quarta-feira, 31 de março de 2010

PACIENTE 67

Ou a Ilha do Medo, buscando atividades prazeirosas para dirimir o estresse de está na organização da Conferência de Saúde Mental Estadual, fui ao cinema. O filme é baseado em livro de Dennis Lehane (2003),direção do sensacional Martin Scorcese, a fotografia, efeitos especiais, os quarenta primeiros minutos de suspense, faz qualquer cinéfilo "delirar". Pasmem... fui às cegas não vi nem cartaz do filme. Quando entendi que personagem só delirava, que era um "psicodrama", um asilo em 1954, só havia clorpomazina, primeiro antipsicótico, usada a partir de 1952.O Haloperidol é de 1959. Então bateu a desilusão. O louco se lasca no final. Como em quase todos os filmes. E a platéia nem percebe que o filme fala de loucura.
Tive a curiosidade de ler algumas críticas dos blogueiros cinéfilos, falam acertos e erros técnicos da produção, babam por Scorcese ou criticam com parcimônia e respeito, mas não li nenhuma que fizesse alusão a loucura. Só mesmo o grande mestre sociólogo Francisco Junior, que me ensinou também a arte de ler entrelinhas as "catedrais e os porões da existência humana". Claro, que o filme pode provocar a velha discussão, nó da reforma psiquiátrica que é a questão dos manicômios judiciários, a questão do louco infrator. Lembrou-me falecida paciente do HAA, matricida, cumpriu sua pena até a morte no manicômio, orientada, namoradeira, consciente que a sociedade fora dos muros do hospício é coercitiva sempre e não perdoa alguns crimes.

Sai de lá com uma vontade enorme de voltar a ser louca anônima. A normalidade continua a nos ver apenas como delirantes 24/h, doença e incapacidade. Um louco anônimo, é alguém fantasiado de normal. Incapaz de emitir um pensamento transgressor.

PREFEITURA INAUGURA CAPS III

O primeiro Centro de Atenção Psicossocial tipo III (Caps III) do Piauí será inaugurado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) da Prefeitura de Teresina nesta quarta-feira (31). O novo centro vai atender pessoas com transtornos mentais graves referenciados pelos Caps tipo II, garantindo a assistência a esses pacientes em acolhimento no período noturno.

O Caps III vai funcionar na Avenida Higino Cunha, 1170, bairro Ilhotas, na zona Sul da cidade. Segundo informações da psicóloga Cleonice Teles, da equipe técnica de Saúde Mental da FMS, essa unidade vai atender aquele paciente que passa o dia sendo assistido em um dos quatro Caps II da Prefeitura e cuja crise, ou quadro clínico, demanda um atendimento contínuo.

“O paciente pode passar sete dias recebendo esse tipo de atendimento ou até dez dias de forma alternada no mês”, explica Cleonice Teles. “Dependendo do seu quadro, o usuário passa o dia em um dos Caps II recebendo toda a assistência multidisciplinar e medicamentosa, mas se a crise é aguda e a família não tem suporte para levá-lo para casa, então ele é acolhido no Caps III para passar a noite e onde também é alimentado e medicado”, complementa.

Durante o dia, o Caps III, de acordo com Cleonice Teles, vai receber pacientes com a mesma metodologia de atendimento dos Caps II; ou seja, usuários que sofram de algum transtorno psíquico que envolve esquizofrenia, depressão, síndrome do pânico ou transtorno bipolar e compulsivo. A equipe da nova unidade de saúde do município é composta, basicamente, de psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, educador físico e nutricionista.

Na última sexta-feira (26) a Prefeitura inaugurou mais uma unidade do Caps II, desta vez o da zona Sul da cidade, na Avenida Barão de Gurguéia, 2913, bairro Pio XII, somando-se aos três já existentes no município. Teresina também dispõe de um centro destinado a usuários de álcool e drogas – o Caps AD, que funciona na Rua Arêa Leão, 1121, bairro Nossa Senhora das Graças, zona Sul da Teresina.

Portal 45 graus (31/03/10)

segunda-feira, 29 de março de 2010

TELA SOCIOLÓGICA: A ILHA DO MEDO

De: barrosjr
Enviada: segunda-feira, 29 de março de 2010 19:58:04
Para: LOUCA PELA VIDA (madileuzazem@hotmail.com)
Boa tarde!
Tela Sociológica indica o filme A ILHA DO MEDO. O filme está em cartaz no Teresina Shopping. É indispensável para quem discute saúde mental e reforma psiquiátrica.
Divulguem, por favor! Espalhem na rede.
Prof. Francisco Júnior

Professor Francisco Junior da UFPI, departamento de Ciências Sociais, desde a década de 90 é parceiro da produção de saúde mental no Piauí. Seu trabalho criativo do projeto Cajuina Sociológica, tem seu ápice em montagens teatrais, conferências com grandes nomes de determinadas temáticas às sextas-feiras à tarde e finalmente sempre o cinema, tela sociológica. Meu mestre. Confio plenamente na indicação, nem sequer fui atrás de resenha do filme. Vamos todos?

PACIENTE PSIQUIÁTRICO,USUÁRIO DE SAÚDE MENTAL? DEPENDENTE QUÍMICO (AD) É O QUÊ?

"Carrano morreu por ele mesmo ter sobrecarregado o fígado com consumo excessivo de bebida alcoólica.
Não tinha problemas mentais e sim dependência química, pois tem histórico de drogas.
O município deveria separar os drogados dos doentes, as pessoas pensam que todo paciente é drogado e cachaceiro por causa da mistura." (comentário publicado em http://pacientepsiquiatrico.blogspot.com)

Olá caro Ezequiel. Por favor publique meu comentário, deixei um primeiro sobre Carrano que conheci pessoalmente e estivemos juntos em mesas de forum sobre saúde mental. Tenho identidade mista, sou usuária, bipolar desde menina, tenho 43 anos e trabalhadora em saúde mental,como assistente social. É bom esclarecer que dependência está na cid 1o e no DSM-IV, como transtorno por substância ou dependência química com comorbidades psiquiátricas, tenho um irmão esquizofrênico e um primo bipolar por uso de alcool e outras drogas. Carrano foi lesado sim... quando foi internado em hospitais psiquiátricos e erroneamente tratado como louco, e o trauma, preconceitos e discriminação que teve que passar pelo resto da vida por ser ex paciente psiquiátrico. Seus inimigos deviam se calar, já que ele não pode mais revidar. (meu comentário, se não for publicado, leiam aqui!)



Num momento de mobilização nacional de órgãos ligados ao controle anti drogas no país, os serviços de saúde mobilizados por necessidade extrema quando em suas urgências, emergências as pessoas estão às portas morrendo por conta do uso abusivo de substâncias lícitas e ilícitas. Existe um plano emergencial de enfrentamento da questão proposto pelo ministério da saúde para 2010, Teresina é uma das beneficiadas, inaugurando amanhã dez leitos para estes atendimentos de desintoxicação em hospital geral, no hospital do Mocambinho, luta antiga empreitada desde 2004 por sua ex gestora assistente social, Lúcia de Fátima. Minha nota é de indignação a esse comentário publicado anonimamente em blog ( paciente psiquiátrico) cuja postagem transcrevi aqui, um post abaixo, sobre respeitado militante antimanicomial, Austregésilo Carrano Bueno sobre sua condição de usuário ad.
O sanatório Meduna está com dia para fechar, 23 de maio, segundo seus administradores, lá havia uma enfermaria formada praticamente de mulheres dependentes químicas. Temos um caso sério de profissionais do sexo, filiadas a Associação das Prostitutas do Piauí (APROSPI), essas mulheres e a maioria não vão ao CAPS -ad por conta da exposição ,outros espaços de tratamento o Sítio Conviver pertence a uma ordem religiosa. Freiras e prostitutas é complicado, e além do mais comunidades terapêuticas trabalham com a abstinência e não a redução de danos, a laboraterapia e a oração. Muitas não se adaptam. Infelizmente, as Conferências municipais e estaduais de saúde mental, não estão abordando a temática, porque suas organizações não ouvem usuários. A proposta para a Conferência Nacional poderia ser a criação de CAPS direcionados a mulher, especificamente dependência química e ideação suicida. CAPS/MULHER para não estigmatizar e manter o anonimato da dependência química e tentativas de suicídios.




domingo, 28 de março de 2010

BIPOLARIDADE: Manual de sobrevivência para morar sozinho.

Muitas famílias ainda pretendem guardar numa redoma de cuidados uma pessoa que tem mais de trinta, bipolar e que pretende morar sozinha. Certas famílias conseguem manter seu ente querido sob suas asas protetoras... e às vezes conflituosa convivência que provoca a constante ciclagem da doença.
Vi semanas atrás nos noticiários piauienses uma família que procurava um rapaz universitário. A família dizia que ele era deprimido e que tinha saído de casa com uma mochila (bem arrumada) e um violão. A irmã mostrava receita que este usava psicofármaco (Seroquel, deu para ler...), vi cartazes em lugares públicos e tudo. Até peguei telefone da família para ligar oferecendo ajuda. Não foi necessário, amigo cuidador do Ninho, amigo do rapaz me comunicou que este havia saído para passar uns dias na casa de uma pessoa de seu afeto. Ora, mochila e violão, quando ouvi a notícia no jornal, logo imaginei que esta pessoa havia saído para viver a vida. Só que quem tem um transtorno mental está sempre sob suspeita de crise em suas atitudes. Já acostumei a registrar tudo. Andar com atestado médico que estou numa crise ou não. Está lá na CID as numerações, ( a minha é F30 ...) em crise aguda, moderada, leve ou em remissão.
Morar sozinho é bom porque angariamos certa autonomia emocional, principalmente, mas é preciso reconhecer para nós mesmos que precisamos de cuidados. No inicio, eu esquecia de pagar contas de luz, a CEPISA cortava. Era horrível! Ou esquecia de coisas simples e importantes ou não conseguia fazer: comida. Foi uma época que fui bem magra. A casa simples e sem móveis. Como qualquer normal pode começar. É não se desesperar. Trouxe minha cama e ganhei um concurso de contos no departamento de letras da UFPI, então comprei fogão usado e filtro. Geladeira, ganhei de um irmão em pagamento a uma dívida. Televisão também comprei usada e o problema da comida, já que na época era apenas estudante e bolsista, aluguei um dos quartos da casa para um amigo. Que pagava o aluguel e gentilmente enchia a geladeira. Morreu em uma internação psiquiátrica. Alugar o quarto para um igual foi tido como mais um ato de loucura minha. A família ficou apavorada e perdi o namorado normal. Fazer? Continuar...
No inicio também fui hostilizada por vizinhos. Mas devagar reconquistei meu "espaço da razão", apesar de que na rua que moro há exatos 15 anos, há um folclore que na minha casa nem os cães são normais. Não tenho como insulto, é verdade, na minha casa todos fazem questão de parecer um pouquinho comigo. Não moro mais sozinha, tive marido, tenho filho , cachorros e uma diarista, que é meu "Alfred", mordomo do Batman. Meus dois braços, pernas e ás vezes a cabeça.

UMA FORÇA
Para minha amiga C. que fui à sua casa ontem. Casinha confortável e vazia de móveis desnecessários. Alugada. Fiquei comovida. Espero muito que você consiga manter sua conchinha gostosa, onde acalma sua mente, reorganiza suas emoções. C. como eu viveu experiências manicomiais radicais. Formada em Ciências Sociais, sensível, inteligente. Querendo uma chance de reabilitação de "liberdade" nessa sociedade normatizadora. Força, querida!
Madileuza

quinta-feira, 25 de março de 2010

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA QUE PROTEJA O LOUCO DOS NORMAIS

Porque precisamos de advogados para defender os direitos de usuarios de saude mental (Os ex-pacientes psiquiatricos)

O usuário de saúde mental do Brasil parece que ainda não percebeu que para defender certos direitos se faz necessário um advogado para ajudar.

Profissionais de saúde mental não podem ajudar nisso, pois NÃO TEM PREPARO PARA ISSO.

Com certeza isso acontece em parte porque o Brasil é um país em que as pessoas estão acostumadas a ser reprimidas, afinal, o Brasil sofreu repressão através da ditadura por muito tempo e está apenas começando a TENTAR desenvolver cidadania.

Ainda somos muito reprimidos, como havia dito outro dia, a ditadura ainda se mostra, por exemplo, no VOTO OBRIGATÓRIO e nas atitudes de certos presidentes.

Nos Estados Unidos é normal haver advogados defendendo causas de ex-pacientes psiquiátricos, inclusive existem agências especializadas nisso, ou seja, agências que só atendem causas de ex-pacientes psiquiátricos. (Eles cobram, é lógico!)

Portanto havia comentado com alguns companheiros que temos a necessidade real de termos advogados CONTRATADOS POR EX-PACIENTES PSIQUIÁTRICOS para defender nossas causas, enfim a causa de todos pacientes psiquiátricos.

É uma pena que não poderei me alongar nessa postagem (apesar de já estar escrevendo demais), pois estou indo para algumas reuniões em saúde mental e inclusão social.

AUSTREGÉSILO CARRANO E SUA INCOMPARÁVEL LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL


Só queria lembrar que Austregésilo Carrano foi exemplar em sua persistência ao defender o que acreditava. Eu sempre o terei como modelo a ser seguido. Sabemos que Carrano queria ser ressarcido pelos abusos sofridos nos hospícios. E ele lutou muito para melhor tratamento de todos. Nisso Carrano é único. Um grande guerreiro. Infelizmente os representantes de usuários que temos hoje em dia (depois da morte de Carrano) são facilmente manipulados, são paus mandados de técnicos de saúde mental.

Talvez sejam manipulados tão facilmente por estarem mais traumatizados, pois que fique claro, apesar de Carrano ser o mais conhecido dos ex-pacientes psiquiátricos, ele foi um dos que menos sofreu. Mas foi o que mais lutou por nossos direitos.

Triste lembrar que Carrano foi processado e pagou indenização para os psiquiatras que desrespeitaram seus direitos humanos até morrer. E ainda ficou devendo depois de morto. Enfim, ele morreu por causa dos abusos das internações e DAS MEDICAÇÕES EXAGERADAS e ainda teve que indenizar aqueles que causaram sua morte.

Enfim, eu realmente gostaria de ver psiquiatras que foram responsáveis por mortes de pacientes psiquiátricos pagando por seus crimes como qualquer criminoso. Pois do jeito que está as mortes são esquecidas. E eles continuam sendo causadores de outras mortes.

terça-feira, 23 de março de 2010

SÓ ME CONTENDO!!!!!!!!!!!!!!

Lá vou eu, só porque melhorei, depois da acupuntura "caçar conversa" diz minha terapeuta naturista. Fui ao CAPS/SUDESTE ( tão impessoal são os nomes destes CAPS), parece uma clínica aperreada. Ainda não tem coordenador, psiquiatra somente a tarde (Janaina Chiamca) a conheço de um atendimento voluntário em um centro espirita, fico animada, pode ser que possamos contar com sua ajuda para conseguirmos que a FMS faça um convênio com uma clínica de terapias complementares no território, que trabalha com preços populares. Não tem bebedouro ainda. Ela também é a médica com quem falei no ambulatório do hospital Dirceu I. Saiu de lá e agora no CAPS, o hospital ainda não conta com substituto, resposta a minha pergunta sobre o encaminhamento dos casos "leves" (neuroses) para rede de ambulatórios, informa-me uma das psicólogas.
Identifiquei-me como paciente, que tentava organizar um grupo de apoio e tinha uma proposta ao CAPS da implementação das práticas integrativas e complementares. Tentei puxar conversa com duas psicólogas, uma terapeuta ocupacional, mas ninguém me deu bola ou "acolhimento". Parece que falar a mesma língua de profissional de saúde atrapalha nestes espaços de promoção da saúde mental. A subjetividade que é nos retirada totalmente, diferente das outras patologias. Você pode ter hipertensão, mas continua sendo médico, psiquiatra, como diz doutor Edmar Oliveira. Transtorno mental te aliena do teu ser. Ninguém me perguntou se eu tinha alguma formação na área da saúde, se era colega. Continuaram seus afazeres meio que perdidas, buscando uma ordem das coisas. Gente normal. Aí de nós, loucos.

PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA A IDEAÇÃO SUICIDA NA SAÚDE BÁSICA

Não exatamente com esse nome, mas a psicóloga Idalina, especialista em Tanatologia, em Oeiras tem feito um trabalho na saúde básica em relação a prevenção do suicídio. Ontem em mais uma reunião de organização da conferência de saúde mental intersetorial, eu tentava sem sucesso sensibilizar a comissão organizadora para a temática, em todo o estado do Piaui temos dados "severos e persistentes" sobre a prática do suicídio.
Hoje, uma das primeiras noticias do dia foi sobre a morte por enforcamento de um jovenzinho da comunidade, apenas 18 anos. O sepultamento aconteceu às cinco da tarde, na hora que caia uma chuvinha fina. Cadê os serviços de apoio a perda, ao luto nesses casos para a família? Vamos apenas medicar a tristeza?

O NINHO DE LUTO

Alcione, ex paciente do HAA e MEDUNA, pedinte, desdentada, braço e cabeça sempre enrolados por panos por causa do sol. Ficava sentadinha na calçada entre panificadora Modelo e Belcolor fotos, perto da By Express. Há alguns dias não a via, hoje resolvi perguntar a um funcionário da panificadora, que me informou que esta teria sido vítima de um atropelamento perto do shoping da da cidade e falecido. Tentei maiores informações com demais vizinhos, mas não consegui. Liguei para um telefone da família, mas como geralmente acontece, devo ter anotado algum número errado. Não deu certo. Quem souber maiores detalhes, por favor, enviar email: amigononinho@hotmail.com

TERAPIA COMUNITÁRIA

ENCONTRO DE TERAPIA COMUNITÁRIA - TERESINA - PI
17 de abril de 2010

A Terapia Comunitária é um instrumento que nos permite construir redes sociais solidárias de promoção da vida e mobilizar os recursos e as competências dos indivíduos, das famílias e das comunidades.

Procura suscitar a dimensão terapêutica do próprio grupo valorizando a herança cultural dos nossos antepassados indígenas, africanos, europeus e orientais, bem como o saber produzido pela experiência de vida de cada um.

Enquanto muitos modelos centram suas atenções na patologia, nas relações individuais, privadas, a Terapia Comunitária se propõe cuidar da saúde comunitária em muitos espaços, principalmente os espaços públicos. Propõe-se a valorizar a prevenção. Prevenir é, sobretudo, estimular o grupo a usar sua criatividade e construir seu presente e seu futuro a partir de seus próprios recursos.

Data: 17 de abril de 2010.
Local: Auditório da EADCON - Av. Frei Serafim, 3302 (próximo do Círculo Militar)
Horário: 9h às 12h
Investimento: R$ 20,00
Inscrição: idep2010@gmail.com

Email do queridíssimo Narciso Chagas

sábado, 20 de março de 2010

PRECATÓRIOS: Lourdes Melo na luta

Cuidado com a saúde amiga!!!!!!!!!

"Esses precatórios são o resultado da diferença que o governo estadual se negou a pagar durante anos o salário mínimo como vencimento básico aos professores que resultou em precatórios, e desde 2002, como está explicito na ordem de pagamento assinada pelo Presidente do Tribunal Justiça o Des.Brandão de Carvalho em 25/06/2002. Na época o valor era de R$ 129.856.860,92.(ver abaixo)

Hoje este valor corrigido está em torno de 300 milhões de reais , é muito dinheiro!

Está aí o motivo da corrida atrás dos milhões que pertence unicamente aos professores! A proposta indecente de pagar 30% dos precatórios para os advogados, foi apresentada e defendida por toda a direção do SINTE na Assembléia Geral manipulada (dia 10/03/2010) no Clube do Professor. Este acordo é ilegal, a assembléia também foi realizada irregularmente, não concordamos com o resultado dessa assembléia tramada. Os precatórios é dos professores, esse dinheiro pertence único e exclusivamente aos professores, portanto é inegociável e niguém tasca!" ( trechos do manifesto em email de Lourdes Melo)


quinta-feira, 18 de março de 2010

FEMINIZAÇÃO DA AIDS

CONVIDAMOS TODOS ( AS) PARA PARTICIPAREM DE UMA RODA DE CONVERSA SOBRE A FEMINIZAÇÃO DA AIDS: SUA PRESENÇA É DE SUMA IMPORTĀNCIA PARA CONTRIBUIÇÃO NA DISSEMINAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SOBRE O TEMA:
DIA: 19 / 03 /10
LOCAL: ESCOLA FAZENDÁRIA
HORA: 08:00
PALESTRANTE: DRA. ELNA JOELANE
AGRADECEMOS SUA PRESENSA
CIDADÃS POSITHIVAS / RNP+

Email de Socorro Freitas

quarta-feira, 17 de março de 2010

TRABALHO E SAÚDE MENTAL

Domingo, treze de março, aconteceram as provas do concurso para FMS, vários cargos, entre as assistentes sociais além de mim, contei mais seis colegas "oficialmente" diagnosticadas como pessoas que vivem com alguma patologia psiquiátrica.
Fizemos a prova sem o direito de condições especiais, como os deficientes físicos, auditivos, visuais e até mentais, como estabelece o decreto 3298 que trata da inclusão da pessoa com deficiência no mundo do trabalho:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm

Não há leis nacionais que nos garantam acesso ao trabalho, para além das cooperativas protegidas. Há um número grande de jovens sendo diagnosticados e com dificuldades, mas se formando nas mais diferentes áreas do conhecimento. Nos concursos públicos há cotas para deficiências, e exigência de um atestado de saúde física e sanidade mental. O tratamento aberto, as medicações e psicoterapias, terapias complentares cada vez mais dão maior qualidade de vida a pessoas com transtorno mental e condições laborais. O que é de se exigir são condições especiais de trabalho, como flexibilidade de horários, ambiente sem assédio moral ou formas de regular e amparar o trabalhador com transtorno mental, quanto a ambiente estressor, capaz de provocar reincidências de sintomas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

DE VOLTA E EM PAZ

.Acho que meu namorado me acha brega. Problema sério para quem namora uma jabuti bipolar. Jabutis não têm grandes horizontes, não vão muito longe e são desligadões, desencantados. Nada os deslumbra. Sou brega, mas tenho estima. DANE-SE.

.Depois de desgostar-me completamente com a organização da Conferência Estadual de Saúde Mental/ Intersetorial, ficar doente e tudo, senti-me tão segura no consultório do meu querido psiquiatra, Dr. Edson Paz, hoje à tarde. Diz que fico doente porque compro muita briga. Não compro, me dão. Tem razão, doutor. Rejane a nova atendente depois de cismar com ela e ela comigo, hoje ficamos amigas. Gracinha de pessoa.

.Em Roraima, norte do Brasil, não há CAPS adultos. Tenho dois irmãos com transtornos mentais
que moram lá. Bem que poderia ser uma das propostas da conferência nacional a obrigatoriedade dos estados do norte -- todos com baixa cobertura-- por decreto nacional montarem suas redes de atenção à saúde mental.

.Conferência Municipal de Saúde Mental/ Intersetorial de Teresina acontece dias 07 e 08 de abril.

terça-feira, 9 de março de 2010

NO LIXO ... ELETRÔNICO

Prezada Maria Edileuza,


Sua mensagem foi encaminhada para Secretaria Municipal de Saúde.

A Prefeitura de Boa Vista agradece pelo contato



----- Original Message -----
From:
To:
Sent: Friday, February 26, 2010 9:34 PM
Subject: Boa Vista Online - Informacao nao encontrada no site


Reply-To: madileuzazem@hotmail.com
X-Mailer: DT_formmail
Message-Id: <20100227002517.344923ff88@pagina.pmbv.rr.gov.br>
Date: Fri, 26 Feb 2010 20:25:17 -0400 (AMT)

nome: MARIA EDILEUZA DA CONCEIÇÃO LIMA
mensagem: Gostaria de informações sobre a política de saúde mental do
municipio de Boa Vista. Há previsão para abertura de CAPS II ou III? Tenho
dois irmãos com ranstornos mentais que sofrem muito e a familia sem
atendimento a contento.
btn_contatos_enviar_x: 39
btn_contatos_enviar_y: 10

sábado, 6 de março de 2010

LUTA SEVERA E PERSISTENTE...

From: 
To:
Sent: Friday, February 26, 2010 9:30 PM
Subject: Contato - Quero contribuir com a Prefeitura


> Reply-To: madileuzazem@hotmail.com
> X-Mailer: DT_formmail
> Message-Id: <20100227002104.a597c3ff88@pagina.pmbv.rr.gov.br>
> Date: Fri, 26 Feb 2010 20:21:04 -0400 (AMT)

nome: MARIA EDILEUZA DA CONCEIÇÃO LIMA
mensagem: Sou Socióloga e Assistente Social, moro em Teresina e tenho dois
irmãos que vivem com transtorno mentais aí em Boa Vista. Olhando o mapa
do Ministério da Saúde sobre a rede de CAPS (centros de Atenção
Psicossocial), dispositivo que substitui o hospital psiquiátrico, Roraima
só possui um CAPS infantil. Meus irmãos são adultos, um rapaz e uma moça.
Gostaria de sugerir a implantação de programa voltado para essa população.
Trabalho aqui na gerência de saúde mental, quaisquer informação sobre
saúde mental e serviços nessa área posso oferecer, indicar links do
ministério da saúde e outros.Outra informação é sobre o Conselho Municipal
de Saúde, vocês ( o municipio vai fazer a conferência de saúde mental?) é
importante o apoio do controle social para implantação dos serviços. Com
esperança.
 Aguardo resposta
Maria Edileuza
Boa Vista on line (boavistaonline@pmbv.rr.gov.br)


Enviada: terça-feira, 2 de março de 2010 20:14:32
Para: madileuzazem@hotmail.com
Prezada Maria Edileuza da Conceição,


sugerimos que a senhora acesse o saite do Governo do Estado de Roraima
www.portal.rr.gov.br. Aja vista que o responsavel pelo saúde de adultos é o
Governo do Estado.


A Prefeitura de Boa Vista agradece pelo contato.

quinta-feira, 4 de março de 2010

CONFERÊNCIA : REUNIÕES

A comissão organizadora geral da conferência estadual de saúde mental intersetorial se encontrará todas as quartas-feiras às 9:00 h;
A subcomissão de infra-estrutura às segundas-feiras às 9:00 h;
A subcomissão de mobilização e comunicação às 14:00 h;
A subcomissão de sistematização às sextas-feiras às 14:00 h.

Há muito o que fazer ainda em tão pouco tempo. Principalmente a comissão de sistematização e relatoria, composta na sua maioria de pessoas bem intencionadas, de outros setores, sem a presença de usuário militante, ou trabalhador de saúde mental que está na linha de frente conhecendo as dificuldades de manutenção dos serviços com qualidade, em sua "natureza" o regimento interno ainda em discussão, apenas foi uma adaptação do regimento interno da conferência de saúde ambiental, ainda recente na lembrança de muitos. Lendo como usuária e profissional de saúde mental, alguns objetivos bastante rebuscados, mas que não dizem nada de nossas reais necessidades, que possam levar a elaboração de propostas que sastifaçam estas necessidades.
Conferências de saúde são como greves, instrumentos questionáveis em sua eficácia, mas ainda únicos e válidos na luta pela implementação de políticas públicas que nos favoreçam de algum modo. O caso dos leitos em hospitais gerais, legalizados em portaria de 1992, fiz uma pesquisa nas últimas conferências de saúde (2004), é o único item mais defendido em saúde mental, e só agora aqui no Piauí passamos de fato a garantí-los, não sem muita luta, apoio do ministério público e ainda há um desconhecimento e um não saber-fazer enorme nesta proposta.
Outra confusão da Comissão geral é entre a diferença de transtorno mental e deficiência mental ou em nova nomenclatura, deficiência cognitiva (não sei se há uma mais nova) e deficiente físico, estas pessoas representadas pelo conselho da pessoa com deficiência é segmento intersetorial. Bom será que muitas politicas de afirmação conquistadas por eles cheguem até nós, como as cotas em concursos públicos. Eles disputarão as cinco vagas para delegados nessa categoria.
Quebre a perna... boa sorte... vá pela sombra...

EU PIRANDO NA REUNIÃO DOS CONSELHOS!!!

quarta-feira, 3 de março de 2010

II CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL/INTERSETORIAL

Vivemos em uma sociedade que a cada dia mais pessoas são diagnosticadas como pessoas que vivem com transtorno mental. Uma sociedade enlouquecedora pela forma que impõe relações sociais, interpessoais, de competição, de relações baseadas no exercício dos micro poderes, para citar Foucault. Estão acontecendo encontros de organização da conferência estadual de saúde mental, em ambientes nada recomendáveis para quem tem sintomas para controlar 24h por dia.
Uma amiga do Ninho, manda-me email, sobrevivendo a mais uma crise, faço o convite para uma destas reuniões. Ela agradece com a afirmação, que será bom está "entre os seus". Quer dizer um espaço onde sua subjetividade deveria ser respeitada, protegida. Não foi bem o caso. Não fiquei triste, fiquei com uma grande raiva bipolar. Lutamos tanto pelo protagonismo do louco, eternamente tutelado pelos modelos impostos pela "normalidade".
Se a maioria das pessoas que compõe a comissão organizadora intersetorial, porque tem gente de vários segmentos, não atentarem que se existe uma conferência específica de saúde mental, é porque há diferenças há serem respeitadas. Espaços de competição acirrada, de conflitos ostensivos, não são ambientes terapêuticos para usuários ,dificuldades internas do Conselho Estadual de Saúde não nos dizem respeito diretamente, não nesse momento de construção de um instrumento de controle social muito importante para consolidação da rede de atenção a saúde mental antimanicomial no Estado, que já enfrentou tantos impecilhos e enfrenta e precisa é de afirmação, de parceiros condutores do processo, que seria o caso dos conselhos de saúde e seu poder de mobilização de entidades sociais.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE MENTAL /INTERSETORIAL

DEU EM JORNAL LOCAL:
Que esta semana alguns conselheiros municipais conheceram alguns CAPS da capital; Que bom. Tem uma conferência para organizar. Amanhã, dia 04 de março,às nove, acontece a primeira reunião de organização do evento, em sala do conselho municipal de saúde, na FMS.

segunda-feira, 1 de março de 2010

II ENCONTRO ESTADUAL DE COORDENADORES DE CAPS DO PIAUÍ: 04 e 05 de março


Nossa Reforma Psiquiátrica ainda é criança. O processo reformista só vem acontecendo desde 2005 com a instalação dos primeiros CAPS e legalização oficial dos que já existiam como o CAPS - i e CAPS - ad. Hoje, março de 2010 contamos com 31 CAPS em todo estado, 21 CAPS I, 4 CAPS ad, 1 CAPS i e 5 CAPS II há alguns projetos em tramitação no Ministério da Saúde e bastante interesse de gestores dos mais diversos municípios do querendo montar os serviços.
O primeiro encontro estadual de coordenadores de CAPS aconteceu em 2007, tinha a preocupação com a ampliação da capacidade de organização e funcionamentos dos CAPS existentes. A organização levando em conta os conceitos de integralidade, rede e território.
Este II encontro tem como interesse maior a gestão dos serviços, a análise dos processos de trabalho e a identificação de indicadores qualitativos destes serviços.
Traduzindo: até que ponto os CAPS servem a desospitalização, a inserção na comunidade, os casos de trantornos graves e persitentes ( terão outro olhar, menos severo e persistente?) receberão outra forma de tratamento com novas tentativas medicamentosas ( um morador de hospital pode passar trinta anos ou mais usando a mesma meducação e delirando, não preocupação com inserção de novas medicações) ou psicoterapias de qualidade. Assistência farmacêutica e psicoterapias continuarão parecidas ou iguais aos manicômios? Precisamos ter a coragem para investigar, instigar, aprender a fazer o novo. Projeto terapêutico singular. Clínica ampliada. Autogestão da medicação. Estimular o surgimento de grupos de apoio entre os usuários. Discutir limitações, não incapacidade para o trabalho. Automonitoração dos sintomas. Enfim, uma clínica específica da Reforma Psiquiátrica, tendo um batalhão de psiquiatras querendo atrapalhar mais que contribuir. Aqui no Piauí, só conheço desta categoria de profissionais quem lava as mãos e entrega o Cristo. Mas a história puniu Pilatos. Esperemos.
O evento é uma promoção da Gerência de Saúde Mental da SESAPI, acontece no auditório da escola fazendária.




PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.