sábado, 23 de fevereiro de 2008

RELAÇÃO PSIQUIATRA / PACIENTE


Voltei mais três vezes ao consultório de meu psiquiatra, sobre qual consultório falo mais abaixo. O que mudou, é que ele reduziu o número de pacientes por dia, sentei dessas vezes. Pôs lâmpada no banheiro e papel, diria que está usável. E geralmente tem lá, duas opções chá ou café...
Dr. Edson Paz me acompanha desde o manicômio, fomos "colegas" de trabalho no Hospital Areolino de Abreu, onde fui paciente e estagiária de Serviço Social. Tenho muita confiança na sua prescrição médica, porque tenho liberdade de dizer que medicação, não foi legal. Aceito a sugestão dele de tentar uma outra e ele vai me explicando, se é estabilizador do humor, se é um ansiólitico ou nas crises agudas um antipsicótico. Além da clássica pergunta: e a vida afetiva-sexual, como vai? Não vai... só muito trabalho e muito sonho. Deixe de conversa e passe aí, minhas lombras (brincadeira, mas é mais ou menos assim).
Nestes dezesseis anos de convívio com o transtorno tentei, outros psiquiatras, mas a empatia e confiança tem sido com este profissional. Grande ser humano. Apesar de estarmos em lados opostos, acredito na clínica da reforma, no sentido de reabilitar resignificando a vida. Dando ao paciente consciência de sua condição psicótica e consciência política intransigente na defesa de seus direitos. Dr. Édson, com todo respeito ao seu trabalho no hospital dia, que dirigiu há alguns anos, acha que CAPS é muito parecido. Não é, não tem que ser... bem a nota é apenas para dizer aos que como eu convivem com os transtornos mentais, que é importante essa qualidade na relação médico/paciente no nosso caso. Uma boa e coorporativa relação com os outros psicoterapeutas, que devemos ter para complementar o tratamento medicamentoso. Somos psicóticos sim, mas podemos conviver com as diferenças pessoais, políticas, ideológicas pela nossa saúde. Não é legal se auto medicar, por discordar de situações como as que cito abaixo. Da mesma forma que tentamos encontrar a medicação que mais se adeque a nosso organismo, tentemos buscar um bom profissional, relevando algumas coisas.
A última medicação está indo bem, estou produtiva, lúcida, sem confusão mental e sem tremores.

Nenhum comentário:

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.