficiente, nem perdoar, e geralemnte impossivel aceitar essa condição. O que resta é conviver, compensando em outras coisas mas o fantasma está sempre ali, como se fosse nossa sombra, nossa inseparável sombra.

Flavinha Roberta disse...

Dificil isso hein??!!
Tão necessario quanto dificil de se fazer...
Lendo aqui pensei em escrever sobre isso..quem sabe em breve.
Bjux!

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.