Ligando para uma amiga de um local público, onde é extremamente necessário preservar minha identidade secreta,queria um comprimido ansiolítico emprestado, há três dias acabaram os meus, tenho receita, sem tempo de passar em farmárcia: "Amiga, será que dá pra você me emprestar um... " Olhei para aquelas pessoas. Elas não entenderão, então complemento a frase da maneira mais suspeita ainda... " um chazinho daqueles, que nosso médico nos recomenda? Amanhã compro os meus e te devolvo.
Amiga, sem entender nada, retruca: " O de sabor pêssego?" Confusão. Digo que passo em sua casa em 40 minutos. Que constrangimento, se fosse outra doença crônica, ninguém sequer observaria. O estigma e preconceito não mata, mas nos faz sofrer, ciclar, baixar a estima.
A NECESSIDADE URGENTE DE SE FALAR EM SAÚDE MENTAL
Os tabus em torno da saúde mental podem ser desfeitos.
(Keystone)
"Você contrataria alguém que já sofreu de doença mental? Será que você
a deixaria tomar conta dos seus filhos? 38% fariam a primeira e apenas
14,2% a segunda, de acordo com um levantamento de atitudes em relação à
doença mental, apresentado em Zurique, no início de outubro, na ocasião
do lançamento da primeira campanha nacional da Suíça visando os tabus em
torno da doença mental. (Veja ao lado)
"Os europeus abriram suas
mentes para a doença mental, mas principalmente de um certo nível: eles
podem ser a favor de tomar certas medidas em geral, mas no caso de ter
realmente que empregar alguém doente mental, isso então torna as coisas
diferentes", disse Wulf Rössler, ex-diretor, agora aposentado, do
Hospital Psiquiátrico da Universidade de Zurique, que apresentou a visão
geral da questão."
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