Na faixa do militante: A normalidade não existe.
QUANDO O CUIDADOR É PACIENTE...
Durante dois anos e meio que passei como estagiária extra-curricular, bolsista, no plantão de urgência do Hospital Areolino de Abreu, omiti o fato de ser ex-paciente, em parte para me proteger dos preconceitos, em parte porque realmente na época eu nem sabia da existência de movimentos de usuários, movimento antimanicomial, etc. Não havia em mim uma consciência de "loucura" enquanto subjetividade, que vai além da concepção de doença, elaborada por uma noosologia psiquiátrica, de difícil classificação clínica, porque ainda não há parafernália eletrônica que detecte transtornos mentais, este ou aquele. Ainda estamos nas mãos dos bons ou maus psiquiatras.
Nessas minhas experiências próximas aos profissionais atuantes na área, tenho vários fatos a relatar em relação a percepção e convivência destes com colegas "pacientes", que tomam um ansiolítico "fraquinho", aqui, acolá. Há sempre uma necessidade de esconder. Geralmente alguns colegas de trabalho são mais hipocondríacos. Observe. Tem sempre alguém dizendo que sente uma dorzinha, gastrite que piorou, sinusite, cólicas menstruais... mas ninguém diz logo pela manhã: _ Gente, tou num surto psicótico. Ou _ Acho que meus sintomas bipolares estão agindo, meu humor tá oscilando...
Marta Evelin, Terapeuta Ocupacional, corajosa mulher antimanicomial, estará na palestra, A Depressão para além da Serotonina, junto a antropóloga e psicanalista Lídia Noronha e o psiquiatra Rhalf Trajano, falando não como profissional, mas como usuária, pessoa que vive com este transtorno, no próximo dia 16, terça-feira, às 16:00 horas, no auditório Noé Mendes, na
Universidade Federal do Piaui.
O evento faz parte do projeto Cajuína Sociológica, do renomado professor Francisco Junior. Imperdível.
Durante dois anos e meio que passei como estagiária extra-curricular, bolsista, no plantão de urgência do Hospital Areolino de Abreu, omiti o fato de ser ex-paciente, em parte para me proteger dos preconceitos, em parte porque realmente na época eu nem sabia da existência de movimentos de usuários, movimento antimanicomial, etc. Não havia em mim uma consciência de "loucura" enquanto subjetividade, que vai além da concepção de doença, elaborada por uma noosologia psiquiátrica, de difícil classificação clínica, porque ainda não há parafernália eletrônica que detecte transtornos mentais, este ou aquele. Ainda estamos nas mãos dos bons ou maus psiquiatras.
Nessas minhas experiências próximas aos profissionais atuantes na área, tenho vários fatos a relatar em relação a percepção e convivência destes com colegas "pacientes", que tomam um ansiolítico "fraquinho", aqui, acolá. Há sempre uma necessidade de esconder. Geralmente alguns colegas de trabalho são mais hipocondríacos. Observe. Tem sempre alguém dizendo que sente uma dorzinha, gastrite que piorou, sinusite, cólicas menstruais... mas ninguém diz logo pela manhã: _ Gente, tou num surto psicótico. Ou _ Acho que meus sintomas bipolares estão agindo, meu humor tá oscilando...
Marta Evelin, Terapeuta Ocupacional, corajosa mulher antimanicomial, estará na palestra, A Depressão para além da Serotonina, junto a antropóloga e psicanalista Lídia Noronha e o psiquiatra Rhalf Trajano, falando não como profissional, mas como usuária, pessoa que vive com este transtorno, no próximo dia 16, terça-feira, às 16:00 horas, no auditório Noé Mendes, na
Universidade Federal do Piaui.
O evento faz parte do projeto Cajuína Sociológica, do renomado professor Francisco Junior. Imperdível.
Um comentário:
bah, fiquei com uma vontade de ver isso de perto....
nossa, se pudesse...
passando dar uma lidinha como sempre..
bjux
=**
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