domingo, 26 de julho de 2009

MARCHA DOS USUÁRIOS À BRASÍLIA

É QUE EU DIGO: DEFENDER SUBJETIVIDADE É SER USUÁRIO PROTAGONISTA, CONHECER SEUS DIREITOS E FAZÊ-LOS VALER.
Se não estiver fóbico... vá a Brasília.


MARCHA DOS USUÁRIOS À BRASÍLIA – POR UMA REFORMA PSIQUIÁTRICA ANTIMANICOMIAL, em 30 de setembro de 2009.

Vamos contar como anda a organização para a Marcha em seu estado, cidade, núcleo....
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Nelma Melo

"Devemos lutar pela igualdade sempre que a diferença nos inferioriza mas, devemos lutar pela diferença sempre que a igualdade nos descaracteriza"
Boaventura de Souza Santos

sábado, 25 de julho de 2009

OFICINA DE SENSIBILIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL

CIDADANIA DA PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL PÓS LEI 10.216/001
LOCAL: Conselho Estadual de Saúde (FACIME)
DATA: 03 de Agosto de 2009
Hora: 8:00
FACILITADORES: Equipe Amigo no Ninho

sábado, 18 de julho de 2009

MEU PAI QUER ME INTERNAR: INTERNAÇÃO NUNCA MAIS...

"Como a maioria dos cuidadores leigos não tem preparo e nem descanso para recompor-se na sua qualidadade e condição de cuidadores é comum encontrarmos cuidadores cansados, ansiosos e desesperados por estarem envolvidos com uma atividade que, no geral, tem pouca possibilidade de retorno/retribuição, sobretudo quando se trata de uma enfermidade sem cura, a exemplo do transtorno mental. Os cuidados diretos, contínuos e intensos, sem espaço para descanso do cuidador podem levá-lo à exaustão. Nesse sentido, não é incomum ser encontrado cuidadores mais "descompensados" do que o próprio portador de transtorno mental. A falta de preparo, o lidar com uma enfermidade desconhecida, como é o transtorno mental, no geral, leva o cuidador a ter medo do desconhecido, do comportamento imprevisível. Situações novas ou imprevisíveis abalam as certezas e as seguranças subjetivas dos cuidadores. Muitas vezes o cuidador não sabe interpretar ou avaliar uma circunstância que ainda está indefinida, como é o caso do inicio do transtorno mental. [...] Os trabalhadores em saúde devem está atento para vários fatores. Há uma tendência de haver uma sobrecarga do cuidado em um único cuidador. Isto é, no grupo familiar, geralmente, uma única pessoa assume o cuidado do portador de transtorno mental, sem lazer, descanso ou divisão de tempo com outra pessoa. [...] O cuidado de um portador de transtorno mental envolve como visto, riscos, de várias dimensões, inclusive de exaustão do cuidador. É um tipo de trabalho que envolve um intenso jogo de poder, pois o portador de transtorno mental, muitas vezes não reconhece como enfermo e não aceita ser cuidado. O cuidador pode ser superprotetor, coibindo ações no sentido de autonomia do portador de transtorno mental. [...] Assim, é importante que os trabalhadores de saúde construam estratégias de acolhimento, preparo e, por que não (?) - lazer também para os cuidadores."
Orientações Básicas para Trabalhadores em Saúde Mental
Rosa, Lúcia Cristina dos Santos. Organizadora. Teresina:EDUFPI, 2003,62P.

MEU PAI QUER ME INTERNAR. O que fazer?
Procure sua equipe de CAPS e peça que seu técnico de referência faça uma visita a sua casa e converse com sua família. Se pergunte quais impactos seu transtorno nesse momento causa a sua familia? Junte com um técnico, um psicológo cognitivo tente estabelecer um plano de colaboração e faça uma negociação com sua família. E o mais, tenha muita paciência com pessoas normais. Explique tudo direitinho. Em alguns casos elas podem ser "periculosas" para nós loucos.
Equipe do Ninho
GRUPOS DE APOIO E SUPORTE EM SAÚDE MENTAL NO MARANHÃO?
Preciso de uma informação: minha mãe tem uma prima que mora em São Luís e tem um filho e um neto que ela criou, ambos com transtornos mentais. Eles são muito trabalhosos, e a família, querendo ajudar, atrapalha, com excessos de superproteção, por exemplo. No Maranhão não há esse tipo de atendimento do qual você participa aí no Pauí. Certa vez o filho dela foi internado à força (não se conseguia controlá-lo) ele criou grande ódio da mãe e faz de tudo para atormentá-la.
Ao saber de sua luta, tive um pensamento: será que há esperança de ajuda no PI para esses pobres seres? Você não imagina como sofre nossa pobre prima.
Diga-me se há aí, do seu conhecimento, algum tipo de atendimento que possa pelo menos orientar uma mãe desesperada. Aguardo.
AMPLIANDO A REDE: Alguém pode informar-nos onde encontrar no Maranhão em São Luis ou
proximidades, serviços abertos com boa equipe de CAPS ou grupos de ajuda mútua e apoio que possa ajudar esses usuários e familiares? Para que se mantenham em seu território, não tendo que se deslocar como sempre foi feito para tratamento em nossos hospitais psiquiátricos, que continuam recebendo pacientes do Maranhão, Pará, Tocantins, etc.
DESINSTITUCIONALIZAÇÃO/DESCONSTRUÇÃO/DESCRONIFICAÇÃO
Uma amada amiga, trabalhadora de longa data na saúde mental organizava uma atividade para ensinar a família a reconhecer os sintomas de crise dos pacientes, constatando que estes só chegavam ao hospital em adiantado estado sintomáticos. Ora, não seria melhor, trabalhar antes com estes pacientes a automonitoração dos sintomas. Onde o respeito a subjetividade da pessoa que vive com transtorno mental? Professora Lúcia Rosa questionava em evento de formação em saúde promovido semana passada pela Residência Multiprofissional em Saúde da Família -UESPI, as inúmeras capacitações a que são submetidos os profissionais desta área mas que não tem havido um retorno significativo nas mudanças de práticas. Trata-se concluo eu, de um processo de formação de uma nova subjetividade também para este trabalhador em saúde mental, lento, complexo, histórico e que o movimento de usuários com sua identidade construída a partir da luta antimanicomial e tomada de posição dentro de uma diversidade humana socialmente aceita, pode e muito contribuir para a prevalência da desinstitucionalização definitiva de práticas e formas de pensar.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

BIODANÇA: O PRAZER DE VIVER




Dias 1 e 2 de agosto de 2009
Biodança: estimulando o prazer de viver.
Espaço Viver
Informe-se pelo e-mail
biodanca.piaui@gmail.com link ao lado: Biodança Piaui

AMIGO CUIDADOR: OFICINA DE SENSIBILIZAÇÃO NA COMUNIDADE

AMIGO CUIDADOR: Elementos de saúde comunitária

8h30min - Momento de Sensibilização

9h - Cidadania da pessoa com transtorno mental pós lei 10.216/2001.

10h – A questão dos diagnósticos: do glamour da bipolaridade ao estigma da esquizofrenia

ALMOÇO

14h -Roda Terapêutica

. Manejo popular da medicação por usuários e cuidadores.

15h - Como ajudar alguém em crise.

. Abordagem diagnóstica: crise aguda, moderada, leve

. Escuta de conotação positiva

. Encaminhamentos

. Implantação das Rodas Terapêuticas

A oficina destina-se a usuários, familiares, profissionais, estudantes de áreas da saúde mental e afins, pessoas que se interessem pelo voluntariado em apoio e suporte em saúde mental.


DATA: 25 – 07 - 2009

LOCAL: Auditório do Centro Cultural do Grande Dirceu ( CSU do Renascença II)

INSCRIÇÕES NO LOCAL (isentas de taxas)

INFORMAÇÕES: (86) 9402-4035/ 8824-6343/ 9402-4035 com Edileuza Lima

sábado, 11 de julho de 2009

DIRETO DO MURAL DO HOSPITAL AREOLINO DE ABREU

DESACATO É CRIME


"DESACATAR FUNCIONÁRIO PÚBLICO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OU RAZÃO DELA."

PENA: "DETENÇÃO DE SEIS MESES A DOIS ANOS OU MULTA."

LEI 331 DO CÓDIGO PENAL, CAPÍTULO II (DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO GERAL.

Alguém entende o motivo do aviso escrito em letras maiúsculas em pequeno pedaço de papel? Nunca vi em em outra repartição pública. Curioso, é que não há nada fixado sobre direitos das pessoas mais importantes naqule espaço, que não são os funcionários administrativos ou técnicos de saúde, médio ou superior: que são os usuários daquele serviço.









HOMOAFETIVIDADE E SAÚDE MENTAL

Loucos

Diferente do Brasil, em inúmeros países do mundo a preocupação com a inter-relação entre homossexualidade e doenças mentais é prioridade entre aquelas que assombram governantes e movimentos sociais que lutam pelos direitos LGBT - entre eles o direito à saúde. Por aqui, as sequelas da rejeição familiar e aquelas provocadas pela homofobia institucional, notadamente em órgãos públicos (escola, sistema de saúde, justiça e segurança pública, entre outros) não são abordadas com a atenção que o assunto requer, seja por preconceito ou pela própria aspereza e delicadeza do tema.

Não resta dúvida que a loucura está entre nós. Não por acaso, os homofóbicos nos tratam de "bichas loucas" e nos fazem vítimas de suas próprias insanidades quando nos matam pretendendo matar em si aquilo que nós representamos. Somos vítimas de distúrbios psicossociais provocados pela violência doméstica e pelos crimes de ódio e necessitamos de ajuda psicológica para lidar com o estigma associado ao fato de sermos uma minoria sexual ou aqueles decorrentes da decisão de sairmos do armário e assumirmo-nos gays.

O movimento LGBT propala as virtudes do "coming out" e incentiva a saída do armário como uma das formas de se evitar os distúrbios mentais causados por uma vida paralela em segredo. A estratégia brasileira investe na promoção de um ambiente de aceitação, respeito e acolhimento que não justifique mais o medo de se viver plenamente nossa autêntica orientação homossexual. Além de fazer bem à saúde, principalmente à saúde mental, assumir-se gay colabora para que as pessoas nos vejam e reconheçam como parte integrante do composto social. E só seremos vistos quando deixarmos de ter medo de nos mostrar.

Entre nós encontramos altas taxas de doenças mentais crônicas ou agudas que variam de ansiedades provocadas pela vida dupla e secreta, depressões prolongadas relacionadas ao isolamento social, baixa autoestima e neuroses advindas da não realização de nossa identidade sexual, alem de vários outros efeitos que quando combinados com outras doenças, como o câncer ou a Aids, podem se tornar exponencialmente mais graves. Pesquisas comprovam que, na América Latina, a ideia de suicídio entre homens que fazem sexo com homens soropositivos é 35% maior que na população em geral.

Está na hora de enfrentarmos a questão, principalmente o uso de álcool e drogas, seja por recreação ou dependência, como um problema de saúde que tem sua origem na homofobia e consequências diretas no nosso comportamento e atitudes diante da vida.
Camisinha sempre!

Osvaldo Braga, O Tempo
11.07.2009


quarta-feira, 1 de julho de 2009

TRANSTORNO MENTAL NA ESCOLA: Exclusão absoluta I

FALTA PREPARO PARA SABER LIDAR COM O PROBLEMA NAS ESCOLAS

Direção, parofessores e servidores nem sempre estão preparados para lidarem com o problema da violência. Na Escola Municipal Machado de Assis, no Bairro Renascença II aconteceu um fato curioso. Uma criança de oito anos com as iniciais de F.M.B.O., que é hiperativa, foi agredida pela sua professora do segundo ano de alfabetização. Segundo relatos da Direção da escola, a criança não gostava de assistir aulas e quando frequentava quebrava as coisas, derrubava colegas e xingava-os com palavrões. Era uma criança bastante agressiva, gritava com todos e foi pego várias vezes querendo pular o muro para sair.
Em uma destas tentativas a professora agarrou seu braço e acabou por ferí-lo. A vice-diretora, Graça Sousa, disse que pediu ajuda para a mãe da criança muitas vezes, mas quando ela apareceu uma vez na escola foi cometendo um ato de violência com o filho, "acabou por pasar um mal exemplo para os outros", informou a vice-diretora. Ela também relatou que o menino estava num período de adaptação da escola nova, porque veio transferido no segundo semestre.
A professora Sirley do Nascimento, 29 anos, tentou por diversas vezes passar bons exemplos de comportamento para ele, mas o mesmo era bastante indisciplinado. No processo pedagógico de alfabetização, ele não acompanhava, rasgando as tarefas e dizia que não iria estudar, porque queria ser carroceiro. Quando o fato ocorreu, ligaram para a mãe e quando ela chegou provocou transtornos, sendo que ameaçou chamar a polícia para a professora.
Já a mãe do aluno Miriam Augusto Leão, doméstica, disse que na outra escola que ele estudava ele era bem tratado pela pedagoga, tinha uma professora da Associação dos Amigos dos Autista -AMA.
DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ, página 11 (Geral)
13 de outubro de 2008
A mãe já sofreu várias internações integrais no HAA e MEDUNA, pilota motos e dirige caminhões. A professora citada por ela sou eu, ela quis dizer AMIGO NO NINHO. F. M. é uma criança brilhante, constrói brinquedos que se movem a partir de uma pilha, bateria, de ventiladores a pequenos barcos a motor e outras engenhocas. Tem paixão por descobrir coisas novas que desafiem seu intelecto, sua criatividade. Como a maioria dos psicóticos tem um comportamento diferente, tem dificuldades de obedecer regras. Paciente do CAPS - i, infelizmente, entidade reprodutora de atendimento manicomial, dá a medicação e manda para casa. Não se situa no território, não articula com o Programa Estratégia da Familia, não tem um psicopedagogo, psicólogo escolar, nem um professor especialista em apoio pedagógico específico, não faz um intervenção in loco. Este seria um caso para o CAPS conversar com a escola, orientar os educadores.
F.M. foi aluno da nossa escola e era difícil negociar com a mãe psicótica, cuidados elementares como higiene, frequência ao apoio pedagógico específico, etc. O perdemos. Nosso modelo de escola que ensaia passos de inclusão para tantas outras necessidades especiais ainda está fechada para as psicoses infantis, para abordagem e convivência com a família psicótica.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.