quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

CALENDÁRIO DA ÂNCORA - FEVEREIRO

Âncora: Associação de usuários, familiares e pessoas interessadas em saúde mental

09/02/08
Oficina de fotografia
facilitadores: Evanildes (assistente social)
Bigga (fotógrafa-SP)

23/02/08
Exibição do filme "Estamira"
Bate-papo sobre o filme
facilitador: Antônio Carlos (acadêmico de direito e paciente)

Maiores informações: http://ancorapiaui.zip.net

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

OBRIGADA POR NÃO ( SENTAR ) FUMAR.

Ontem estive no consultório do meu psiquiatra, meu muito querido e respeitado Dr. Édson Paz e lhe disse que ele estava infringindo a lei 10.216/001, no que diz respeito a um bom atendimento ao paciente psiquiátrico e que escreveria aqui. Ele não acreditou, me medicou e dizendo que eu estava começando uma hipomania. Seja lá, o que venha ser isso, não me lembro.
O que sei é que eu estava (estou) numa crise de abstinência de clonazepan, ontem estava ansiosa, inquieta e logorrêica, falando além do normal. Levei livro, revista e um jornal para ler. Não consegui por causa dos sintomas e principalmente porque não havia lugar para sentar e mal para ficar em pé. A antesala do consultório deve ter apenas uns oito metros quadrados, sei que é pequeníssima, tem apenas nove assentos. Havia ontem, vinte um pacientes. Geralmente tem uns trinta. Totalmente desconfortável. Uma longa espera, um banheiro com lâmpada queimada e sem papel. Haja saúde mental e resignação.
Estou registrando porque aqui em Teresina é regra, quase todos os consultórios de médicos psiquiatras são pobres e deprimentes. Aí, fica aquelas pessoas todas apertadas, caladinhas, ninguém fala nada,para não parecerem loucas, assistindo numa televisão quartoze polegadas com uma imagem geralmente ruim o "Vale a pena ver de novo" seguido da sessão da tarde.
As clínicas de otorrinos são lindas, tem telão, computador... será que o paciente mais frequente, que vai todo mês pegar a receita do remédio, que é o paciente psiquiátrico, não dá dinheiro? Ou é porque louco é como pobre, tudo tem que ser sem qualidade. Mesmo pagando.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

... A política nacional de saúde mental corre muitos riscos, entre os quais reduzir o processo de reforma psiquiátrica a uma mera mudança de modelo assistencial. Tata-se de um processo social complexo, no qual é necessária uma reflexão sobre o modelo ciêntífico da psiquiatria, que não consegue ver saúde nas pessoas, apenas doenças. A dimensão sociocultural também é muito importante, pois trabalhamos para transformar a relação da sociedade com as pessoas em sofrimento mental. Afinal fomos nós, alienistas/psiquiatras, que, desde Pinel, ensinamos a todos que pessoas com algum tipo de problema mental são perigosas, incapazes, insensatas... Quando uma sociedade defende que uma parte dos seus membros não pode conviver com os demais, cumpre a nós, compreendermos os motivos e intervir. Por que são negros? Por que são índios? Por que são loucos?

PAULO AMARANTE, psiquiatra, doutor em Saúde Pública
Revista Mente e Cérebro,n º 164, setembro,2006

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

CURSO SAÚDE MENTAL E SERVIÇO SOCIAL

LOAS, como diria Nilo Neto, à professora, duas vezes doutora, assistente social, Lúcia Rosa, essa sim desbravadora na luta pela implementação de uma melhor saúde mental, pública e de qualidade nestes rincões do Piauí. Ela e seu séquito de mulheres belas, sensíveis, extremamente profissionais capazes, unindo a teoria à prática vão instituindo os serviços da reforma no interior do Estado. Parabéns às assistentes sociais atuantes na gerência estadual de saúde mental, aquelas que tenho muito orgulho de ser amiga e aprender com elas:Édna Castelo Branco,Josélia Carvalho, Ester Costa e Fátima Alves. LOAS, LOAS pra vocês, grandes mulheres.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS

Que os manicomiais engulam... excelente os resultados obtidos pelo trabalho da assistente social, Fátima Alves como coordenadora da residência terapêutica da Tabuleta. Pacientes seriamente comprometidos, alguns com muitos anos morando no H.A. A., revezando com a rua, outros que andavam constantemente nus, pessoas que haviam perdido totalmente contato com o mundo exterior ao hospital são inseridos novamente ao convivio social na comunidade.
Aparências se modificam, largos sorrisos, pulseiras e blusas coloridas da Eliete. Pessoa que convive com transtorno do humor bipolar, várias internações integrais... agora tem casa, estuda, tem dinheiro, é legionária de Maria... diz que é feliz.

sábado, 5 de janeiro de 2008

MANIFESTO EM DEFESA DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL E DO PROCESSO DE REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL

Vamos assinar, mas fazendo a crítica em nossas mensagens aos serviços já implementados pela reforma de qualidade duvidosa, exigindo uma clínica da reforma onde realmente se respeite a subjetividade do paciente, a cidadania a que temos direito enquanto pessoas que convivemos com transtornos mentais.
http://www.petitionline.com/REF_PSIQ/

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

FORTALECER A LUTA POR UMA MELHOR SAÚDE MENTAL!

Dá uma olhadinha na comunidade AMIGO NO NINHO http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39222993
Em 2008 precisamos fortalecer cada vez mais a luta por uma melhor saúde mental, consolidação da reforma psiquiátrica com serviços psiquiátricos públicos e de qualidade.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.