segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A MENTE DELATORA


É verdade que sou nervoso... muito nervoso... terrivelmente nervoso - sempre fui e serei. Mas porque vocês insistem em dizer que sou louco? A doença aguçara-me os sentidos - não os destruira e tampouco os anestesiara. Acima de tudo minha audição tornara-se agudíssima. Ouvia todas as coisas tanto as do céu como as da terra. Também ouvia muitas coisas do inferno. Como então podem dizer que sou louco? Escutem-me! E observem com quanta lucidez e serenidade lhes conto toda a história.

Fragmento de um conto de Edgar Allan Poe (Coração Delator)
a personagem em questão planeja e executa um covarde assassinato, sem causa aparente. Surta no final e acaba se delatando.


Uma amiga psicótica, que ouve vozes. Saiu para diversão e usou muito álcool (cerveja), paciente não assumida, rejeita medicação, me liga desesperada na madrugada, estava apavorada com as vozes, queria que eu lhe fizesse companhia. Impossível, muito tarde para sair na rua e minha filha dormia. Recomendei leite, água com açúcar, orações, esforço para se acalmar. Amanhã vamos numa urgência psiquiátrica e a uma boa equipe espírita que se prepara para somar á rede
pssicossocial do ninho. A família, na sua dor recorre a umbanda, ao espirismo kardecista, as igrejas evangélicas. Sem preconceitos podemos, dentro da idiossincrasias de cada um está orientando para o atendimento desses pacientes dentro das suas instituíções.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.