quarta-feira, 9 de abril de 2008

IV CONGRESSO NACIONAL DE SERVIÇO SOCIAL EM SAÚDE - 09 A 11 de 2008 Campinas/São Paulo



Meu trabalho "Resignificando a atuação do Assistente Social no plantão psiquiátrico do Hospital Areolino de Abreu", Teresina-Pi, foi aceito para apresentação em forma de poster, no IV CONASS que tem como tema as "Políticas Públicas de Assistência Social e Saúde: Desafios na construção da universalidade de direitos". Professora Lúcia Rosa, minha orientadora, minha ponte, porque alguns professores são pedras no meio do caminho, outros são pontes fantásticas. Viajou ontem, me representa como co-autora.
Interessante é que esta experiência que nasceu de um trabalho acadêmico, abriu um espaço novo de campo de estágio para os estudantes de Serviço Social, aprenderem e darem sequência ao que começamos, "plantar flores no inóspito solo do manicômio", que gostaríamos que já decrepitasse depois de um século completado no ano passado.
Bem, o assistente social afinizado com os ideais da Reforma cumpre seu papel, apesar de todas as limitações impostas pela instituíção e a realidade da questão social, que sempre bate à porta da psiquiatria manicomial.



RESUMO SUBMETIDO AO IV CONASS

O único serviço psiquiátrico piauiense que conta com plantão 24 do Serviço Social se situa no Hospital Areolino de Abreu, hospital público estadual, referência do SUS na assistência psiquiátrica estadual. Conforme Vasconcelos (2007) o plantão se caracteriza por ser uma atividade receptora de qualquer demanda da unidade de saúde, objetivando “resolver o(s) problemas do usuário. A experiência de estágio curricular supervisionado do Curso de Serviço Social da UFPI, durante o ano 2007, teve como projeto de intervenção a resignificação da atuação do assistente social no supracitado serviço, tendo em vista a constatação de que alguns assistentes sociais não se consideravam realizando uma prática profissional de Serviço Social, porque consideravam que no serviço de plantão seria impossível planejar a prática, em função das demandas espontâneas preponderarem. O trabalho de pesquisa no “livro de ocorrência” – de 2001 a 2007, que consiste em um caderno de notas que serve de registro do que se passa no cotidiano do Plantão do Serviço Social e comunicação entre os assistentes sociais do hospital, serviu de base. A sistematização das informações do citado livro demonstrou a regularidade de certas ações, a existência de demandas implícitas e desmistificou a crença comum na ausência de uma rotina. Algumas notas se repetiam com pequenas variações, mas caracterizavam uma mesma situação, classificadas como ocorrências regulares, totalizando 25. A ocorrência de maior incidência esteve relacionada a evasões de pessoas com transtornos mentais. A segunda regularidade expressiva circunscreveu o acolhimento de pessoas desacompanhadas, encontradas no geral na rua, transportadas pela policia ou SAMU. Assim, elencou-se as ações rotineiras do Serviço Social no Plantão, demonstrando-se que é possível planejar a prática do assistente social.
REFERENCIAS
VASCONCELOS, AM. A prática do Serviço Social – cotidiano, formação e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez,2007

Nenhum comentário:

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.