sábado, 12 de abril de 2008

A EDUCAÇÃO POPULAR E A CAPACITAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS EM DEFESA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS



Hoje, 12/04/08 aconteceu o segundo módulo desta capacitação, com o tema Controle Social e Saúde: uma questão de cidadania. Várias entidades presentes. Estivemos lá, enquanto Ninho, infelizmente o movimento de usuários em saúde mental, ainda é muito distante dos movimentos sociais aqui em Teresina. Nossa representatividade é mínima nas lutas pela saúde. Encontramos por lá várias (os) companheiros, principalmente bipolares, representando outras entidades.
Nossa fala é novidade. Saúde mental é estigmatizada até na organização pela saúde coletiva, pública e de qualidade. Temos verdadeira pandemia de transtornos mentais, que superlotam nossos hospitais psiquiátricos e serviços substitutivos, mas não tem a visibilidade de um surto de dengue ou outra doença que mata.
Enquanto isso nós do Ninho acompanhamos vários usuários dos diversos diagnósticos, com tentativas de suicídios. Somente aqueles que tem plano de saúde conseguem fazer uma psicoterapia com qualidade que realmente os ajude. Aqueles que recorrem ao SUS se deparam em nossos CAPS
somente com a terapia ocupacional da era do potinho de cerâmica para pintar e a psicologia grupal. Com todas as patologias juntas, sem se respeitar a tão propalada subjetividade e especificidade de cada sujeito. É função do movimento de usuários dos serviços psiquiátricos, com companheiros que mesmo com limitações gerenciam a própria vida, se mantém, muitas vezes porque desenvolveram estratégias pessoais de convivência sã e lúcida com o transtorno, passarem longos períodos fora das crises, denunciar, defender um melhor atendimento psiquiátrico aqui em Teresina e para isso é preciso se mostrar. Se assumir como pessoa que vive com transtorno mental.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.