terça-feira, 9 de outubro de 2012

VERBA PARA TOCAR UM PROJETO DE PREVENÇÃO: CADÊ?

Piauí receberá cerca de R$ 10 milhões para o combate ao crack
O governador Wilson Martins (PSB) e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinarão na tarde desta quinta-feira a adesão do Piauí ao Plano Crack, é Possível Vencer, do governo federal.
O Piauí deverá receber cerca de R$ 10 milhões para a execução do plano.
Com o pacto, começam e são fortalecidas ações para aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, para enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e para ampliar atividades de prevenção. Serão investidos no Estado recursos do Ministério da Saúde, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Ministério da Justiça.
Lançado no dia 7 de dezembro de 2011 pela presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, o programa prevê um investimento de R$ 4 bilhões da União e articulação com estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil.
Participam ainda da reunião representantes da Prefeitura de Teresina.
A reunião tem inicio às 8h30, ao final dos trabalhos deve acontecer a pactuação do plano “Crack, é possível vencer”, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com o governador Wilson Martins e com o prefeito da capital, Elmano Férrer (PTB).
Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espirito Santo e Acre já aderiram ao programa.
A diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Telma Evangelista, afirmou que alguns recursos serão discutidos com o governador Wilson Martins e o ministro Alexandre Padilha.
Ela afirmou que com a adesão, o Piauí poderá nos próximos dois anos ter 200 leitos para atendimento aos usuários de drogas, em especial o crack. As vagas serão possíveis por meio da abertura leitos em enfermarias especializadas; construção de três centros novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS) 24 horas, sendo um em Teresina, um em Parnaíba e um em Floriano. e uma Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil.
As Unidades de Acolhimento Infanto Juvenil só podem ser criadas em cidades com população a partir dos 100 mil habitantes e 2 mil crianças em vício. Telma Evangelista diz que as cidades que atendem esses critérios no Piauí são Teresina e Parnaíba.
Será criada um residência terapêutica na Colônia Agrícola Major César de Oliveira, em Altos (42 km de Teresina) porque lá estão detidos várias pessoas com transtornos mentai.
Telma Evangelista informou que será criado um Centro de Referência Feminino em Teresina, que não existe, para tratamento de mulheres dependentes químicas.
“É importante que a rede de Saúde acolha sem preconceito, acolha o dependente e seus familiares e ajude o dependente a reconstruir seu projeto de vida”, destacou Padilha.
A iniciativa tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção.
Na área da saúde, o plano prevê a estruturação da rede de cuidados Conte Com a Gente, que auxiliará os usuários e seus familiares na construção de projetos terapêuticos, em parceria com a Rede SUAS – Sistema Único de Assistência Social, atuando na reinserção social dos usuários. A rede de cuidado é composta de equipamentos de saúde distintos, para atender os usuários em situações diferentes.
Uma das novidades do plano é a criação de enfermarias especializadas nos hospitais gerais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Serão criados consultórios na rua, que farão atendimento volante. Cada consultório terá equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atuarão de forma integrada com as equipes de Abordagem Social.
Já os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad) passarão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana. O atendimento será reforçado também pela criação de unidades de acolhimento, adulto e infanto-juvenil, que ofertarão cuidados para garantia da integralidade da atenção psicossocial.
O Crack, é possível vencer contempla também a ampliação dos repasses do Ministério para as instituições da sociedade civil que fazem atendimento aos usuários e seus familiares, desde que cumpram critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e assegurem um ambiente adequado, que respeite a integridade dos direitos humanos dos usuários e de seus familiares.
O senador Wellington Dias (PT) foi convidado a participar de uma reunião com a equipe do governo federal para tratar do Programa de
Políticas sobre Drogas. No encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,, em Brasília,
Wellington apresentou sugestões para reduzir a burocracia que está atrapalhando os objetivos da Política sobre Drogas.
“Boa parte das sugestões apresentadas pelo senador Wellington Dias foram incluídas na reformulação da Política sobre Drogas do governo
federal, como a criação de uma unidade tipicamente de saúde para internação prolongada do dependente químico”, explicou o ministro da
Saúde.
A unidade de saúde atenderá os dependentes, com áreas de acolhimento e tratamento do vício funcionando com o apoio de uma equipe integrada formada por vários profissionais de saúde, educação e assistência social com qualificação na área do dependente químico. Essas unidades funcionarão como uma parceria entre o setor público – o governo federal financiará 80% dos custos – sendo 20% por conta dos
municípios, Estados ou setor privado.
“O objetivo é a desintoxicação, o tratamento psiquiátrico, psicológico, além da parte física. Após isso, os pacientes devem ser
encaminhados para comunidades terapêuticas para a reinserção social”, falou Wellington Dias.


Relembrando desta notícia do mês de julho. Cadê o dinheiro? Cadê os serviços ads de qualidade? Com implantação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), os CAPS ads serão mais valoarizados que as CTs?

AVAPE: TRABALHO PARA PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS

A Ação Social Arquidiocesana (ASA), por meio da Associação para Valorização da Pessoa com Deficiência (AVAPE) está com vagas de emprego abertas nesta segunda-feira (17). As oportunidades são destinadas a pessoas com deficiência, para os cargos de Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Serviços de Gerais e Telemarketing. Para concorrer, os interessados devem comparecer a instituição, localizada no Centro Pastoral Paulo VI, Avenida Frei Serafim nº 3200 – centro. Mais informações no email avape.asa@hotmail.com ou telefone (86) 2106-1852.

Mais uma barreira para ser quebrada, já que as leis de incentivo ao emprego para pessoas com deficiência não consideram as pessoas com transtornos mentais e a AVAPE tem levado isto ao pé da letra. Posto aqui para que profissionais de CAPS que me procuram para entendimento sobre a inclusão de seus reabilitados no mercado de trabalho possam está encaminhando estes usuários e buscando sensibilizar a entidade sobre a funcionalidade da pessoa que vive com transtorno mental, que ela é capaz de executar quaisquer trabalho se não estiver em crise.

domingo, 7 de outubro de 2012

I SEMANA DE SOLIDARIEDADE EM SAÚDE MENTAL:08 A 13 DE OUTUBRO


Alimente um louco de rua, auxilie uma familia com pessoa com transtorno mental em casa, visite um CAPS, o Hospital Areolino de Abreu ( em ambos, procure o Serviço Social e informe-se), doe kits de higiene, roupas, material de construção, muitas familias precisam e especialmente dê uma oportunidade de emprego em sua empresa a uma destas pessoas reabilitadas psicossocialmente.

GRANDE EVENTO

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

LOUCO VOTA E A FAMILIA TAMBÉM!!!

Este ano acontece mais uma eleição para prefeito e vereadores. Mais de 500 candidatos às 29 vagas na câmara. Tenho mais de vinte amigos pessoais concorrendo a estas vagas, aqueles que tive oportunidade de conversar, nenhum tem nenhuma proposta para melhoria da qualidade dos serviços médicos psicossociais ofertados no municipio. Os que me procuraram (dois apenas) queriam sugestões,  nada entendiam ou sabiam das necessidades da comunidade que vive com trantorno mental na cidade.
Até domingo, investigue se seu candidato tem alguma proposta na área. Duvido.
Temos muitas necessidades imediatas, estive hoje no Ministério Público denunciando a falta de um psiquiatra pela manhã no CAPS sudeste (PA Nº 2012/49), fato que já ocorre há três meses.
Não temos ambulatórios municipais organizados de modo que se oferte mais que a consulta psiquiátrica de manutenção, falta o psicólogo para psicoterapia, falta a oferta da prática integrativa e complementar.
Não temos centro de convivência e cultura ou que eu saíba algum programa de geração de emprego e renda, propostos pelo movimento da Reforma Psiquiátrica, mas um panfleto mentiroso da Gerência de Ações Programáticas/ saúde mental álcool e outras drogas (FMS) enche nossos olhos de esperança numa tal de Rede de Atenção Psicossocial ( RAPS ).
Presidiários doentes mentais requerem atenção psicossocial, não há nenhum serviço pensado para atendê-los no municipio, tal o caso da prevenção ao suicídio.
Moradias insalubres, extrema pobreza provocam a exclusão e as recaídas de muitos pacientes. É necessário reformar, dar condiçôes melhores de habitação no território a estes usuários. 
E a mais dolorida das necessidades é de um CAPS, Centro de Apoio ou outro nome que se der a um espaço municpal de cuidados às crianças psicóticas, filhas de mães dependentes químicas ou com traumas psicossocias. Acho que se pensarmos juntos encontraremos mais e mais necessidades para este grupo tão excluído das políticas públicas, muito discurso e práticas poucas na área.

LÁ NO PARAÍSO?

Meu coração está apertado. O Ninho sempre foi como mulher parindo. Nós os parteiros, sem perder nenhum menino. Rapidez, habilidade, articulando a rede corretamente, nunca perdemos um psicótico, antes os temos Teresina afora, reabilitados, vivendo relativa saúde mental. , nessa foto com minha filha, amigas de banho de chuveirão. Desde inicio de agosto em crise aguda, sem dar respostas às medicações e as práticas integrativas complementares.
Eu e a tia adoecemos juntas nos desdobrando nos cuidados. Hoje foi muito dificil. Somente a rede e o respaldo do nosso trabalho para conseguirmos que ela fosse recebida no CAPS sudeste, embora não fosse paciente oficialmente, sem psiquiatra pela manhã, às sete eu já ligava para a companheira, não só colega de profissão Didata Guedes, a quem agradeço por ainda atender meus telefonemas e nos ajudar sempre. Do CAPS sudeste , bastante agitada, partiu  a tardinha para o CAPS III.
Parece tão frágil e mais menina em seu sofrimento psiquico. Torçamos para não perdê-la dentro de sua viagem "subjetiva radical". Volte Lá. O sol dos domingos continua lindo pela manhã, bom para tomar banho de chuveirão. Obrigada a toda equipe do CAPS sudeste.

TRABALHO PARA PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS

O Núcleo de Saúde Mental e Trabalho (NUSAMT), programa que comemora 11 anos e gerenciado pela Secretaria do Estado de Trabalho e Renda (SETRAB), participa nesta sexta-feira, fazendo uma grande participação no evento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), no Largo da Carioca. Na ocasião, o NUSAMT realizará rodas de conversas para tirar dúvidas da população, além de distribuir folders explicativos sobre as suas ações.
A coordenadora do NUSAMT, Vera Pazos, também ministrará palestra, na Tenda Principal do evento, sobre a “Inclusão no mercado formal de trabalho de pessoas com transtorno mental ou deficiência psicossocial”, através do PISTRAB (Projeto de Inclusão Social pelo Trabalho). Sendo que o público alvo deste projeto são os usuários do serviço de saúde mental do Estado do Rio de Janeiro.
- Dentre as atribuições do Núcleo, está à elaboração de projetos de pesquisa que subsidiam políticas públicas na área de Saúde Mental e Trabalho”, afirma a coordenadora Vera Pazos, ressaltando que as pessoas com transtorno mental estão agora incluídas nas cotas reservadas para emprego de pessoas com deficiência, de acordo com a Lei Federal 8.213/91 (Lei de Cotas).
O Núcleo de Saúde Mental e Trabalho é um programa coordenado pela Setrab, que foi integrado, em 2007, à Superintendência de Saúde, Segurança e Ambiente do Trabalho.
Iniciado em 2000, fundamenta-se na Lei Estadual n° 4323, de 12 de maio de 2004,  que dispõe sobre a Política Estadual para Integração, Reabilitação e Inserção no Mercado de Trabalho da Pessoa com Transtorno Mental e desenvolve-se em cooperação técnica com grupo multiprofissional e interdisciplinar, composto por Instituições Públicas e Privadas de Saúde Mental, Universidades e representantes de Associações de familiares e usuários dos serviços de saúde mental e seus amigos.
Este grupo se propõe a pensar, elaborar e a implementar Políticas Públicas de Geração de Trabalho e Renda, a partir de ações de qualificação profissional, ampliação da legislação vigente e de apoio aos projetos desenvolvidos nas Redes Municipal e Estadual para reinserção social e profissional das pessoas com transtorno mental, visando à inclusão, a melhoria da qualidade de vida e o exercício pleno da cidadania.


Deputada piauiense andou ensaiando um projeto de NUSAMT em 2007 ou 2008. Projeto engavetado, depois de passado interesses eleitorais, imagino. Nós do Ninho estamos na luta  para conseguirmos ajuda de custo, bolsa de trabalho, quaisquer tipo de remuneração para usuários estabilizados, com limitações impostas pelas patologias mentais, mas funcionais. Não tem sido fácil mover a rede de sensibilização para esta acessibilidade negada a pessoa que vive com transtorno mental.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.