sábado, 25 de junho de 2011

CONFERÊNCIAS SOBRE USO ABUSIVO DE ÁLCOOL NO BRASIL

Gostei dessa iniciativa. O álcool é a droga mais perigosa!

Assembleia Legislativa debate consumo

25/06/2011
DA REDAÇÃO

Autoridades e especialistas participam no próximo dia 30, na Assembleia Legislativa, de discussões sobre o aumento do consumo abusivo de álcool no Brasil. O debate é o primeiro de uma série de conferências estaduais que a Comissão Especial de Bebidas Alcoólicas da Câmara dos Deputados vai promover em alguns estados brasileiros.
O objetivo é discutir com a sociedade as causas e conseqüências do consumo abusivo do álcool e as razões que determinam seu aumento nos últimos cinco anos, principalmente entre os jovens. Um dos convidados para essa primeira conferência estadual é o deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) , relator da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas.
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS), presidente da Comissão Especial diz que os debates partem das estatísticas alarmantes, segundo as quais o alcoolismo acomete 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país e responde por 60% dos acidentes de trânsito, aparecendo em 70% dos laudos das mortes violentas.
De acordo com pesquisas, 65% dos estudantes de 1º e 2º graus consomem bebidas alcoólicas, índice acima do tabaco e o alcoolismo interfere em todas as atividades, por estar associado a atos de violência e dos acidentes, desde trânsito até de trabalho. As conferências regionais começam dia 30 de junho em Campo Grande e prosseguem nos dias 12 de julho, na Assembleia Legislativa de São Paulo, 18 de agosto, em Fortaleza (CE); 25 de agosto, em Belém (PA); e 15 de setembro, em Porto Alegre (RS).
Audiências Públicas
Desde o mês de maio a Comissão Especial realiza audiências públicas na Câmara Federal e já ouviu a diretora da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas); o médico Roberto José Bittencourt – especialista em dependência química e saúde pública e professor da Universidade Católica de Brasília; Walter Coutinho – consultor e especialista em dependência química e autor do livro “Amigo, caia na real – a prática do amor funcional”; que abordaram conseqüências; Roberto Tykanori Kinoshita – Coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde; Ana Cecília Roselli Marques – médica psiquiatra e pesquisadora da Unidade de Álcool e Drogas (UNIAD) da UNIFESP; Paulo Abreu Leme – médico e escritor; e Maria Luci Porto – representante da Associação Alcoólicos Anônimos – AA, sobre formas de tratamento e prevenção.
A conferência de Campo Grande deve reunir as principais autoridades médicas do Estado, como Juberty Antônio de Souza, médico psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), além de Karina Paranhos, responsável pelo programa da saúde mental do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena do Alto Solimões, e a médica Fabiane de Oliveira Vick, indicada por Zelik Trajber, médico pediatra, chefe das Equipes Multidisciplinares do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul.
As conseqüências do álcool no trânsito também foram debatidos nas audiências públicas e serão reafirmadas na conferência estadual. Já foram ouvidos também pela Comissão Especial o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Orlando Moreira da Silva; o médico Sérgio Dualibi, especialista em drogas químicas, Doutor e Coordenador do Núcleo Empresa da UNIAD, o presidente da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Mauro Augusto Ribeiro, e o coronel Márcio de Souza Matos, comandante geral do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Na agenda de trabalho da Comissão Especial prevê ainda discussões sobre o controle social da publicidade das drogas lícitas. Em julho audiência pública deve ouvir Ilana Pinsky – psicóloga e professoa da Universidade Federal de São Paulo, e Gilberto Leifert – presidente do Conselho Nacinal de Autorregulamentação Publicitária – CONAR -, além do médico Lineu Jucá, pesquisador na área Médico-Hospitalar do Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza (CE).
PROGRAMAÇÃO
A programação da Conferência de Campo Grande prevê abertura dos trabalhos pelo presidente da Comissão Especial, deputado Geraldo Resende, às 14h00 do dia 30 de junho, no Plenario da Assembleia Legislativa. Para composição da Mesa foram convidados os deputados estaduais Mara Caseiro e Lauro Davi, e os deputados federais Henrique Mandetta e Vanderlei Macris.
Confira os temas a serem abordados nos paineis pelos palestrantes:
14:20 – Primeiro Painel – A Política de combate ao uso de Álcool em Mato Grosso do Sul Beatriz Figueiredo Dobashi Secretaria de Saúde de Mato Grosso do sul
14:40 – Segundo Painel – A Experiência do tratamento do Alcoolismo em Campo Grande – CAPS-AD Maria Beatriz Almeidinha Maia Gerente do CAPS – AD de Campo Grande
15:00 – Terceiro Painel – Experiência da Fazenda da Esperança no Tratamento do Alcoolismo Fábio Augusto Moron de Andrade Voluntário da Fazenda da Esperança
15:20 – Quarto Painel – Alcoolismo nas aldeias indígenas Zelik Trajber Coordenador da Secretaria de Saúde Indígena - SESAI de Dourados
15:40 – Quinto Painel - A importância do AA no Tratamento do alcoólatra. Dorgival Rodrigues Representante do AA
16:00 – Abertura para debates e perguntas
17:45 – Encerramento


sexta-feira, 24 de junho de 2011

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS E PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PUBLICA?

"Dilma lançará lei em que ONGs terão verbas para tratar viciados"

Como isso pode acontecer se nas deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental o Controle Social se manifestou contrário a esse tipo de ação?
.
"A  Conferência  se manifestou contrária a todas as propostas de privatização e terceirização de serviços, na direção de um sistema estritamente público e estatal de serviços de saúde mental."
.
" A IV Conferência Nacional de Saúde Mental – Intersetorial (IV CNSM­I) reafirma o
caráter efetivamente público da Política de Saúde Mental, recusando todas as formas de terceirização da gestão da rede de serviços"
.
"277. Não admitir a privatização dos serviços de Saúde Mental, coibindo e rejeitando todas as formas de terceirização de serviços e programas de saúde mental.
278. Combater as formas de administração dos serviços públicos de saúde e de contratação de pessoal por OS (Organização Social), OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), ONG (Organização  Não  ­  Governamental), Cooperativa  ou  qualquer  outra  de natureza   privada,   considerando   as conquistas   históricas   do   Movimento   Sanitário,   a Constituição Federal e as deliberações das instâncias democráticas de controle social do SUS.
279. Combater  a  privatização  decorrente  do  modelo  neoliberal dos  direitos  fundamentais, dentre estes a saúde, nas diversas formas nas quais esta privatização se apresenta: fundações estatais  de  direito  privado, clientelismo  com a  indústria  farmacêutica, parcerias  mistas, primando pela contratação efetiva de profissionais, considerando as conquistas históricas do movimento  da  Reforma  Sanitária, a  constituição  federal de  1988  e  as  deliberações  das instâncias democráticas de controle social do SUS."
.
Está tudo aqui no relatório final da IV Conferência de Saúde Mental:
.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2011_2_1relatorio_IV.pdf

Contribuição por email de Anderson Moura Lima, psicólogo
.

AO CONTRÁRIO DA POLITICA DE ÁLCOOL E DROGAS DO GOVERNO LULA...

22/06/11, 19:03

Dilma lançará lei em que ONGs terão verba para tratar viciado

Presidente montou grupo de trabalho comandado pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

 
 
A presidente Dilma Rousseff montou um grupo de trabalho para preparar uma nova lei que permita a Fazenda da Paz e comunidades terapêuticas (as ONGs)  a receberem recursos do governo federal para o tratamento de dependentes químicos (álcool e drogas). 

Fotos: Roberto Stuckert Filho/PR


Na tarde desta quarta-feira (22), Dilma Rousseff se reuniu com representantes das comunidades terapêuticas do País. Do Piauí estava o coordenador da Fazenda da Paz, Célio Luis Barbosa.


Por telefone, ele disse que o grupo de trabalho será comandado pela da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.


“Ficamos otimistas com a reunião, pois a presidente Dilma Rousseff colocou que nenhum plano de combate as drogas será lançado sem a participação das comunidades terapêuticas”, afirmou Célio Luis.

Atualmente, as comunidades terapêuticas que são responsáveis por 80% dos atendimentos no País, não podem receber recursos federais. Elas não são reconhecidas pela União. Com a nova lei, o governo reconhece a legitimidade das comunidades e ainda dará financiamento. Hoje, o custo médio de um paciente é de R$ 800,00.



De acordo com pastor Wellington Vieira, que preside a Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), existem no país cerca de 3 mil comunidades que cuidam de aproximadamente 60 mil dependentes químicos.


“Estas entidades atendem atualmente cerca de 80% das pessoas que estão em tratamento”, disse o pastor Vieira.


A titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), Paulina Duarte, informou que a reunião atende pedido da presidenta Dilma com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido pelas comunidades. A partir deste momento será estabelecido programa que vai incluir as entidades na rede pública para tratamento de dependentes químicos. Assim estas comunidades passam a receber recursos públicos para prestar o serviço.


Flash Yala Sena

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CAMINHANDO ... E CANTANDO

Seguimos caminhando por todo mês de junho de 2011, dia 11, caminhada da acessibilidade. Criança que frequenta o CAPS i, me dizia na segunda na escola, que não  teria sido bom, porque a deputada Flora não estaria entre os caminhantes este ano. Imaginei que ela e outros politicos tiveram que fazer uma escolha entre as duas caminhadas. A do dia seguinte,  domingo, 12, a tradicional Caminhada da Fraternidade organizada por padre Tony Batista, que mantém vários projetos socias, com vendas de abadás nasceu com a intenção de auxiliar pessoas soro positivas. Dia 23 tem  a Marcha com Jesus, caminhada evangélica, não sei que igrejas agrega e se mantém projetos sociais com arrecadação da venda de camisetas. Dia 26, fecha o mês  com mais uma caminhada contra as drogas, fechando  a já também tradicional semana de enfrentamento às drogas, organizada pela Fazenda da Paz e Secretaria Municipal da Juventude.
Quilômetros rodados... gostaria do voluntariado de alguns caminhantes para "caminhar" comigo para o MP para resolver questões como a implantação de uma gerência de saúde mental no municipio, um centro de referência em educação inclusiva para crianças com transtornos mentais, campanha contra os cárceres privados, dar palestras sobre a capacidade de trabalho (funcionalidade) e trabalho protegido nas empresas para que o SINE possa encaminhar a pessoas PCTM  a estas empresas. Caminhar atrás da sede do Ninho, atrás de um projeto de formação em práticas integrativas para saúde mental, atrás de tijolos para o muro da Bia. A lista é grande. Há ... se houvesse caminhantes pelo Ninho.

terça-feira, 21 de junho de 2011

DIÁRIO DA CRISE

A sensação é de está num cerco. Monstros, animais ferozes, bandidos ou apenas sombras causadas pelo medo, podem chegar muito perto e ferir, fazer o mal. Não sei até quando resistirei, meu corpo adoecido cede mais rápido. Só um pouquinho de força interior mantém afastados os aliens que que desejam apossar-se de minha mente.

Algumas estratégias deram certo dando-me funcionalidade: diminui o rítmo de atividades cotidianas. Tenho mantido uma agenda de pequenos afazeres. As vezes não consigo cumprir algumas coisas, passo para o final da lista e recomeço. O mais difícil é minha assertividade. Estou "estranhando"... cismada,  com mania de perseguição. Acho que está no momento de montar estratégias de enfrentamento.

Ontem usei o caixa eletrônico, sem esquecer senhas, fiz todas as operações com tranquilidade. É bom gerenciar seu próprio dinheiro. Fiz depósito para poupança, em vez de gastar. Não consegui trabalhar a tarde, muita fadiga, sintomas depressivos. Mas consegui dar sequência a agenda diária com determinação.

Hoje acordei razoavelmente bem. A manhã de trabalho não exigiu muito de mim e a tarde, um tanto disfuncional tive dificuldades de manter uma sequência de atividades, mas realizei prioridades. A noite, acabei de chegar dos festejos juninos do bairro. Minha filha "exige" essa minha saída da "doença", levamos o cachorro, sempre fadigada, com cuidado para não estressar com ninguém. De pouca conversa, mas simpática com os conhecidos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

BIODANÇA

Biodança: nossa meta é elevar o nível de conexão com a vida: conexão consigo mesmo, conexão com os outros, conexão com a totalidade
Olá
Dando continuidade aos nossos trabalhos com Biodança, ofertaremos uma oficina aberta a iniciantes no dia 25 de junho - sábado - das 15:00 h às 18:00 h na ADUFPI.
Tema: Desenvolvimento através das 5 linhas de vivência
 Vamos estimular:
Vitalidade: a alegria, o ímpeto de viver, a auto-regulação (equilíbrio)
Sexualidade: o prazer do movimento;
Criatividade: sensibilidade e espontaneidade
Afetividade: confiança e solidariedade
Transcendência: harmonia e iluminação
Investimento: R$ 25,00

ISMÊNIA REIS
Facilitadora de Biodança

domingo, 19 de junho de 2011

SUICÍDIOS EM PARNAÍBA: PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA?

Homem tira a própria vida por estar endividado

16/06/2011 


Um homem identificado por José cometeu suicídio na manhã desta quinta-feira (16/06), por volta das 10 horas, o fato aconteceu em uma vacaria, em frente ao Conjunto Joaz Souza, localizada na Avenida Batista Silva nas proximidades de um Parque de Exposições.

Segundo populares que estavam no local José teria cometido suicídio por conta de dívidas. A Polícia Militar foi avisada e esteve no local, muitos populares se aglomeram em frente a vacaria na expectativa de ver o corpo e obter informações.

Por Willians Geraldo - Acesso343
Fotos: Willians Geraldo
 
 
 

ENQUANTO A GESTÃO DA SAÚDE MENTAL SE VOLTA SOMENTE PARA A DEPENDÊNCIA QUÍMICA...

18/06/2011

Em Parnaíba mulher de 45 anos passa óleo diesel no corpo e ateia fogo

Miranilda Rodrigues Alves
Deu entrada por volta das 20hs de ontem (17) no Hospital Estadual Dirceu Mendes Arcoverde em Parnaíba, com queimaduras de 3º Grau, Miranilda Rodrigues Alves de 45 anos, residente a Rua Projetada 142, Casa nº 166, bairro Alto Santa Maria.
Segundo familiares da vitima, ela tentou o suicídio derramando óleo diesel sob seu corpo, e em seguida ateou fogo. A vítima foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-Samu, que conduziu a mesma para o Hospital Dirceu.
 
Fonte: Portal do Catita
Edição Blog do Pessoa 

sábado, 18 de junho de 2011

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA EM CRISE!

Então a crise veio. Com todos seus sinais de alertas ligados. Três semanas de atividades intensas, as quintas-feiras das práticas integrativas engolidas por compromissos, cuidando da saúde da filha, conferência de saúde e viagem da terapeuta naturista. Estressores externos, tristezas... as pequenas felicidades não compensam quando o manto cinzento da depressão quer grudar em sua alma. Medicação em dia, o cérebro parece funcionar bem, mas a mente parece mesmo que é um entidade desvinculada, independente, autoritária e com poderes maiores que os neurônios. Aparecem doenças físicas. Meu coração dói, ontem doia o peito direito. Minhas costas e pernas assemelham-se, cooperativas e traiçoeiras: querem apenas cama, sofá, rede e pensam independentes querendo esquecimento, morte, fim, fuga...
Os pulmões se negam as respirações profundas. Os olhos só veem o que querem. Lentamente a percepção de realidade vai ficando distorcida. O medo da crise aguda é maior. É presico barrar o processo de aceleração dos sintomas. Ainda estou em paz com os espiritos como eles são invisíveis e calados. Deus está no interior do meu coração em forma de bondade, embora, eu já tenha começado a "estranhar" gente normal chata e louco chato também. A preocupação é que desde ontem sonho-delírio com santos, magia e o universo.
Tenho insônia e insegurança. 

COMBATE: comprei conjunto de ferramentas para as plantas e ervas do pequeno jardim. A guerra contra as terríveis e pequeninas formigas continua. Fiz lista de atividades que não posso deixar de fazer, mesmo em crise, coisas simples como ligar para organização de um evento cobrando meu certificado, cobrar alguns livros que vendi... a mente rápida demais, muitas idéias novas: vou aprendendo a dizer não para novos projetos nesse momento. Nada de compras. Amanhã vou almoçar com minha mãe e ir a um show a tarde, com amigos cuidadores.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CONSELHO TUTELAR , CRIANÇAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E CAPS

Infelizmente, constantemente tenho acompanhado casos de criança que vivem com transtornos mentais, sendo encaminhados para o conselho tutelar. Então lembro de 2001, quando era estagiária bolsita de Serviço Social no HAA, e os conselheiros com frequência internavam crianças e adolescentes infratores no pavilhão infanto juvenil, já usuários de drogas inalantes, não havia ainda o crack e nem era menos grave. Agora as escolas tem um número significativo de crianças psicóticas ou seja crianças que frequentam ou frequentaram o CAPS i e não se adaptam a escola ou a escola a elas: chama-se os pais, educadores em desespero, pais também com mãos na cabeça. Menino pula muro antes do horário, é agressivo, os pais não medicam, psicoterapia pública não tem qualidade. Quem tem dinheiro, convênio, faz psicólogo escolar, quem não tem, mendiga psicologia SUS.
A SEDUC está fechando escolas no centro, minha sugestão é a adaptação de um destes prédios numa intersetorialidade entre educação e saúde, se transferisse o CAPS i  tirando-o de dentro do hospital psiquiátrico, a exemplo do que fizeram com a unidade escolar Esterlina Dantas, onde adaptaram com rampas, as sala foram climatizadas se transformaram em consultório. Esse CAPS se pareceria mais com escola que com hospital psiquiátrico. E como o Esterlina Dantas um lado poderia cuidar de crianças psicóticas e o outro um centro de reabilitação para criança usuária de drogas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PRÉ - CRISE!

SAÚDE EMOCIONAL: o namorado normal capou o gato. Deixa. Nesse mundo de violência contra mulher, não brigamos, não nos ligamos, sem delegacia, já é ganho. Professora e músico piauiense são pobres demais para se manter namorados. Putz!


FRUSTRAÇÃO: Beatriz faz quinze dias de internação no HAA, não irei visitá-la. Faço campanha entre amigos para arrecadar fundos para a construção de um muro na frente de sua casa, para protegê-la da rua e proteger os vizinhos de sua pedradas. Um ano de estabilidade, sem acesso a um trabalho protegido, pobreza, falta de letramento... o manicômio tem sua presa para sempre, talvez agora sem volta.

FELICIDADE BESTA:  um senhor do interior do Piaui, aquele tipo mestiço de quem fala Edmar Oliveira, me chama de comadrinha e a cachaça de maldita. Está firme no AA e me falou hoje que é bom está com a irmandade, não fica em casa deprimido e nem perto dos parentes que bebem. Legal.

TRISTEZA: não consigo mais estudar três horas diariamente. A mente entra em pane, mesmo dividindo os horários. A invalidez me deprime.

LUTA DESIGUAL: as formigas vermelhas e cruéis destroem minhas ervas, comem até a erva cidreira. A calda de fumo não está resolvendo. Hoje coloquei sal no solo. Não quero usar formicida sintético. As ervas servem para chá. Alguém conhece algum outro orgânico, além do fumo? Se as pestinhas comerem meu manjericão que está lindo... vou piorar.

sábado, 11 de junho de 2011

MOÇÃO DE REPÚDIO: NÃO A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA

 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista democrática da classe trabalhadora brasileira, pois assegura constitucionalmente o direito universal à saúde e a responsabilidade estatal.
Contudo o SUS abriga em si, dois graves problemas: a indefinição de fontes regulares de financiamento e ainda, uma permissiva relação com o setor privado, considerado complementar no sistema de saúde.
Aproveitando-se dessas brechas os governantes das três esferas (municípios, estados e união) não destinam os recursos necessários à saúde pública estatal, o que leva a uma situação de precarização das condições de trabalho, exemplificadas, por falta de insumos e infra-estrutura.
A partir disso, e aliado à falsa idéia de que os serviços públicos não são resolutivos, avançam no processo de privatização, e conseqüentemente na precarização das relações de trabalho e na prática do assédio moral.
Assim surgem as modalidades de gestão pública, como Organizações Sociais (OS), Fundação Estatal de Direito Privado (FEDP) e a Empresas Brasileiras de Serviços Hospitalares (EBSERH) expressa pela MP 520, dentre outras.
Embora possuam especificidades jurídicas todas essas são formas de privatização da saúde e representam um ataque aos trabalhadores do setor e ao direito universal a saúde dos brasileiros, pois restringem o acesso ao sistema público. Essa situação já acontece em SP, a partir da lei 1131/2010 que reserva 25% dos leitos públicos da alta complexidade de unidades administradas por OS para a iniciativa privada. E ainda, representam uma ameaça real a gratuidade dos serviços.
Diante disso, a Coordenação Nacional da CSP Conlutas, repudia qualquer forma de privatização da saúde pública estatal e exige que o governo federal não reapresente uma nova formulação ao congresso nacional da MP 520/10. E que o Supremo Tribunal Federal se manifeste a favor da Inconstitucionalidade das Organizações Sociais (ADIN 1923/98).
 
São Paulo, 05 de junho de 2011...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE: VIVA O SEU MANEL

A conferência municipal de saúde, infelizmente como muitas instãncias representativas do Brasil, corrompida pela falta de ética de muitos e omissão também de muitos. Em um momento crítico da saúde no municipio e Estado, com uma judicialização banalizada, nem sequer uma faixa, cartaz denúncia, nem sequer a divulgação e convite para uma manifestação que SINDESPI irá fazer dia 15 na frente do hospital infantil, onde médicos fazem greve pelo direito de operar uma fila imensa de espera.Só para citar um dos dramas atuais que vivemos.
O grupo de trabalho do controle social, onde se encontrava os "caciques", vários senhores de mais entre 50 a 65 anos e vários mandatos em conselhos de saúde, brigavam alto e no final as propostas foram mais ou menos nestas linhas: " Que o SUS opere mais depressa.", isto não é uma proposta é uma vontade do povo pobre brasileiro. Não conseguiram elaborar ou relatá-las. A organizadora das conferências municipais Elmira Maia, pegou o microfone, ralhava com os zuadentos, corrigia, deixava assim mesmo. Momento cansativo,acabou a plenária final, sem moções, sem política e sem eleição. Os caciques conseguiram mais uma vez levar o seu Manel ou os manéis e o que eles representam: desconhecimento das necessidades de saúde dos usuários, desconhecimento das políticas de saúde, dos direitos dos usuários. Não há eleição e nem tem um regimento que oriente o processo, pelo menos não é colocado ao público, com os conselhos locais, as regionais e entidades da comunidade. Os caciques passam toda a conferência pegando nomes, fazem uma lista, descartam politizados e apresentam no final, a comissão organizadora já foi embora. Só a Amparo Oliveira lá, cansada. Se dizem eleitos e a outra mais da metade de usuários não tem direitos nenhum. Um grupo mais consciente do maquiavelismo que reina na escolha dos delegados, grupo que aderi e ajudei a liderar não conseguimos ainda desta vez quebrar com a manipulação dos eternos caciques que a toda conferência vão para Brasília e escolhem quem levam. Depois Mabrir chama alguns e faz uma lista de suplentes. Eu hem! Não concordo, mas eu e Alexandre da Âncora, colocamos nossos nomes e vamos está lá na estadual novamente falando de ética no processo. Pensamos as propostas, lidamos com usuários todos os dias, estamos na linha de frente com os diversos segmentos saúde mental, AIDS, luta dos trabalhadores em saúde e outros e quem vai para Brasilia para conferência nacional nos representando são eles, os mesmos que nos excluiram do processo na conferência de saúde mental ano passado, uma conferência que foi conquistada pelos usuários que militam. 
 Os manéis devem ser eleitores da deputada estadual mais bem votada, Lílian Martins, secretária de saúde.


A ausência de gestores delegados. Professora Tânia, mulher ocupada, famosa por não participar de nenhum evento todo e outros que estavam como delegados faltaram e isso fez com que todos nossos trabalhadores, representantes do coletivo de saúde mental  fossem eleitos delegados. Um registro triste foi a ausência absoluta das colegas da gerência de saúde mental do Estado. É chato discutir  política de saúde? Mas se não contribuimos para que seus espaços representativos melhorem eticamente, nossa omissão colabora para não concretização das políticas públicas que precisamos para o exercício de nossas profissôes na saúde.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

COLETIVO DE SAÚDE MENTAL

Marcamos por email, eu e Lúcia Rosa nos encontrarmos na conferência municipal de saúde e promover algum momento de discussão em saúde mental, principalmente sobre a questão dos CAPS i que nos preocupa muita. Então de uma dupla, de repente somos mais de trinta em uma roda participativa com várias entidades ligadas a área ou parceiras, usuários e técnicos se revesavam nas falas, com inscrição e tudo. Por mais de uma hora "setoralizamos" a conferência. Incrível, como somos carentes destes espaços de expressão de nossas angústias, perspectivas e esperanças postas para fora pela necessidade da luta. Foi revitalizante. Elaboramos propostas para saúde mental e identificamos os delegados ligados a saúde mental, a idéia é levarmos o maior número destes para etapa estadual.

VII CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE
PROPOSTAS PARA SAÚDE MENTAL
1. Capacitar os profissionais dos Caps e atenção básica em saúde mental;
2 . Intensificar ações de combate ao cárcere privado  e ações socio educativas e promotoras em saúde nos casos instituídos.
3. Fomentar práticas integrativas e complementares em saúde mental com parcerias com religiões de matrizes africanas.
4. Municipalizar o Capsi e retirá-lo do espaço do Hospital Areolino de Abreu;
5.Promover ações educativas na área da sexualidade da pessoa com transtorno mental;
6. Implantar NASF em Teresina;
7.Colocar em funcionamento mais Serviços Residenciais Terapêuticos, inclusive para o segmento "louco infrator";
8.Conhecer e qualificar a atenção ao louco infrator;
9.Promover ações na área de prevenção para a saúde mental e suicídio;
10.Investir na humanização e diversificação das ações ambulatoriais em saúde mental do município;
11.Implantar sistema informatizado para dispensação de medicamento psicotrópico, com controle de saída;
12.Ter farmacêutico nas farmácias dos Caps;
13. Assegurar infra estrutura para o trabalho em Caps: em recursos humanos; transporte, equipamentos  e material de consumo;
14.Intensificar a articulação da saúde mental com outros serviços e políticas publicas;
15.Criar coordenação municipal de saúde mental;
Propostas  elaboradas por representantes de um coletivo de entidades da área e interessadas em saúde mental: Mohan, Rede Estadual de Cultos Afro-brasileiros do Piauí e Saúde, APROSPI, CAPS Leste, sudeste, norte, sul III, sul barão, Consultório de Rua, Âncora, Amigo no Ninho, UFPI, Conselho Estadual de Saúde, HAA e Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

A Lei n. 8.142/1990 dispõe sobre a participação social no SUS, definindo as instâncias colegiadas nas quais participação se realizará em todas as esferas de gestão do sistema do sistema: Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde.
"As conferências de saúde são instãncias colegiadas, de caráter consultivo, que possibilitam a inserção da participação social no âmbito do poder Executivo, tendo como objetivo avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes" (BRASIL, 1990b, art.1º,& 1º).

Estive na abertura da conferência municipal de saúde, chateada porque minha inscrição não foi encontrada (feita via fax dia 30 de maio) e como de costume tem sempre aquelas brigas porque algumas pessoas não conseguem participar, não queria passar pelo desgaste. Mas meu pavio não é curto, porque não existe. Briguei. Outra ONG que trabalha também com saúde mental, tinha duas vagas e o Ninho nem uma. Nem um convite por camaradagem das colegas de nível superior como eu. Minha inscrição foi feita por Deusalena Andrade do CONADE que ligou-me ontem dizendo que estava tudo certo.
Quem estava hoje boa parte da manhã no MP lutando para que crianças psicóticas tenham a mínima chance na infância para não se transformarem em loucos crônicos era eu. Finalmente depois do discurso de injustiçada, que sobraram vagas de inscritos que não apareceram, me inscreveram, como delegada porque a conferência é um espaço de empoderamento e infelizmente uma instância representativa já viciada, as eleições de delegados para a etapa estadual e nacional nem sempre enviam representantes que conheçam politicas de saúde ou militantes engajados nas lutas maiores dos trabalhadores e usuários.
Nesse momento caótico que passa a saúde piauiense: segunda-feira a imprensa estava em polvorosa com a questão das urgências e emergências e ontem a questão do Hospital Infantil, a promotora Cláudia Seabra mal respira, no ar direto, sem as presenças dos secretários de saúde do estado e município. Então estes conferencistas podem está contribuindo e muito para que se pense politicas de saúde  no SUS de resolutividade, de salvação de vidas mesmo.

EDMAR OLIVEIRA NO SALIPI

O Hospital do Engenho de Dentro faz cem anos no dia 11 de junho. Nem o Hospital de Pedro II,na praia Vermelha, que o precedeu, conseguiu tal façanha. Foi transferido para o Engenho de Dentro, já velhinho, aos noventa e um anos. Mas o seu sucessor é mais resistente. Me chamaram para participar dos festejos de seu aniversário. Não estou no Rio. Estarei em Teresina lançando o “von Meduna”, que fala dos cem anos do Hospital Areolino de Abreu de Teresina. Que é lamentado, não comemorado. Portanto, não iria.
É que o lema “por uma sociedade sem manicômios”, da Reforma Psiquiátrica, não pode festejar a longevidade de um deles. Seríamos incoerentes. Dediquei quase trinta anos da minha vida para que ele não comemorasse essa horrível data. Perdi toda uma luta, relatada no meu livro “Ouvindo Vozes”. Mas tem os que não querem ouvir vozes, as vozes dos deserdados da razão, e, surdos, comemoram os porões; os que louvam os manicômios que soterram vidas, que o projeto anterior tentou libertar. Quando me despedi dos meus amigos marcados pela loucura, chorei porque fracassei na missão que arduamente empreendi com a equipe a que me orgulho de ter pertencido. E os que entenderam essa luta também saíram, tristes e chorosos, como são os perdedores. Sei que há companheiros de jornada que não compreenderam minha saída. Mas, eu afirmei, naquele triste dia, que ou o projeto avançava ou haveria recuos que eu não suportaria assistir. Não se podia segurar o ponto alcançado. Ele era instável. Ou ia à frente, e tentamos propondo uma mudança de rumos que a burocracia de um Estado conservador não aceitou; ou recuaria, como tristemente, não só eu, estamos testemunhando. 

Alguns desses monstros que fizeram cem anos (São Pedro, em Porto Alegre; Tamarineira, em Recife; Barbacena, em Minas), renovaram sua roupagem e pararam de ampliar a prática manicomial. O de Engenho de Dentro mantém os espectros do passado. Pavilhões a ruir como se a própria idade do velho manicômio fosse construída das carnes podres de vidas que foram devoradas nas suas entranhas. O monstro vive e faz cem anos. E pior, nominado de Nise da Silveira, que lutou contra sua força coercitiva. E eu me culpo. Quando propus a mudança de nome, propunha também a quebra do manicômio. Ele foi mais forte. E aprisionou a Dra. Nise no seu passado. E faz cem anos apagando velas com força do seu vigor. Não em nome de um natimorto Instituto Municipal Nise da Silveira, mas na vitória da psiquiatria tradicional em nome do Centro Psiquiátrico Pedro II. É ele, filho do Hospício Nacional republicano, ressuscitando o Hospício de Pedro II da Praia Vermelha, quem faz cem anos no vigor da tradição. Como poderia o Instituto Nise da Silveira fazer cem anos, se ela acabou de comemorar seu centenário? Triste sina.
Para os que só sabem viver dentro do manicômio, a dada deve ser comemorada. Há funcionários também prisioneiros do manicômio e que podem morrer na sua extinção. Para esses, Mamãe faz cem anos. Eles mesmos, se pudessem, fariam cem anos dentro do manicômio.
MAMÃE FAZ CEM ANOS
Edmar Oliveira, postado em Piauinauta
Pense num cabra de prosa boa,  Von Meduna e a loucura no sertão será daquelas palestras que a gente aprende coisas e ainda sorrir, com certeza.
O lançamento do livro Von Meduna e a filha do Equador acontece dia 12 às 15 horas no espaço dos Fóruns temáticos

SHOW DE ENCERRAMENTO DO SALIPI

9º SaLiPi
Teremos 6 bandas no encerramento, dia 12/6, domingo:

Validuaté
Poesia de Kaya
7mus
BR316
Tereza Fiona
Valor de Pi.

Reggae. Blues. Rock autoral. Regional.
Todos os caminhos levam ao SaLiPi!

Local: Centro de Artesanato (Praça Pedro II)
Início: 18h, pontualmente.
Ingressos: Apenas R$7 (antecipados com integrantes da organização e in loco na hora dos shows).

Já fui duas vezes ao SALIPI 2011, fiquei normal com tanto livro. Delicía! Comprei e comprei. Reencontrei vários amigos e amigos. Tudo de bom.

A REDE DE APOIO A SAÚDE MENTAL CONTINUA FIRME!

From: madileuzazem@hotmail.com
To: theopix@yahoo.com.br
Subject: RE: [Psicólogos do Piaui] Notícia sobre o Areolino de Abreu...
Date: Wed, 8 Jun 2011 01:18:52 +0000

Leonardo,
Amanhã estarei indo ao Ministério Público abrir um PA (processo administrativo) contra a SESAPI, cobrando que o MP exija o cumprimento da cláusula 3ª, item 5 do TAC que venceu 15 de janeiro de 2011: "Transferir as instalações físicas para abrigar o CAPS i, inclusive, fora dos limites do Hospital Areolino de Abreu. PRAZO - 1 Ano" . A construção de um muro somente não serve, porque quem conhece, o muro já existe é só fechar o portão.Muito empenhada mas a gerência passada, também não ligou para as crianças e correu muito para deixar o projeto do CAPS III ad feito para funcionar no espaço do Hospital Dia, o grupo de trabalho (Ralph, Dulce, Edileuza Moura, Cláudia, Joana e os assessores do MS, Edmar Oliveira e Marcelo Kimate) provaram em audiência pública na câmara dos vereadores a viabilidade deste projeto alegando  uma baixa utilização do Hospital Dia.
Poucos pacientes se internariam ali, com sobra de funcionários. Houve muita resistência a essa proposta e percebe-se que nesta gestão estas pessoas estão seguras que o CAPS III não se instalará lá.
Quanto a gerência de saúde mental não gerenciar coisa alguma, representa, infelizmente a incompetência, o descaso que a secretária de saúde e assessores tem pela saúde mental, somente após quatro meses  se colocou alguém no cargo: profissional recém-formada, sem nenhum experiência de gestão. Ficamos indignados porque tentamos indicar nomes de pessoas experientes e comprometidas com o processo complexo da reforma psiquiátrica no Piauí.
Continuemos a luta, embora já se observe retrocessos. Uma pena.
Grande abraço,
Edileuza 

A LUTA É NOSSA!

Date: Mon, 6 Jun 2011 16:00:56 -0700
From: theopix@yahoo.com.br
Subject: Re: [Psicólogos do Piaui] Notícia sobre o Areolino de Abreu...
To: psicologos_piaui@yahoogrupos.com.br
CC: madileuzazem@hotmail.com


Prezados,

Após ter lido esse email, fiquei bastante indignado com as informações sobre essa inconcebivel mudança. Fui pedir esclarecimentos para a Secretária de Saúde através do twitter. A diretora de vigilancia e atenção a saúde, Dra Telma Evangelista, ligou esta tarde para dar os esclarecimentos.
Fui informado que o Piauí foi habilitado recentemente para receber o CAPS AD nivel 3. Um CAPS para funcionar cuidado à saúde mental de alcoolistas e drogadictios no nivel de internação.
Assim, a SESAPI está realizando reforma num prédio que fica proximo a escola fazendária onde em breve será inaugurado o CAPS AD 3.

No caso do CAPS Infantil, haviam pensado em fazer essa mudança mas após várias discussões isso não irá mais ocorrer. Irão fazer uma reforma no CAPS Infantil e fazer um muro para efetivamente separar o CAPS infantil do Areolino de Abreu.

Se isso acontecer, será um avanço. Vamos ficar de olho e fiscalizar. Parabéns para a Edileuza que sempre mostra-se disposta para lutar pela saúde mental.

Solicitei que a SESAPI se pronuncie sobre isso. Segundo a Telma, nem a gerencia de saúde mental estava sabendo dessa reportagem. Ficaram surpresos quando eu divulguei no Twiteer.

Vamos aguardar novos pronunciamentos sobre, e públicos.

Bom, esse email é para informar a situação.
 
Leonardo Sales
Psicólogo Social Comunitário Sanitarista CRP 11/3416
Mestre em Ciências e Saúde - Universidade Federal do Piauí
Especialista em Saúde Pública, Saúde da Familia, Saúde do Trabalhador, Ecologia Humana e Educação Permanente em Saúde
CONTATOS: (86) 8803-2512 / 94143001
Teresina - Piauí - Brasil


De: Anderson de Moura Lima

Para: Grupo PsicólogosPiauí
Enviadas: Domingo, 5 de Junho de 2011 15:14
Assunto: [Psicólogos do Piaui] Notícia sobre o Areolino de Abreu...

 

http://amigononinho.blogspot.com/2011/06/e-assim-luta-antimanicomial-no-piaui.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

MAIS DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Mais um email para discussão, do psiquiatra Edmar Oliveira
 
 
Esse retrocesso não é só no Piauí. Apesar do nosso Senador ser o principal apologista da "terapia da fé" e da "Fazenda da Paz" do Célio ser mostrada como exemplo bem sucedido de "Comunidade Terapêutica" (esse termo usado por Tosqueles na França no enfrentamento ao fascismo não merecia ser apropriado pelos cristãos na sua cruzada contra os novos mouros, os pobres das comunidades de excluídos).
Aqui no Rio foram inauguradas a Casa Viva, Casa do Caminho e outras tantas, pelo Secretário de Ação Social para prender os menores "drogados" e só soltar quando eles "estiverem curados". Já pode se perceber que a Casa da Morte ou do Descaminho serão novos hospícios disfarçados para não se ir diretamente contra a lei 10216. A Secretaria de Saúde contratou equipe de saúde para tais casas. Criminoso, não?
Estamos a mergulhar numa nova idade média que tende a exorcizar o demônio, que responde pelo uso de drogas. Em nome de Jesus!
E, pasmem, o FHC diz num documentário que essa política é burra. Essa questão conseguiu inverter os papéis? Acho que para quem está no governo a atenção dada à mídia distorce a realidade. Por falar nisso, hoje, n'O Globo, o editorial do jornal defende a posição do FHC, enquanto o Carlos Vereza, o ator, pede a linha dura contra a maconha. Vá entender isso! 
A gente tem que manter firmeza na posição que vínhamos adotando, independente de termos que ser contra ao PT e a favor do FHC. Saúde Mental tem desses contrários...
Continuaremos protestando e denunciando essa posição da "Terapia da Fé" que ressuscita os exorcismos da idade média.
Conservemo-nos na luta.
abs
Edmar

domingo, 5 de junho de 2011

E A ESPERANÇA NA LIBERDADE VENCE O DESÂNIMO!!!

Ainda consternada com a internação integral de Biatriz na sexta-feira e lutando para não perder de vez o vínculos com a mãe dela. Sensibilizada com os casos de cárceres privados, lutando para transformar esta questão em causa de direitos humanos no Piauí. No sábado somente o gentil Anderson e Herbeth, parceiro militante do Matizes apareceram na Roda de Conversa sobre Automoniração dos Sintomas. Estava realmente para baixo e quase fiquei normal com a noticia da transferência do CAPS i para dentro do HAA.  Preces, meditação guiada, relaxamento, a voz do namorado para me acalmar. Mas tudo era desalento. Vontade de deixar a luta.
Hoje a tarde, desanimada, mas como havia prometida levei umas pessoas a um grupo de AA, "gancho de rede" maravilhoso. Pensei em deixar as pessoas lá e ir embora. Fiquei envolvida pelas falas, alentadoras. Um Deus generoso, acolhedor e libertador realmente recheia aquela sala de AA. A parte que mais gosto das reuniões é a Cabeceira de Mesa, os depoimentos: sempre quis falar daquele lugar. Hoje fui convidada como parceira. Nossa, que felicidade. E uma pessoa do meu grupo aceitou a adesão, júbilo para todos presentes.
Vi algo que sempre questionei a ausência de jovens recuperandos, sempre são senhores que chegam à recuperação depois de décadas de alcolismo. Hoje havia um jovem com menos de trinta, assumidamente dependente de outras drogas, contava que depois daquela reunião iria a um NA. Fantástico, eu que achava que o discurso e técnicas de AA não alcançaria jovens. Recuperei minha esperanças e minhas forças.
Reconheço minhas limitações para opinar sobre causa tão complexa quanta a dependência química, já que nunca foi minha área de estudo mais intensiva na saúde mental, mas como todos antimanicomiais, acredito nas experiências de tratamento e reabilitação na comunidade, sou contrária ao confinamento prolongado em quaisquer ambiente que se proponha tratar o problema, hospital, clínica de recuperação ou Comunidade Terapêutica, hoje são modelos mais caros aos cofres públicos, não sei se com leitos SUS, esses valores não rebaixarão. Não conheço estatísticas que comprovem a eficácia vantajosa das TCs, mas acredito que pela complexidade, pela necessidade que realmente se faça algo para minimizar o flagelo do uso do álcool e outras drogas e o fato de haver no Piaui uma TC,como a Fazenda da Paz, com uma boa estrutura , um histórico respeitável de seus coordenadores, com um trabalho visível em vários recuperandos, precisamos nos pautar pelo bom senso e democracia nas discussões, aceitação da diversidade de opiniões, mesmo aquelas que se orientam pelo cunho da ciência em detrimento de outros saberes. Nós antimanicomiais defendemos a reabilitação psicossocial, mas precisamos reconhecer nesse momento a debilidade desta rede, os CAPS I em cidades de vinte mil habitantes não tem estrutura, porque tem uma demanda de psicóticos adultos, infantil e ad, recebe menos recurso, não tem pessoal capacitado continualmente, os leitos em hospitais gerais nos municipios, incluindo Teresina, são sub utilizados, temos apenas quatro CAPS ad, em Parnaíba, Piripiri, Picos e Teresina. Em Teresina é localizado praticamente no centro, desterritorializado das periferias, onde mora o possível usuário de SUS, não existe espaços de cultura e convivência, esporte, arte, nada que possa despertar outras perspectivas de subjetividade neste usuário.
Grupos como AA e TCs com o discurso moral afinado, calcado em valores como solidariedade, amor cristão, honestidade, libertação do vício como vitória por um dia apenas e luta para garantir o dia posterior, estão há anos dando certo em muitos casos. Precisamos avaliar a diversidade e acolher a realidade, senão termos coragem de lutarmos para que esta chegue o mais perto do ideal que pretendemos.

E QUANDO SOFREMOS COM AS QUEDAS... A ESPERANÇA SE LEVANTA NA LUTA!

Uma boa reflexão de Cida Milanez, estudante de Serviço Social da UFPI, militante do movimento da luta antimanicomial, por email:

Olá camaradas,

venho fazer algumas reflexões sobre a questão tratada abaixo. Primeiramente, essa questão continua sendo tratada como questão de polícia através de um modelo proibicionionista-repressivo e de criminalização da pobreza. As drogas não estão sendo discutidas com bases científicas, como questão cultural, como pertencentes a sociedade, pois são criminalizadas ao tempo que se criminaliza a pobreza, pois é na favela que a polícia vai bater e não na corrupção do planalto central. Segundo, não sei mesmo o que tá sendo feito, aliás só estão criando espaços de disputa, sem fundamentação. Temos um Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, em que a discussão de redução de danos passa longe, e será que envolve de fato a sociedade? Foi criado uma Câmara de Enfrentamento ao Crack, que mais parece um poder pararelo, onde o Sr. Governado decide sobre tudo e vem desenvolvendo uma campanha puramente midiatica (outdoor, camisetas, cartilhas) um kit completo de marginalização da pobreza e preconceito racial e cultural, uma vez que, aparece fotos de um morador de rua e o negro com tatuagem. Será uma coincidência ou eu estou ficando louca? Ah! Agora foi criado outro espaço de discussão e deliberação composta pelos senhor@s parlamentares. É a Frente Parlamentar de Políticas Públicas sobre Drogas. Dia 27 de maio aconteceu a primeira atividade do Fórum de Debates (Sistema Nacional e Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas) e o modelo proibicionista-repressivo persiste. A discussão realizada continua tirando a responsabilidade Estado e o possível, aliás pelo jeito que vão indo as coisas, quase certeza que aumentarão os recursos públicos para as Comunidades Terapêuticas, que até hoje não conheço suas bases científicas, da ciência, do conhecimento. Ah! Chamo atenção para alguns termos presente na Resolução nº 430, de 7 de abril de 2011, da frente Parlamentar referindo-se as pessoas que usam substâncias psicoativas como "VICIADOS" (Art. 4º, inciso VIII - acompanhar a política governamental, os projetos e programas direcionados ao combate ao uso do crack e à recuperação de viciados as ações de conscientização da sociedade e a política de prevenção) e  "DROGADOS" (Art. 4º inciso XIV - Elaborar catálogo de casas de recuperação de drogados e com elas manter intercâmbio de informações, ideias e propostas). Associados a isso vem o "4º PODER"- A MÍDIA. Certo dia abri o Jornal Meio Norte e lá falava sobre a Caminha de Enfrentamento ao Crack e sua repercussão na sociedade, além de uma charge com alusões preconceituosas ao usuários de crack. Posso descrever, de uma lado aparecendo em uma TV a nossa querida "sociedade", aliás algumas pessoas mobilizadas para dizer "NÃO AO CRACK" com a uma faixa estendida e de outro lado tinham sabe o que? A REPRESENTAÇÃO SOCIAL E FIGURATIVA DE DEMÔNIOS SEGURANDO UM LATA COM O NOME ESCRITO CRACK. O que vc sobre isso???? Vou dizer o que eu penso. Isso é a falta das bases científicas, do conhecimento. Isso é a criminalização da pobreza. Isso é a exclusão social. isso é o cristianismo ditando a política pública.  O QUE VAMOS FAZER??? PRA ONDE VAMOS? QUEM SOMOS?

COMAPANHEIR@S, venho acrescentar a questão CULTURAL ao debate, pois é nela que buscaremos uma sociedade livre dos preconceitos o respeito à diversidade. Ah! Assisti um documentário "Ao Sul da Fronteira" de Oliver Stone" E logo no início aparece a mídia Americana sorrindo e dizendo que Evo Morales (presidente da Bolívia) é um drogado pois gosta de mascar e que não sabem o que é se é gengibre e coisa e tal. Isso é preconceito com a cultura Latino-America. E a nossa cultura indígena??? Eu me pergunto. Ah! O nosso modelo de política pública é baseado no modelo americano - PROIBICIONISTA-REPRESSIVO.  

Dia 13 de junho de 14 às 18h no Plenarinho da Assembléia acontecerá o segundo fórum de debate sobre "A prevenção às Drogas e o Plano Estadual sobre as Drogas" com representantes das secretarias/órgãos: SEDUC, SESPI, SASC, FUNDAC, FUNDESPI. Prof. Aci Marcus, Célio - Fazenda da Paz, Polícia Militar (PROERD). aH! Fiquei na dúvida se o Célio vai representando a Fazenda da Paz ou o Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas.

E aí sociedade, o que vamos fazer? 

a) mesa de negociações
b) eu não vou, não faço parte dessa realidade. Vivo numa bolha!
c) outra nota de repúdio
d) levantar bandeiras e pedir inscrição de fala
e) luta concreta (movimento nas ruas e o poder popular)

Agradeço a atenção e aguardo a resposta,


Aparecida Milanez
















PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.