Finalmente, parece que o matriciamento ( equipes multiprofissionais que devem dar suporte em saúde mental à atenção básica, resumidamente), [...] discussão de casos, intervenções junto ás familias e comunidade, atendimento conjunto e ainda, através de mecanismos egulares de supervisão e capacitação." ( Um outro olhar: Manual Audivisual sobre centros de atenção psicossocial e saúde mental na atenção básica )
Para realizar uma discussão acerca das informações sobre o protocolo de encaminhamento dos atendimentos em atenção básica para os serviços de assistência à saúde mental, a Fundação Municipal de Saúde, por intermédio da Gerência de Ações Programáticas, realiza o I Encontro sobre Matriciamento em Saúde Mental. O evento acontece nesta sexta-feira (9), até às 17h, no Auditório do Centro de Formação Odilon Nunes.
Cerca de 200 profissionais da Atenção Básica, do NASF, Consultório de Rua e Residência Terapêutica, entre médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, dentistas, psicólogos e psiquiatras participam do evento, que tem como intuito promover um suporte técnico especializado através de uma estratégia de apoio matricial nas Equipes Estratégia da Saúde da Família.
De acordo com a coordenadora do Encontro, Isabel Karine, as ações de saúde mental na Atenção Básica, devem obedecer ao modelo da rede de cuidado de base territorial, buscando estabelecimento de vínculo e acolhimento dos pacientes.
"A capacitação propicia a articulação necessária entre a atenção básica e a saúde mental, aumentando a capacidade resolutiva da rede de saúde. O paciente, ao chegar na ponta do atendimento, será diagnosticado e, em caso de ter transtorno leve, será tratado pelas equipes Estratégia Saúde da Família. No caso de ser um transtorno mais grave, o paciente será encaminhado ao CAPS", explica a coordenadora do evento.
Sublinhei a fala da coordenadora da capacitação, de um dia somente, para 200 profissionais. Cabem naquele auditório do Centro de Formação Odilon Nunes? Espero que tenha lotado, com gente em pé, usando cadeiras extras, etc. Mas o que será um transtorno mental leve? Uma esquizofrenia em remissão pode ser um transtorno mental leve, até surgir um fator estressor externo ou interno. Senhoras da Gerência de Ações programáticas, "mexam seus traseiro gordos de seus gabinetes" e desçam para as periferias ou nem tanto, nós usuários de saúde mental do municipio de Teresina, na maioria precisamos de ambulatórios que funcionem após a estabilização dos sintomas nos CAPS ou HAA e consultórios de consultas caras, ambulatórios que tenham horários flexíveis de marcação de consultas, para quem usa medicação psicotrópica e não consegue acordar de madrugada para enfrentar filas, já que a marcação online não funciona, além da propaganda. Precisamos que nestes ambulatórios da atenção básica tenhamos além da consulta de manutenção com o psiquiatra e a medicação, da psicoterapia ou prática integrativa complementar ( yoga, Biodança, Terapia Comunitária, acupuntura e outras). Se há grupos de diabéticos, de hipertensão por que não pode haver grupos sistemáticos de pessoas com transtornos mentais? Esperemos que alguém desse matriciamento seja criativo e vá além do pacote do Ministério da Saúde.
Noticia do site 180 graus de 10/11
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