segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A OUTRA SUBJETIVIDADE HUMANA E A REALIDADE MIDIÁTICA


Mais de 1.200 comentários em três dias, 325.205 visualizações. Nos comentários, perversões e solidariedade. Detestável a falta de ética humana, característica dos programas "populares" onde o ser humano diferente é exposto como num circo de horrores, de aberrações, quanto a isto temos leis, que acionadas no caso da exposição da imagem de uma pessoa em risco e vulnerabilidade como esta moça, punirá culpados e esta deve e precisa de uma indenização por fazer tanta gente rir, sem ganhar nada, sem pagarem o circo.
Mas a perspectiva antropológica da loucura como uma outra forma de se viver a subjetividade humana, embora sob a humilhação da posição psicótica (não são ideias minhas, Tikanory em Reabilitação Psicossocial no Brasil, de Ana Pitta ), dona Neide é fantástica. Seu discurso não é engraçado e nem deve nos causar tamanha piedade pela não razão, seu discurso tem é rico de verdade nas suas dificuldades de conexões com a realidade, mediadas pela televisão e com certeza, em seu cérebro uma coquetel psi de medicações antigas ou ausência delas, e prevalecendo a ausência ela tem consciência que um psicólogo (tem preconceito com psiquiatra, como todos do senso comum) "consertará" sua mente. Ela é atriz de emissoras famosas num mundo da mente que um psicólogo precisa ajudá-la a deixar para se tornar apenas uma simples dona de casa. Maravilhosa! Sem romantizar a loucura: localizamos emissora Difusora- MA, afiliada do SBT, nome do repórter, programa Bandeira 2. Agora é jogar a rede: localizar CAPS de Imperatriz através de seu Serviço Social, Ministério Público local, retirar as imagens do ar, indenização, assistência a saúde da moça e família.

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