O Ministério Público do Estado do
Piauí criou um grupo para debater estratégias de atuação integrada nas
questões envolvendo os detentos portadores de transtorno mental,
recolhidos na comarca de Teresina. Em visita aos hospitais Areolino de
Abreu e Walter Alencar, a Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese
de Teresina constatou a precária situação em que se encontram e fizeram
uma representação ao MP-PI, que inspirou à Corregedoria-Geral de Justiça,
a criação do grupo.
A
equipe é formada pelos Promotores Cléia Cristina Pereira Januário
Fernandes, Elói Pereira de Sousa Junior, Eny Marcos Viera Pontes, Myrian
Lago, Fernando Ferreira dos Santos e Cláudia Pessoa Marques da Rocha
Seabra, que irão desenvolver ações integradas, a partir dos problemas
identificados, em conjunto com a Secretaria de Justiça e de Saúde do
Estado.
O
grupo tem lutado também para garantir vagas nas residências
terapêuticas, locais para onde vão as pessoas sem um lar com transtornos
mentais, uma vez que a nova política de saúde mental, não permite
internação permanente em hospitais. Nas poucas residências existentes no
Piauí, não há vagas para pacientes do sistema prisional.
A
Sejus já abriu licitação para a reforma do Hospital Walter Alencar e
mais 3 unidades do sistema prisional, além da aquisição dos materiais
necessários para bom funcionamento. Os editais serão abertos no dia 12 e
13 de junho, para começar imediatamente.
O
Estado do Piauí firmou um Termo de Adesão à Política Nacional de
Atenção Integrada à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema
Prisional no Âmbito do Sistema Único de Saúde – PNAISP, que instituirá o
Grupo Condutor, que conduzirá as ações para os detentos com transtorno
mental, que contará, além de outros órgãos, com os representantes do
Ministério Público, Promotores de Justiça Cláudia Seabra e Elói Pereira.
Para
a Promotora Myrian Lago, a participação do Ministério Público é
essencial. “É importante resguardar esses pacientes com transtorno
mental que são egressos do sistema prisional, pois eles sofrem
preconceito duplamente, merecendo atenção especial para conseguir
readquirir a cidadania.”
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http://www.cidadeverde.com/casos-de-detentos-com-transtorno-mental-ae-discutida-por-grupo-do-mp-164212Cidade Verde
Libertando a ESPERANÇA da caixinha de Pandora. Conheço a dedicação destas duas grandes Cláudia Seabra e Myrian Lago, muitos PAs ou Processos Administrativos abertos em suas coordenadorias, falta de medicação, médicos, transporte para os CAPS, etc, todos bem sucedidos, mesmo que demorem em alguns casos de gestores sem compromisso, como é o caso da reinauguração do CAPS i, finalizando uma Reforma que iniciou em 2011 e que só deveria durar 60 dias.
O Ministério Público quando tem gestores dispostos a resolver e sociedade civil que cobre seus direitos, nossos impostos se fazem valer. Não esqueçamos da batalha pelo cuidado dos pacientes e fechamento do sanatório Meduna, a história está bem relatada no livro de Edmar Oliveira, a incrível história de Von Meduna e a filha do Sol do Equador.