terça-feira, 22 de julho de 2008

VIAGEM ATRAVÉS DA LOUCURA - I

AS pinturas e a merda de Mary

Mary lambuzava merda com a habilidade de um calígrafo zen. Ela liberava energias com uma de suas muitas pinceladas naturais, espontâneas e não-conscientes do que a maior parte dos artistas expressa, em toda uma vida de trabalho. Eu me maravilhava com a elegância e eloquëncia de sua imagística, enquanto os outros enxergavam apenas seus cheiros.
Seria a pintura a estrada real para o inconsciente de Mary? Poderia ela fornecer um meio de revelar os mistérios de seu mundo interior? Eu estava decidido a descobrir. Enquanto esperava até Mary está suficientemente firme, antes de sugerir que ela experimentasse crayons papel branco, além dos produtos de seu corpo e as paredes da sala de visitas, lembrei-me das palavras de John Thompson: "Esteja atento para as maneiras através das quais os homens se revelam!" John ilustrara esse conselho com um relato de como conseguira comunicar-se com um rapaz que passara muitos anos com "esquizofrênico catatônico" no pavilhão dos fundos de um hospital de Nova York.

Mary Barnes & Joseph Berke,1977 (Sobre a experiência de Kingsley Haal)


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