segunda-feira, 30 de abril de 2012

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA EM CRISE

Novamente passei muito mal por interação medicamentosa. Medicação anti TAB de uso contínuo e um tratamento pra crise de sinusite. Se não tomar uma fico louca e a outra me arrebento de dor... mas resolvi não ter pena de mim mesma, continuar trabalhando, vivendo, sem culpar a mim ou as pessoas que me amam e não têm tempo de cuidarem de mim.
As ciclagens tem sido rápidas, mas intensas. Meu namorido normal ficou assustado. Uma briguinha normal, conflitos de qualquer relação amorosa entre uma psicótica e um homem normal, já sua opinião é desacreditada, fazem relação com a doença. Vivi isso numa relação marital de seis anos que tive. Resignação e paciência, mas com defesa intransigente de suas idéias, quando elas são justas e beneficiam aos dois. É difícil, mas não é impossível a vivência do amor para nós loucos.
Hoje arrisquei resolver meio mundo de coisas em crise e sozinha. Fui ao meu mais antigo e fiel marido, meu psiquiatra, até quando meu plano de saúde pagar ( no Rio o vocalista da banda Harmonia Enlouquece Hamilton, chamava a psiquiatra dele de mãe e eu dizia que minha relação era mais incestuosa), aliáis fui atendida pelo IAPEP, já regularizado no consultório.

18 DE MAIO ANTIMANICOMIAL EM TERESINA?

Os ambulatórios municipais de Teresina quase não tem psiquiatras, não tem psicólogos... usuário sai da crise aguda, estabiliza precisa desvincular do CAPS. É ruim conviver eternamente com agudos. Precisamos da estruturação dos ambulatórios com medicação de qualidade e psicoterapias, junto ao acesso facilitado a marcação desta consulta de manutenção pelo paciente psiquiátrico, sem o enfrentamento de longas filas pela madrugada.

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO EM SOROCABA

De Douglas Lopes, design gráfico, morador de Sorocaba.

terça-feira, 24 de abril de 2012

SEM SABER USAR O BLOGGER

O blogger fez mudanças sem deixar a opção "modelo antigo". Estou sem fazer postagens por não saber usá-lo. Vamos esperar minhas sobrinhas, meninas super poderosas da Web para me ajudarem. Conto com a compreensão dos leitores.

domingo, 22 de abril de 2012

Republicando escritos sobre a convivência com o transtorno e a funcionalidade trabalhista: É possível como inserção social?

Interação medicamentosa. Usando anti-inflamatórios e antibióticos, os sintomas parecem indomáveis. Ficar sem usar a medicação psicotrópica não dá, associada a outras medicações sinto constantes oscilações de humor. O que alivia são os banhos de ervas (fitoenergia) e a acupuntura. Sinto uma enorme fadiga muscular e sono "depressivo".
A vida continua e quero participar dela, não sou infeliz, tenho apenas uma doença crônica que aporrinha minha paciência. A Biodança e a Yoga já me ajudaram muito em outras crises. Uma maratona de um final de semana sempre foi o suficiente para estabilizar minhas emoções por uns quinze dias, digo emoções porque os sintomas psicóticos: mente rápida demais, sensação de desespero, mudanças rápidas de humor, paranóias, fobias só são controlados mesmo pelas medicações. A Biodança e a Yoga ajustam a emoção por conta do trabalho com o corpo,  que proporciona momentos de profundos relaxamentos, o movimento, a audição de uma música potencializadora. São práticas integrativas e complementares que oneram o orçamento. Estou precisando de dinheiro para voltar a fazê-las. Como combato a prática de alguns companheiros psicóticos que tem mania de pedir, quero ganhar dinheiro com meus conhecimentos teóricos e práticos da vivência com o transtorno mental. Estou em busca de mais saúde e para isso como a maioria dos brasileiros tenho que pagar por ela. O Piaui tem um atraso na experiência da implantação das práticas integrativas e complementares na rede SUS. É uma de nossas bandeiras de lutas.


Falta de dinheiro. É um problema para quase todo assalariado, e no caso de pessoas com transtornos mentais desempregadas bem mais dificil que para a maioria. Lutamos no SINE para que tenhamos acesso a programas especiais de inclusão, como os deficientes físicos. Estamos em parceria com o CAPS sudeste nesta empreitada.
No meu caso, sou neuroticamente organizada com contas, anti consumista por convicção, mas como a maioria das pessoas quero ter acesso ao melhor da tecnologia, compro minhas medicações de uso contínuo (quero conseguí-las pelo SUS), e pago minhas terapias alternativas. Não posso sacrificá-las, desde a década de 90, quando tive a primeiro contato com a Biodança e danças circulares, sou uma adepta. Precisamos mais que rápido está sensibilizando gestores para a necessidade da promoção, prevenção e assistência a saúde mental na atenção básica e serviços substitutivos de profissionais que facilitam estas práticas. Sonho.

Meu pedido de desculpas a Ailton, que gostaria de passar o dia comigo. Precisei usar de minha disciplina para o controle da oscilação de humor, não pude recebê-lo. Um tanto "histérica", resolvi passar o dia sozinha em exercicio meditativo, sem sentimento de solidão ou infelicidade, só de recolhimento interior. Se a mente aquietar, estudarei um pouco para o consurso de domingo, se não verei filmes, documentários na tv fechada.
(publicação do mês do outubro passado. Desta vez peguei uma gripe e estou perdendo o namorado... totalmente paranóica.)

BIODANÇA SEMPRE

sexta-feira, 20 de abril de 2012

PSQUIATRAS NO IAPEP

Gripei fortemente o que obrigou-me o uso de várias medicações por umas duas semanas, dentre elas os xaropes expectorantes antiarlégicos, etc. Interação medicamentosa na certa com a medicação psicotrópica. A crise mental veio de forma intensa e devastadora, apavorada na segunda-feira (16 /04/012) fui ao meu psiquiatra, profissional que me acompanha há mais de vinte anos. Queria vê-lo, rever a medicação, saber sua opinião. Estava com muito medo de uma crise aguda prolongada.
A atendente me informa que o médico havia sido descrendenciado do IAPEP. Detalhe: Nesse consultório há no mínimo uns 200 pacientes funcionários públicos, um número significativo de professoras no topo da estatistísca. Na terça dia 17 fui ao IPMT não havia mais liberações de consulta para este médico, teto esgotado.
Dr. Edson Paz, tem uma longa história na psiquiatria piauiense, ex diretor do HAA, ex diretor do MEDUNA, único psiquiatra do CAPS i, meu "técnico de referência" e parece que de muitos usuários. Minha medicação está acabando, fiz práticas integrativas, conversei com ele por telefone. Estou com sintomas bem leves, meu "trabalho protegido" me garantiu uma semana em casa. O que ajudou bastante  no reequilíbrio mental.
Não tive como saber se o médico conseguiu o retorno do convênio, que atrazava pagamentos até quatro meses, mas Dr. Edson, na maedida do possível tem atendido os pacientes por conta do compromisso terapêutico mesmo ou do seu coração bondoso.
Onde denunciar mais este descaso com a pessoa que tem transtorno mental, funcionária pública, produtiva e contributiva? Há alguns meses peguei no IAPEP uma lista de conveniados dos cinco psiquiatras, apenas Dr. Edson Paz e Eurivan Sales  atendem ou atendiam pelo IAPEP. Paciente psiquiátrico é crônico, volta fielmente senão todo final de mês, mas bimestralmente a uma consulta de manutenção.
Num momento que toda a atenção da saúde mental se volta para a questão da dependência química nós "loucos genuinos" ficamos sob a fragilidade deste atendimento, não há para onde correr em um momento crise, senão para a urg|ência do HAA.

terça-feira, 10 de abril de 2012

INFORMES DA BIODANÇA

Complementando as informações sobre as inscrições e as formas de pagamento da Maratona "Redescobrir-se", ao tempo em que agradeço a essa lista a boa vontade de receber meus e-mail.
Inscrição:
Fazer a reserva pelo e-mail biodanca.piaui@gmail.com, enviando junto o número do  telefone, as sessões de vai participar e forma de pagamento
Das sessões: é possível participar apenas de duas ou uma sessão. Em caso de duas: da primeira e segunda ou da segunda e terceira. Se apenas uma: da primeira ou da segunda.
Investimento: Maratona R$ 75,00. Formas de pagamento: à vista; em duas, com entrada no mínimo de R$ 25,00 e  o restante para trianta dias; em  três vezes.  Entrada de R$ de 25,00 e dois cheques -  um de R$ 25,00 e o terceiro de R$ 30,00.
O valor da sessão: R$ 25,00 (à vista). Recebemos também cheque ADUFPI, no valor da Maratona / sessão. Efetivação da matrícula no momento da sessão

Aproveito para informar que estamos organizando duas formações em Biodança.
A primeira para se iniciar em maio, com 4 módulos: a terceira turma de "Contribuições de Biodança para o Processo Grupal. Informações no cartaz anexo e no link 
http://biopiaui.blogspot.com/
A segunda é a Formação completa de Facilitador de Biodança, em construção juntamente com a turma do Maranhão. Trata-se de um curso de 2 anos e meio, a ser ministrado alternadamente entre o Piauí e Maranhão, que contará com a participação de facilitadore do Piauí, Maranhão e Ceará, incluindo Ruth Cavalcante, Fátima Diógenes e Cezar Wagner, já confirmados. Outros ainda a confirmar.
Estamos listando os nomes de interessados nas duas capacitações.
Abraços cordiais


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"Biodança: uma nova sensibilidade frente à vida"
 
Ismênia Reis
Facilitadora de Biodança

segunda-feira, 9 de abril de 2012

QUEM CONHECE O CONSULTÓRIO DE RUA DE TERESINA?

Por: Rita de Cássia Araújo Almeida
Trabalhadora da Rede de Saúde Mental - SUS

Esta semana tive a grata satisfação de participar de uma reunião entre o Departamento de Saúde Mental de Juiz de Fora e a Secretaria de Assistência Social, cujo objetivo era apresentar o “Consultório de Rua”: modalidade de intervenção implantada no município há cerca de dois meses, com o propósito de ofertar ações de proteção, promoção, cuidado e prevenção em saúde para população em situação de rua.

O “Consultório de Rua” é uma experiência que surgiu no final da década de 90, em Salvador, com a finalidade de atender a pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social, agravados pelo do uso ou dependência de drogas. A ideia é a de um consultório a céu aberto, itinerante, provido de equipe multiprofissional, que ofereça atendimento no contexto de vida do sujeito em situação de rua, promovendo acessibilidade a serviços de saúde e assistência, garantindo cidadania e exercício de direitos, e resgatando os laços familiares, comunitários e/ou sociais. Os princípios que norteiam tal estratégia são os mesmos do SUS – universalidade, equidade e integralidade – e outros não menos importantes: respeito ao modo de vida do sujeito, respeito aos direitos humanos e a utilização da estratégia de redução de danos.

Atender a demanda por cuidados a pessoas com problemas relacionados ao uso de drogas tem sido um grande desafio para as políticas públicas nos últimos tempos, especialmente nos casos onde estão associados a eles: situação de rua, miséria social, exclusão, abandono e marginalidade, invariavelmente resultando naquilo que têm se chamado genericamente de “cracolândia”. Muitos municípios estão optando por estratégias meramente higienistas para intervir nesses espaços, sendo que elas podem ser de dois tipos: as que espantam e as que recolhem. As que espantam, vão apenas fazer com que essas pessoas migrem para outro lugar, obviamente que para um lugar semelhante ao anterior. As que recolhem (compulsoriamente ou não) também acreditam que o problema é solucionado quando o levamos para outro local, só que dessa vez apostam em instituições de amparo social ou clínicas de recuperação.

Os resultados dessas estratégias higienistas são semelhantes àqueles que conseguimos ao limpar a sala de estar varrendo a sujeira pra debaixo do tapete, ou seja, maquiagem provisória. As intervenções baseadas no recolhimento se sustentam num princípio clássico do tratamento em saúde: é preciso isolar para tratar. É claro que tal princípio é bem adequado para tratar daquelas doenças onde a contaminação ou o contágio façam parte dos sintomas. Mas em se tratando de uma "doença" onde o isolamento e o prejuízo social já estão instalados, sendo tão nocivos quanto a própria doença, será que o “isolar para tratar” é tão eficaz?

Mais uma vez temos sido tentados a criar novos muros, muros que separem, delimitem e isolem, a primeira vista em nome do tratamento, mas também em nome daquilo que tememos, do que não compreendemos, não aceitamos e não sabemos como lidar. Fizemos assim com os doentes mentais, criamos muros que nos separavam deles, para depois de muitas décadas entendermos que, na verdade, deveríamos ter criado pontes. E afinal, concluímos que as pontes têm sido infinitamente mais eficazes para tratar que os muros. No caso das drogas, seria uma pena gastarmos tempo, material humano e recursos públicos com os muros que já sabemos, mais cedo ou mais tarde, demonstrarão seu fracasso (na verdade, já estão demonstrando).

Os “Consultórios de Rua”, por sua vez, apostam nas pontes. Pontes que acolhem ao invés de recolher e aproximam ao invés de espantar. Imagino que em termos arquitetônicos deva ser muito mais difícil construir pontes do que muros, assim como é muito mais difícil aproximar do que espantar. Acolher também é bem mais trabalhoso que recolher, porque leva em conta o querer de quem está sendo acolhido, ao passo que o recolher só leva em conta o querer de quem recolhe.

Mas, enfim, se estamos procurando as estratégias mais eficientes, estruturadas e duradouras não podemos recuar diante das dificuldades e fico feliz que meu município não tenha recuado. E espero, ansiosamente, que muito mais pontes como essa sejam construídas.

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em: http://ritadecassiadeaalmeida.blogspot.com.br/2012/04/drogas-e-situacao-de-rua-o-consultorio.html?showComment=1333893197907&m=1&ref=nf
 
Retirado de: Excluídos Urbanos

domingo, 8 de abril de 2012

INDIGNAÇÃO COM O SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO ALCOÓLISMO EM TERESINA

Eu feliz de nêga maluca no bloquinho do bairro no último carnaval, bloco Só Fuxico, fotografada por minha pequena Mirra.


A fotografia é para suavizar a indignação com o funcionamento da rede de atenção ao álcool e drogas, especificamente ao álcool, que parece  minimizado em sua gravidade, principalmente na terceira idade. Muitos homens idosos, sem vínculos familiares ou fragilizados estão literalmente à morte nas periferias. Há mais de duas horas tento auxiliar uma família vizinha com um idoso, que esteve desarcordado por muito tempo perto dos bares do centro do bairro, o SAMU foi chamado mas não apareceu. Reconhecemos a pessoa informamos a familia e o que fazer?
Colocar no meu carro e levar para o HAA? Assim a familia queria. Não! Liguei para vários telefones de companheiros que trabalham no Hospital do Mocambinho, no Consultório de Rua e não consegui contato. Salvador da pátria sempre, uma supercomprometida assistente social do HAA me informa o procedimento para orientação da familia: o usuário precisa fazer consulta na urgência do HAA e de lá será encaminhado para os leitos de desintoxição dos hospitais gerais da Primavera ou Mocambinho.
Faço uma lista de endereços e telefones, onde incluo até contatos com os Alcoólicos Anônimos (AA) e Fazenda da Paz. A irmã mais próxima, alega falta de tudo, de créditos telefônicos, tempo, conhecimento, ela mesma doente, sobrecarregada. Sugiro que procure a primeira dama do Estado, atual secretári a de saúde.Comporto-me "profissionalmente" dentro das minhas possibilidades é somente o que posso fazer. O Ninho é uma ONG que não tem nenhum financiamento, não tem sede, não tem carro, não tem profissionais, não tem militante, usuários e familiares só nos procuram em crise.
Amanhã tenho aulas ás 8:00 h, minha filha entra no centro de apoio ao surdo (CAS) no mesmo horário, tenho exames ginecológicos (mamografia bilateral),  de rotina marcados há tanto tempo que talvez nem consiga mais fazê-los com a mesma requisição médica. Enfim, tenho uma vida, explicava para a familia. Os serviços é que precisam ser procurados.


Com dificuldades financeiras precisei dispensar minha "mordoma Alfred". Sentindo muito porque ela era uma cuidadora excelente, conseguia muitas vezes dispensar alguns usuários difícies da minha porta. Fazia chá e tirava-me da compulsão pelo computador. Com a rotina alterada, ando um tanto fragilizada com cuidados com aparecimento de sintomas, há alguns suaves e tranquilos meses meu bichinho da maçã anda muito controlado.


Nenhuma resposta a nossa idéia de construir um seminário de apenas uma manhã sobre Atenção Psicossocial em Teresina: Inserção Social pelo Trabalho. Usuária atendida pelo Ninho desde 1997, entrou em crise, levou atestado médico psiquiátrico para uma escola particular, na qual é professora. Era professora porque foi demitida sumariamente e um dos donos da escola ainda a maltratou referindo-se a sua aparência. Usuária passou mal, descompensou tendo que ser medicada de urgência num pronto socorro particular com outros sintomas além da patologia mental. Fazer o quê? Desde o século passado que falo aqui no blog e por onde passo que há em Teresina, um usuário que não frequenta os serviços tradicionais, nem os CAPS, são esclarecidos, muitos com curso superior. Estas pessoas saem de crises agudas e tem recaídas porque não são "pacientes tradicionais", não tendo a funcionalidade da estabilização dos sintomas aproveitadas em seus projetos de vida, por conta do estigma e preconceito. Precisamos discutir e criar mecanismo de acessibilidade ao trabalho, de preferência protegido, no sentido do respeito as limitações deste trabalhador (a) como em outras deficiências. A  lei há que ser modificada para que beneficiem tantos psicóticos aptos ao trabalho. Representante da saúde mental do municipio repassa linck sobre curso para familiares, usuários e técnicos sobre economia solidária (deveriam trazer um representante do MS para o seminário de inserção ao trabalho)  para amigos que me repassam. Com toda autoestima que tenho, digo: dane-se.
Esperemos infelizmente o teor das comemorações do 18 de maio, num município e Estado que enterrou a reforma psiquiatra brasileira: festinhas com bolo, salgadinhos, café da manhã com autoridades, missa, etc. Servem mesmo para quem? Para reafirmação das práticas manicomiais dentro dos serviços substitutivos, o contìnuo da "amestração" de loucos.


O tal linck... será que os CAPS  da FMS e Estado tem a boa vontade de conseguir espaços onde estes usuários possam usar um computador para as aulas na plataforma? Fazer redes sociais é uma das "hiperfunções" dos serviços, parcerias com entidades públicas dos territórios, do SENAC, escolas, etc e congêneres. D-U-V-I-D-O-D-O-DÓ!!!!

terça-feira, 3 de abril de 2012

CONCURSOS SENAD/2012

DIVULGANDO:
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD, do Ministério
da Justiça, está promovendo os seguintes concursos:
*        XIII Concurso Nacional de Cartazes, direcionado a estudantes
do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental;

*        II Concurso Nacional de Vídeo, direcionado a estudantes do
6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e de todo Ensino Médio;

*        X Concurso Nacional de Fotografia e o X Concurso Nacional de
Jingle, para o público em geral, e

*        XI Concurso de Monografia, dirigido ao público universitário.
Este ano o tema é "A Prevenção do uso de Droga é Compromisso de todos"


Os trabalhos deverão ser postados até o dia 27 de abril de 2012.

Os Regulamentos dos concursos estão no site
www.obid.senad.gov.br<
http://www.obid.senad.gov.br/>


Diretoria de Articulação e Coordenação de Políticas sobre Drogas

Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas

<
http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/web/noticia/ler_noticia.php?id_noticia=105761>

Email da amiga assistente social Liana Cronemberg

FORMAÇÃO COMPLETA EM BIODANÇA

PESSOAS INTERESSADAS NA FORMAÇÃO DE FACILITADOR(A) DE BIODANÇA
Estamos cadastrando candidatos à Escola de Biodança do Meio-Norte, que vai funcionar alternadamente em Teresina e São Luís, em regime de maratonas - uma vez por mês (final de semana). Estamos organizando nossa programação e o quadro docente, que conta com a participação de
Cezar Wagner L. Góis, Ruth Cavalcante, Fatima Diogenes e outros da Escola do Ceará
Abraços cordiais

--
"Biodança: uma nova sensibilidade frente à vida"
 
Ismênia Reis
Facilitadora de Biodança

 

QUALIDADE DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO PIAUI

PI é o 6º melhor em cobertura de CAPS no país; É referência

A décima edição do Saúde Mental em Dados, um levantamento do Ministério da Saúde sobre a Rede de Atenção Psicossocial no Brasil, mostra o Piauí como o sexto estado com melhor cobertura de CAPs (Centros de Atenção Psicossocial). O estado saiu da média de 0,03 em 2002 para 0,91 em 2011. Apenas a Paraíba (1,27), Sergipe (1,16), Rio Grande do Sul (1,07), Ceará (0,95) e Rio Grande do Norte (0,92) obtiveram desempenho superior. A cobertura assistencial do país chegou a 0,72 CAPS por 100.000 habitantes.
Os CAPS têm por objetivo oferecer atendimento a pessoas com sofrimento ou transtorno mental, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. O indicador divulgado pelo Ministério da Saúde pretende refletir o estado e as modificações da rede extra-hospitalar de saúde mental ao longo do tempo.
Atualmente o Piauí possui 45 CAPS, sendo dois deles do tipo AD3, que tratam usuários com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas. Esse modelo é destinado a municípios com mais de 200 mil habitantes. No Brasil existem apenas 6 CAPS AD3, sendo que dois deles estão no Piauí, nas cidades de Floriano e Parnaíba. Outros dois estão localizados em São Paulo. O restante encontra-se nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


A grande questão hoje no Piauí nem sequer é a quantidade, mas a qualidade destes serviços na questão estrutural, abrir um CAPS não é como abrir um posto de saúde num rincão do interior do Estado e deixar lá sem supervisão, acompanhamento, promoção de capacitação continuada para trabalhadores e articulação entre saúde e outras políticas como educação, assistência social, justiça, cultura e emprego ou não acontece de fato a grande função do CAPS que é além da assistência psiquiátrica, a reabilitação psicossocial ou seja a inserção da pessoa com transtorno mental na comunidade, na vida produtiva, funcional. É preciso garantir participação social protegida, acessibilidade facilitada a todas às politicas. A crítica da psisquiatria tradicional representada pela Associação Brasileira de Psiquiatria é que os CAPS foram concebidos com um excesso de funções, no que eu concordo, infelizmente, alguns no Piauí reproduzem os hospitais psiquiátricos, nada tendo a oferecer ao usuário além da medicação, que muitas vezes ainda é apenas típica e psicoterapias das pinturas de potinho de cerãmicas, clássico da terapia ocupacional dos manicômios. Médicos recebendo quarenta horas e fazendo apenas uma visita mensal ao serviço. CAPS que não tem atividades para homens, e apenas seus familiares vão pegar medicação. Discussão e ação sobre o emprego e renda nem pensar, no geral, conheço apenas uma iniciativa da profissional militante antimanicomial Marta Evelyn em União.
Temos quarenta e cinco CAPS instalados e nenhum serviço que atenda a mulheres dependentes químicas, elas não vão aos CAPS ad, temos um número significativo de notificações de suicídios, não há nenhum trabalho direcionado para prevenção e assistência a ideação suicida, temos apenas um CAPS i, estadual, que funciona na capital, ex pavilhão infanto juvenil do Hospital Areolino de Abreu, que não desenvolveu ainda a vocação psicossocial, ficando atrelado às práticas manicomiais quando não articula o acompanhamento às crianças, adolescentes e seus familiares de outras políticas como educação e assistência social. A educação é que desesperadamente busca a intersetorialidade com a saúde mental ali produzida, e fica sem resposta. Notícias que temos via MP é que o espaço será reformado, mas não sairá de dentro do complexo do HAA.
Nossos CAPS junto com a consciência social de alguns tem evitado sim, internações integrais no HAA, mas precisamos de mais.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.