sábado, 28 de maio de 2011

RODA DE CONVERSA SOBRE AUTOMONITORAÇÃO DOS SINTOMAS

Um espaço muito sonhado é o Consultório Ampliado em Saúde Mental. Ampliado é uma alusão a clínica ampliada, proposta que haja algo mais que o tratamento medicamentoso a que alguns usuários tem acesso somente. No caso do grupo de apoio do Ninho, o projeto é que se configure um espaço de escuta, acolhimento e trocas. Precisamos sim, de apoio e parcerias com os normais do bem, que escolheram a loucura como condição de co-participação no mundo, técnicos, amigos, familiares, vizinhos, pessoas que nos amam como somos,  são bem-vindos na roda do amor terapêutico.
A roda de conversa sobre automonitoração dos sintomas acontece dia 04 de junho, sábado, às 15:00 no CCS/UFPI na Av. Frei Serafim, 2260, próximo ao HGV e Loja OI. Será facilitada por Anderson Moura Lima, jovem psicólogo e desbravador desse nosso mundo antimanicomial.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

UM DIA DE LOUCA PELA VIDA E SUA EQUIPE INVISIVEL

Sai muito cedo de casa, antes tinha um encontro marcado com o defensor público Igo Sampaio para tratarmos da organização de uma campanha contra o cárcere privado de pessoas com trantorno ou deficiência mental no Estado, mas tive que levar um problema de familia ao conselho tutelar, envolvendo criança psicótica que já frequentou o CAPS i, quem deveria está a frente seria o serviço social desta instituição. Fazer? No caminho encontrei Edna, usuária do CAPS Sudeste, com o dedão esfolado por uma topada, queria remédio e disse que não estava a fim de ir para o CAPS. Compramos um antiséptico e a levei para casa. Dizia-me que seu problema é dinheiro, não tem benefício. Com várias internações nos hospitais psiquiátricos da cidade e visivelmente "diferente", o preconceito e o estigma a incapacitam para o trabalho.
Lá vou eu sol a dentro, óculos escuros e sombrinha, no percurso: Ministério Público para saber sobre processos dos cárceres privados. Muito trabalho da defensoria de saúde. Terei que voltar na segunda. Passo no CCS/UFPI, nosso amigo mais atuante que militante, Magno Filho, gentilemente faz-nos cartazes de divulgação do próximo encontro do Ninho, o espaço é central e confortável, não gostaria de perder a oportunidade de usá-lo, mas é preciso que o usuário descubra a importância dos encontros de apoio, agora de 15 em 15 dia, para que possamos atrair mais pessoas. Já cansadinha chego "no pingo do meio dia", 12:30 a prefeitura, onde já havia acabado a manifestação dos professores e servidores do município em greve há cerca de 30 dias. Alguém do sindicato me informa que houve confronto com a policia e manifestantes, temo pela saúde emocional de companheiros especiais que nem eu, que estão na linha de frente.
Chego finalmente a sala dos conselhos da SEMTCAS com Deusalena do Conselho da Pessoa com Deficiência, outra parceira fantástica, gancho da rede sempre a disposição, nos consegue duas vagas para pré-conferência municipal de saúde em junho. Quem sabe dessa vez um dos nossos consiga uma vaga para ir para a nacional em Brasilia. Caminho um pouco mais, cansada, mas tranquila, olhando flores artificiais em lojinhas populares. Marco presença rápida no beijaço, antes dos beijos e venho embora. Enfrento um engarrafamento de uma hora e alguns minutos na av. Miguel Rosa. Chego ás 16:00 sem almoçar. Encontro mestre Itamar da FEUBRA (Federação Umbandista Brasileira) e repasso telefones do AA e loucutor de rádio comunitária. Ele também não para.
Edvirgem fez uma comida gostosa e sobremesa de abacaxi. Bom. Pretendo dormir e o namorado talvez leve outra moça para o show de hoje. Desejemos sucesso!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS SERÁ UMA SAÍDA PARA DROGADIÇÃO?

Recebi este email hoje e tantas outras pessoas que contribuem com a AVAAZ, só que dessa vez não tenho uma opinião formada a respeito da legalização das drogas como solução melhor que a guerra a elas, como é feita, sem que combata de fato a drogadição. Estou lendo os artigos nos links indicados, compartilho.
( A guerra mais sentido do mundo)
Caros amigos,


Em dias, um grupo de poderosos líderes mundiais irá pedir à ONU que acabe a guerra contra as drogas e se mova em direção à legalização. Mas os políticos dizem que a sociedade não irá apoiar políticas alternativas com relação às drogas. Vamos apoiar massivamente esta oportunidade única e agir urgentemente. Assine abaixo, e conte a todos:

Em dias nós podemos ver o começo do fim da 'guerra às drogas'. O tráfico ilegal de drogas é a maior ameaça à segurança da nossa região, mas essa guerra brutal falhou completamente em conter a praga da drogadição, ao custo de inúmeras vidas, da devastação de nossas comunidades e do afunilamento de trilhões de dólares em violentas redes de crime organizado.

Especialistas concordam que a política mais sensata é acabar com a guerra às drogas e legalizá-las, mas a maioria dos políticos tem medo de tocar no assunto. Em dias, uma comissão global incluindo antigos chefes de estado e altos membros da política externa do Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos e México irão quebrar o tabu e pedir publicamente novas abordagens, inclusive a descriminalização e legalização de drogas.

Este pode ser um momento único -- se um número suficiente de nós pedir um fim a essa loucura. Políticos dizem que entendem que a guerra às drogas falhou, mas alegam que a sociedade não está pronta para uma alternativa. Vamos mostrar a eles que não apenas aceitamos uma política sã e humana -- nós a exigimos. Clique abaixo para assinar a petição e partilhe com todo mundo -- se nós alcançarmos 1 milhão de vozes, ela será entregue pessoalmente aos líderes mundiais pela comissão global:

http://www.avaaz.org/po/end_the_war_on_drugs_la/?cl=1086619310&v=9225

Nos últimos 50 anos as políticas atuais de combate às drogas falharam em toda a América Latina, mas o debate público está estagnado no lodo do medo, da corrupção e da falta de informação. Todos, até o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, que é responsável por reforçar essa abordagem, concordam -- organizar militares e polícia para queimar plantações de drogas em fazendas, caçar traficantes, e aprisionar pequenos traficantes e usuários – tem sido completamente improdutivo. E ao custo de muitas vidas humanas - do Brasil ao México, e aos Estados Unidos, o negócio ilegal de drogas está destruindo nossos países, enquanto a drogadição, as mortes por overdose e as contaminações por HIV/AIDS continuam a subir.

Enquanto isso, países com uma política menos severa -- como Suíça, Portugal, Holanda e Austrália -- não assistiram à explosão no uso de drogas que os proponentes da guerra às drogas predisseram. Ao invés disso, eles assistiram à redução significativa em crimes relacionados a drogas, drogadições e mortes, e são capazes de focar de modo direto na destruição de impérios criminosos.

Lobbies poderosos impedem o caminho da mudança, inclusive militares, polícias e departamentos prisionais cujos orçamentos estão em jogo. E políticos de toda nossa região temem ser abandonados por seus eleitores se apoiarem abordagens alternativas. Mas pesquisas de opinião mostram que cidadãos de todo o mundo sabem que a abordagem atual é uma catástrofe. E liderados pelo presidente Cardozo, muitos Ministros e Chefes de Estado manifestaram-se pela reforma depois de deixar seus cargos. O momento está finalmente chegando de discutir novas políticas na América Latina, Estados Unidos e outras partes do mundo que estão devastadas por essa política desastrosa.

Se pudermos criar uma manifestação global nos próximos dias para apoiar os pedidos corajosos da Comissão Global de Política sobre Drogas, nós poderemos superar as desculpas estagnadas para o status quo. Em nossas vozes está a chave da mudança -- assine a petição e divulgue:

http://www.avaaz.org/po/end_the_war_on_drugs_la/?cl=1086619310&v=9225

Nós temos uma chance de entrar no capítulo final dessa 'guerra' violenta que está destruindo milhões de vidas. A opinião pública irá determinar se essa política catastrófica será finalizada ou se políticos continuarão a nos usar como desculpa para evitar a reforma. Vamos nos unir com urgência para empurrar nossos líderes para fora da dúvida e do medo, para cruzar a fronteira e entrar no domínio da razão.

Com esperança e determinação,

Luis, Alice, Laura, Ricken, Maria Paz e toda a equipe Avaaz

FONTES:

Drogas e Democracia: Rumo a uma mudança de Paradigma, Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia
http://www.drogasedemocracia.org/Arquivos/livro_port_03.pdf

Avaliação da Política sobre Drogas dos Estados Unidos
http://www.drogasedemocracia.org/Arquivos/peter_reuter_portugues.pdf/

Drogas. Alternativas à "guerra"
http://www.idpc.net/pt-br/publications/drogas-alternativas-a-guerra

“Guerra às drogas mostrou-se ineficiente”, afirma presidente da Fiocruz
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011051613610/Nosso-pais/guerra-as-drogas-mostrou-se-ineficiente-afirma-presidente-da-fiocruz.html

Inovações Lesislativas em Políticas sobre Drogas
http://comunidadesegura.com.br/pt-br/node/47715

Os maiores massacres promovidos pelo narcotráfico no México
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/05/20/os-maiores-massacres-promovidos-pelo-narcotrafico-no-mexico-924507620.asp

Drogas arrastam mulheres para o comando do tráfico
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=973987

A insustentável guerra às drogas
http://www.brasildefato.com.br/node/5269

A Comissão Mundial sobre Política de Drogas, que vai pedir à ONU para acabar com a guerra contra as drogas (em Inglês)
http://www.globalcommissionondrugs.org/Documents.aspx


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terça-feira, 24 de maio de 2011

Nunca fomos modernos.

Publicidade de um site cristão.
A tão propagada ideologia de que vivemos nos dias de hoje o avanço da ciência e da tecnologia, que traz beneficios a toda a humanidade e que cada vez estamos mais modernos, a efemeridade da modernidade é um mito. Primeiro porque a ciência avançou mesmo, isso não temos o que discordar, mas continua no controle e a beneficio dos poderosos. Revoluções tecno-ciêntificas vêm acontecendo, mas dificil mesmo é modifiar pensamentos e posturas. O avanço do pensamento conservador e agora nesse momento também vivemos uma neoinquisição, estamos vivenciando um avanço do fundamentalismo religioso avasssalador, pessoas doentes, presas no manicômino mental, pior do que o de paredes e de grades. E tem suas figuras psicoticas mor, como R.R Soares, Silas Malafaia, Garotinho, entre outros. Esses que em nome de um deus do medo, da opressão e que formata a tudo e a todos, se usam de termos positivos como democracia, cidadania, justiça e coitada da familia romantica burgeusa cristã que eles tanto querem impor. O que me preocupa é que eles estão ocupando todos os lugares com firmeza de suas ideias, Marcio Pochmann prevê que em 2025, 60% do Congresso Nacional do Brasil será composto por evangelicos. Eu pessoalmente acredito que esses novos inquisidores mataram a deus e colocaram o diabo no trono ou coisa parecida, porque esse deus do desrepeito, do medo, do preconceito e tal, não é diferente do diabo. E o que isso reflete na saúde mental? Enquanto usuário dos serviços e estágiario do HAA, ví posturas assustadoras por parte dos profissionais: psiquiatras pregando dentro do CAPS, usuário chega em crise e enfermeira manda o cidadão se ajoelhar e ler a biblia, ..... Nada contra religiões, mas cada qual no seu espaço. Deixem pra pregar esse Deus mercadoria, do holocausto e do temor, nos seus templos. Não somos e nunca seremos modernos, pode avançar tecnologias, engenharia de telecomunicações, quimica de ponta e tal, mas temos que tirar o pé e avançar o sinal da Europa do século XVI, o nazi-facismo continua vivissimo da silva e nos dando tapa na cara todo dia. Assim como o controle remoto, o controle de mentes e corpos é um tecnologia social bastante avançada e perigosa, uma ditadura da normalidade e da "essência natural e biologica do ser humano" que me arrepia a espinha.

"O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele" (Friedrich Nietzsche)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL CONTINUA EM GREVE!

Domando o Dragão

Se a arte imita a vida, ontem fui personagem de Como domar o seu Dragão, um dragão chamado loucura. Há quase três anos diagnosticado, me ensinaram e fui aprendendo a lidar com os sintomas, fui descobrindo o que me fazia bem pra evitar crises e pra sair delas. Ontem meu dragão estava enfurecido, ele acordou comigo. Com minha mãe em casa tentei ser "normal", mas ela, cuidadora velha percebeu logo, os olhos e o caminhado denunciavam. Entrar em crise logo num domingo, não é o melhor dia da semana, tentei assistir a programação da rede aberta de televisão .... é de surtar mais ainda. Lembrei que filmes e ouvir musicas pra mim é terapeutico, um bom filme ou uma boa musica me estabiliza mais. Pela manhã tive três companhias de nome: Vanessa da Mata, Adele e Nelly Furtado. Boa companhia né, e ajudando minha mãe a mudar os moveis da casa de lugar. Não consegui almoçar, mas percebi que estava aos poucos melhorando. A tarde parece que a programação da tv piora, gosto de assistir, mas as baixarias do domingo não. Fui assistir filmes: Meu Malvado Favorito, Volver e 2012. Mesmo com dose a mais de ansiolitico o dragão algumas horas mostrava suas garras. Sem sono, sem fome nem percebi que já era 11 da noite. Continuei assistindo filmes, mas agora no Futura, assistí dois filmes muito bons: Maurice e O Amador, a programação noturna do Futura é muito boa, nem parece que faz parte dos canais Globo. Ainda sem Sono fui pasando de Canal, de repente ouço "Piauí", era Marllos Sampaio na TV Camara, defendendo o Piaui que segundo fala do Deputado, "Nosso povo é esquecido nas proprias publicações dessa casa, não somos só problema", falava sobre orçamento e outras coisas, pontuando sempre que nosso Estado é a ovelha má da Federação, logo depois aconteceu o VIII Congresso Nacional LGBT, na mesma Casa Legislativa e quem estava lá? Outra Piauiense, essa guerreira e sagaz na sua fala, Marinalva da Liga Brasileira de Lesbicas e do Grupo MATIZES, onde falou "Não somos o Estado mais pronvinciano do Brasil", e apontou algumas conquistas do movimento LGBT em territorio piauiense e as dificuldades. E o Dragão? Lembrei dele hoje pela manhã, quando acordei no sofá .....

domingo, 22 de maio de 2011

I CONSULTÓRIO DE SAÚDE MENTAL QUINZENAL

O evento anunciado abaixo ( 20 anos de Associação Franco Rotelli) imperdível. Se acontecesse em Teresina eu participaria. Observem todos os segmentos representados: academia, usuários, técnicos e ainda tem festa e prática integrativa. Que sonho  se um dia conseguirmos fazer isso por aqui com a importância política necessária, a quebra de estigmas e preconceitos necessários a visibilidade à luta da causa da saúde mental.

Infelizmente a roda de conversa de ontem sobre dependência química não atraiu usuários ou técnicos. Deixei minha filha gripada na casa de um parente, unha e cabelo por fazer para sair com namorado a noite e a facilitadora, a responsável e comprometida Deusinha Alcântara compareceu, de boa vontade, num sábado às três horas da tarde também com familiares  doentes. Somente a loucura pela saúde mental.
Mais outro companheiro compareceu, o psicólogo Anderson Moura Lima, do CAPS sudeste e agradável conversa não foi perdida. Dificil o trabalho voluntário e tem hora que dá vontade de desistir. Mas o telefone e email diários nos lembram o tempo todo da necessidade deste.

Pensamos que o melhor será fazer o próximo encontro daqui a quinze dia, teremos um certo tempo para divulgar. Faremos dia 04 de junho, com o psicólogo Anderson Moura Lima, a oficina Automonitoração dos Sintomas, no mesmo espaço, CCS/UFPI, e hora na frei serafim.

20 ANOS DE ASSOCIAÇÃO FRANCO ROTELLI

2ª REUNIÃO DO FÓRUM PAULISTA DA LUTA ANTIMANICOMIAL
 
APÓS 20 ANOS EM SANTOS, PRESENÇA CONFIRMADA DO RENOMADO ITALIANO, UM DOS PRECURSORES DA HISTÓRIA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA, FRANCO ROTELLI.
A PRIMEIRA VEZ, ESTEVE EM SANTOS NA INAUGURAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO FRANCO ROTELLI, E NO PRESENTE MOMENTO NA CONQUISTA DE 20 ANOS DA NOSSA SEDE!
 
28 de maio de 2011 – Sábado – das 8h30 às 16h00
Local: Associação Franco Rotelli
Rua Constituição, 331 – Vila Mathias – Santos/SP
Ref.: UNIMES, Antigo Colégio Marista (atual CAIS). Próximo da entrada de Santos (rodoviária).
 
Cronograma:
 
8:30h – Recepção e Café da Manhã Comunitário Por Favor, não esqueçam de trazer Bolos, Pães, Café pronto na Garrafa Térmica, Chá, Sucos, Leite, Margarina, Biscoitos Doces e Salgados, Geléia.
 
9:30h – Abertura do evento com a direção da Associação Franco Rotelli e representante do Fórum Paulista da Luta Antimanicomial
 
9:45h – 13:00h – Mesa de Discussão com os seguintes convidados:
 
Prof. Dr. Fernando de Almeida Silveira (Professor Adjunto de Psicologia e Humanismo) da Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista. Departamento Saúde, Educação e Sociedade.
Tema: História da  Loucura: o que estamos fazendo de nós na luta antimanicomial?
 
Franco Rotelli - Médico psiquiatra, um dos principais nomes da reforma psiquiátrica da Itália, do Departamento de Saúde Mental de Trieste (Itália).
 
Roberto de Moura (Vice-Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Santos/SP).
Tema: A importância do Conselho Municipal de Saúde na Saúde Mental
 
Claudia Cavalcanti (Representante da Comissão Gestora do Conselho Regional de Psicologia, subsede Baixada Santista e Vale do Ribeira
Tema: Fortalecimento das Redes Antimanicomiais
 
Representante familiar da Luta Antimanicomial: Geraldo Peixoto
Tema: A importância do vínculo familiar na Saúde Mental
 
Representante familiar da Luta Antimanicomial: Carlos José Alberto Solano
Tema: Usuários, familiares e técnicos: promovendo a saúde biopsicossocial
 
Representante usuário da Luta Antimanicomial: Benedita Gorette da Silva
Tema: Mãos que criam: projeto de costumização, geração de renda e exercício de cidadania com usuários, familiares e profissionais dos serviços de Saúde Mental
 
12:30h – almoço
 
14:00h – Reunião do Fórum Paulista
 
Atividades extras oferecida pela Associação Franco Rotelli: Aplicação de Reiki; Massagem Relaxante; Venda de produtos costomizados e Bijouterias. Espaço Oportuno a todos que quiserem expor e vender.
 
Inscrições Antecipadas pelo email: associacaofrancorotelli@hotmail.com

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DEPENDÊNCIA QUÍMICA FEMININA

Caros amigos e amigas da saúde mental,

Dando continuidade ao projeto I Consultório Ampliado em Saúde Mental, amanhã, sábado 21 de maio, temos a roda de diálogo/oficina sobre "A mulher no contexto da dependência química" ( álcool e outras drogas) com Deusinha Alcântara, Socióloga, redutora de danos, atualmente atua na gerência de saúde mental do Estado.
A idéia é que deste encontro possamos está organizando um grupo de apoio para as companheiras que já se encontram afetadas em suas vidas familiar, profissional e cidadã por conta da dependência. No Piauí não há centros de tratamento para estas.
Local: CCS - Centro de Ciências da Saúde/UFPI Av. Frei Serafim, 2260 Centro Sala Nº 5, ao lado do HGV / loja da OI
Horário: 15:00
Contribuição voluntária: 10,00 (não é condição de participação)
Esta contribuição é revestida para mantermos nossas atividades junto a usuários mais necessitados.
Email de divulgação para amigos da rede. 

PAULO AMARANTE, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE MENTAL (ABRASME)

Médico propõe aprofundar medidas na área do tratamento psiquiátrico no Brasil

18/05/2011 - 18h10
Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aprofundar com a sociedade a discussão sobre o novo modelo assistencial no campo da saúde mental e a compreensão do que significam os transtornos nessa área deve ser a próxima etapa da luta pela reforma psiquiátrica no Brasil. A afirmação é do médico Paulo Amarante, pesquisador na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), e autor do livro Saúde Mental e Atenção Psicossocial, que está em sua terceira edição.
No Dia Nacional de Luta Antimanicomial, comemorado hoje (18), Amarante, um dos pioneiros do combate à violência psiquiátrica no país, ressalta como altamente positivo o fato de o país ter hoje mais de 1.500 serviços abertos, os chamados centros de Atenção Psicossocial, onde o paciente é tratado na própria comunidade e se incorpora a projetos sociais, culturais e políticos.
“Há 20 anos, o Brasil tinha praticamente como tratamento psiquiátrico os hospitais – instituições fechadas, muito mal tratadas e abandonadas - , como ficou demonstrado no clássico documentário Em Nome da Razão, do cineasta Helvécio Ratton”, lembra o médico. Ele afirma, no entanto, que ainda há no país muitos hospitais psiquiátricos onde a violência ainda é a norma, como os de Sorocaba (SP) e Cachoeiro do Itapemirim (ES).
Para Paulo Amarante, é preciso ir mais além da luta antimanicomial, ajudando a sociedade a superar preconceitos com relação aos portadores de transtornos mentais. “As pessoas têm a ideia de que alguém com um transtorno mental é agressivo, é perigoso. Isso tudo são preconceitos que foram sendo construídos ao longo da história. Na verdade, são pessoas como nós, um ou outro com maior problema, mas isso não impede que tenham um outro lado desejoso de trabalhar, de participar de projetos”, disse.
O pesquisador da Fiocruz destaca a importância de políticas públicas como o projeto do Ministério da Cultura, lançado pelo então ministro Gilberto Gil, Loucos pela Diversidade. “Todos falam na importância de nomes como Arthur Bispo do Rosário e Fernando Diniz, grandes artistas plásticos que morreram em hospitais psiquiátricos, mas não havia uma política para dar visibilidade à obra dessas pessoas em vida”, ressalta Paulo Amarante.
Ainda no Rio, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil comemorou o Dia Nacional de Luta Antimanicomial com o evento Por uma Sociedade sem Manicômios em Defesa do SUS e da Vida!, que ocorre até as 20 horas, na Cinelândia, no centro da cidade. Segundo a secretaria, nos últimos anos, o município do Rio de Janeiro obteve avanços na área de saúde mental e foi pioneiro na instauração da bolsa de incentivo à desospitalização para que os pacientes psiquiátricos retornem ao convívio familiar.
Como resultado da política atual, em 2010 foram inaugurados os dois primeiros Caps - Centro de Atenção Psicossocial - com funcionamento 24 horas. As novas unidades permitiram, de acordo com a secretaria, um decréscimo até 50% das internações nas emergências dos hospitais psiquiátricos.
Outro grande avanço na luta antimanicomial apontado pela Secretaria Municipal de Saúde é a implantação das residências terapêuticas e moradias assistidas. Atualmente, a cidade conta com 32 residências e quatro moradias, onde são assistidos 184 pacientes, a maioria pessoas que passaram anos internadas.
agência Brasil

ANTÔNIO GERALDO DA SILVA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP)

Tratamento da saúde mental não pode ser centrado nos Caps, alerta presidente da ABP

18/05/2011 - 19h52

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, alertou hoje (18) para a necessidade do atendimento a pessoas com doenças mentais ser feito em rede. “As pessoas estão ficando anos em atendimento nos Caps [centros de Atenção Psicossocial]. A assistência exclusiva assim é um erro. O atendimento é para ser feito em rede”, disse ao lembrar que os pacientes com transtornos mentais ou com dependência química, mesmo em caso de internação, devem ter alta médica planejada e reabilitação psicossocial assistida, conforme prevê a Lei 10.216.
À época da promulgação (4/6/2001), a lei foi comemorada como uma vitória dos movimentos sociais. Hoje, Dia de Luta Antimanicomial, a aprovação da lei foi lembrada pelos movimentos. “A população queria qualidade de serviço”, afirma o presidente da ABP ao dizer que a “lei é perfeita” e que os médicos psiquiatras “são antimanicomiais por natureza”.
Geraldo da Silva, no entanto, ressalta que a lei não foi implementada completamente. “Tenta marcar um atendimento”, sugere, ao lamentar que o atendimento psicossocial ainda não funciona eficazmente no sistema público. “Se você tem dinheiro, consegue melhor tratamento”, diz ao comentar que no sistema privado os pacientes têm “atendimento de primeiro mundo”.
“Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, ao sexo, à orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade,família, aos recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra”, estabelece o Artigo 1º.
Para o coordenador de Saúde Mental do Distrito Federal (ligado ao governo local), Augusto Cesar, a efetivação da lei “depende da vontade política”, e se não houver estruturação de uma rede diversificada de serviços para a cada fase de tratamento a assistência “fica muito frágil”. Ele pondera que a crítica à política de saúde mental é “incompleta”, porque não “considera como era o modelo”.
Opinião semelhante tem Geraldo Peixoto, que é integrante de um movimento de parentes contra os manicômios em São Paulo. “Eu vi como era, com meu filho. Teve avanços, sim. Muitos hospitais psiquiátricos foram criados na época da ditadura militar [1964-1985]. Era um grande negócio”, disse ao associar as internações ao sistema repressivo do regime. Peixoto espera que o governo da presidenta Dilma Rousseff “tenha mais sensibilidade” com a política de saúde mental.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem atualmente em funcionamento 1.650 Caps, quase quatro vezes mais que em 2002 (424 centros). No ano passado, foram prestados 21 milhões de atendimentos ambulatoriais em saúde mental (50 vezes acima dos 423 mil procedimentos feitos em 2002). No período, o atendimento de crianças e adolescentes, saltou de 12,2 mil para 1,2 milhão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

EM PARNAÍBA NO DIA DA LUTA ANTIMANICOMIAL

18/05/2011

Doente  mental tenta enforcar criança de 3 anos no Alto Santa Maria

Nesta quarta feira (18) por volta das 11:30hs um doente psiquiátrico identificado apenas por Francisco, morador do Bairro Alto Santa Maria, em Parnaíba, estava enforcando uma criança de 3 anos quando a mãe chegou ao local presenciou a cena.
De imediato a mãe pediu ajuda a populares que chamaram a polícia e prenderam o donte levando-o para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Em seguida ele foi transferido para  Santa Casa de Misericórdia. O nome da criança foi preservada.
Redação: Jornal da Parnaíba
Edição Blog do Pessoa 
Parnaíba conta com um CAPS ad. Como de costume "doente mental" e pronto, não tem maiores detalhes, se tinha familia, se foi um internado na capital, se já recebeu algum tipo de cuidados. O blogueiro está sempre postando passagens e feitos do governador e seu vice, Morais Sousa, na campanha eleitoral, simples Zé Filho e nesta pequena matéria, não faz nem um comentário cobrando quaisquer atitude do poder estadual em relação a saúde mental. Já houve outras sobre dependência química que comentei e este nem sequer publicou meus comentários. É difícil, sensibilizar para a saúde mental.
Não queria falar para não dizerem que só critico e sou do contra, mas enquanto a capital organizou atividades despolitizadas, distantes das lutas reais e necessárias ao sucesso da atenção psicossocial ( havia forró na festa do CAPS SUDESTE,  lembrei das festas do HAA e MEDUNA, perguntei a umas quinze estudantes de enfermagem da NOVAFAPI que estavam na atividade se elas ouviam aquele som em seus carros, festas e elas afirmaram que adoravam. Fazer? "Queima"  Whashington Brasileiro...  considero uma música terapeuticamente desarmoniosa, falo baseada na minha  experiência como paciente agudo.) Não temos uma banda como a Harmonia Enlouquece. E nenhum outro projeto de arte feito por usuários nos CAPS da capital. Se há no interior desconheço.
Para arrematar, que estou saindo para prática integrativa (acupuntura e passe espirita), preciso, estou sentindo um "desequilíbrio na força" (Jornada nas Estrelas) ... transcrevo partes do ofício a secretária de saúde na luta por uma gerência antimanicomial:
"Enquanto movimento de usuários viemos novamente através deste expor nossas preocupações  com a escolha de um técnico  de saúde mental para o cargo de gerente de saúde mental que seja signatário  da consolidação da Reforma Psiquiátrica em nosso Estado,  ou seja, lutamos pela sensibilização do governo para melhoria dos serviços substitutivos ao modelo hospitalar/manicomial já implantados:  37 CAPS  envolvendo 30 municípios, a questão dos municípios com menos de 20.000 habitantes com necessidades de serviços em saúde mental e dependência química, financiamento próprio para manutenção das três residências terapêuticas, que resolva e dê tranqüilidade para seus moradores em relação a qualidade do imóvel alugado, alimentação, água, luz e telefone. O caso dos inúmeros casos de cárcere privado ainda existentes, queremos que os CAPS e atenção básica atenda com resolutividade a estas situações psicossociais. Vide anexo em DVD. A inclusão do Hospital Areolino de Abreu nesta rede, primando pela humanização do atendimento emergencial, mantendo a enfermaria de crise – ETAC, implantada judicialmente em 2010 com bons resultados para familiares e usuários. O cadastro de mais leitos para o serviço de Referência em álcool e drogas no Hospital do Mocambinho, segundo a portaria 2.842/2010 que admite até 30 leitos, o hospital só consta com  10 leitos que não tem atendido a demanda, dificuldades que se estendem a quase todos os municípios com leitos psiquiátricos em hospitais gerais já implantados ou que ainda resistem a efetivação destes, quanto a sub utilização e falta de qualificação de pessoal. Finalmente, selecionando entre outras necessidades, encerramos nossa exposição reivindicando dessa secretaria de saúde a transferência do CAPS infantil de dentro das dependências do Hospital Areolino de Abreu para um local mais territorializado com as comunidades pobres atendidas por aquele centro, como recomenda o Termo de Ajuste de Conduta assinado por Dr. Telmo Mesquita, substituindo o secretário Assis Carvalho, em 15 de janeiro de 2010 mediante o Ministério Público.
Pedimos encarecidamente que vossa senhoria possa apreciar os nomes dos técnicos que sugerimos por acreditarmos que vossa escolha recairá sobre critérios técnicos mais que políticos."
Oficio endereçado a secretária Lilian Martins, datado de 31 de janeiro, infelizmente, ninguém sabe quais foram os critérios da escolha de uma profissional deconhecida nos meios de profissionais que fazem um trabalho que é fruto de uma luta política nacional.
 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

APROVEITE O DIA!

Foto de Sofia Laurentino, assistente social. Manifestação do CAPS LESTE na ponte estaiada, postada no faceboock.

Passei a manhã no CAPS SUDESTE, próximo da minha casa. A chuva "mexeu" com a programação, algumas pessoas molhadas, principalmente louquinhos que adoram chuva, eu fiquei tentada. Mas fantasiada de normal, com guarda-chuva e tudo, me mantive protegida.
Fiquei feliz, técnicos empenhados com o CAPS na rua interagindo com a comunidade. Vi alguns ex pacientes históricos do HAA, acompanhado de familiares que garantem que estes se mantém estabilizados há algum tempo, apesar ainda de "vestirem a doença", principalmente os homens, do hospital ainda levam o hábito do calção com o cordão e a velha bagana de cigarro. Mas encontrei vizinhos que nunca imaginei viverem com transtornos mentais, tranquilos, voltando para casa meio dia de bicicleta, como se voltassem de um trabalho. Essas são as vitórias da Reforma Psiquiátrica.
Estou saindo, vou comprar uma roupa nova para ir a um show de reggae. Gente, Teresina continua efervecente de eventos culturais. Faça seu faceboock e vá convidando páginas culturais e artistas piauienses. Fique inteirado (a) e saia no sábado.

terça-feira, 17 de maio de 2011

QUE FAÇAM FESTA PELA LIBERDADE NO 18 DE MAIO

Como respostas a nossas provocações vamos colhendo alguns frutos ou notícias de eventos a serem realizados amanhã, 18 de maio: Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

CAPS SUDESTE: perto do Campus Clóvis Moura, na UESPI do Dirceu, a partir das nove. Exposição de trabalhos manuais de usuários, palestras, atividades lúdicas e com certeza festa.

CAPS SUL III e CAPS NORTE Centro: se concentrarão na Praça São Raimundo, perto do CAPS SUL III, técnicos, usuários, com atividades recreativas e lúdicas.

CAPS LESTE: se concentrará na ponte estaiada, técnicos e usuários.

Nada é possível se não sonharmos buscando uma realidade melhor. Lembremos sim, das inúmeras pessoas presas em cárceres domésticos, moradores de hospitais psiquiátricos, recolhidos a pavilhões com grades, das mortes por maus tratos dentro dos manicômios, nas ruas, na familia. Que amanhã se não teremos doutores com suas palestras analíticas (extremamente necessárias), solenidade com autoridades, se no Piauí não conseguimos ainda a importãncia tão necessária a questão crônica da saúde mental. Há vários médicos na política piauiense, não tenho conhecimento se há algum psiquiatra para puxar a brasa para nossa sardinha... bem, vamos às festas e por favor sirvam um refrigerante de qualidade, bolo só aceito se for salgado.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.