quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

TORQUATO NETO NO MEDUNA/ 1972

Realmente é o Sanatório Meduna, reconhecem as colunas?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

QUEM SOUBER MORRE... MAS POR FAVOR ME CONTA ANTES!


. O que aconteceu na audiência sobre o Meduna, dia 02 de fevereiro e noutra audiência sobre os CAPS dia 11. Estive hoje na sala do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Ministério Publico, com a promotora Cláudia Pessoa Marques Seabra. Esta sempre solícita e gentil, hoje estava "atormentada" de tantos problemas da saúde pública piauiense. Recomendei Biodança para harmonização interior.


. Quando sairá a decisão da ação cívil impetrada pelo Ministério Público que exige a implementação no âmbito do SUS de Teresina dos Centros de Atenção Psicossociais em especial de nível III, em quantidade suficiente. Falava-se que até junho corrente o CAPS III sairia. Talvez saia a força de liminar judicial, infelizmente, talvez mal localizado como o CAPS leste, numa casa alugada às pressas, num bairro de ricos, sem ônibus, para pacientes do SUS que vêm da periferia.


. Se o hospital dia Wilson Freitas, ligado ao Hospital Areolino de Abreu vai se transformar em CAPS?


. Como anda o curso de defesa e ataque para funcionários do Hospital Areolino de Abreu?


. Se nessa nova gestão, a Fundação Municipal de Saúde tem uma gerência, coordenação ou outro órgão responsável ativo, efetivo e específico para saúde mental?


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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MARATONA DE BIODANÇA


DEFINIÇÃO DE BIODANÇA
Biodança é um sitema de integração humana, renovação orgânica, reeducação afetiva e reaprendizado das funções originárias da vida. Sua metodologia consiste em induzir vivências integradoras por meio da música, do canto, do movimento e de situações de encontro em grupo.
As vivências em Biodança estão orientadas para estimular os potenciais de vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência, denominados Linhas de Vivência.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

AJUDA MÚTUA

Lembro que fui por duas vezes ao sanatório Meduna visitar conhecidas. Numa dessas vezes me deparei com horropilantes piolhos que desciam pelos dedos de minha amiga quando esta coçava a cabeça. Nossa! Ainda hoje me embrulha o estômago. Fui ao posto de enfermagem e exigi que remédio para piolhos e um pente que eu mesma aplicaria. Foi uma confusão. Não me deram o pente, mas aplicaram o tal remédio. Outra vez fui ver uma vizinha, moça jovem, bonita, teve um surto psicótico logo após um parto, piorando por ter sido afastada do bebê. Há dois anos sem crises, adorava festas. Família evangélica. Numa briga num bar, a mãe aproveita entre a polícia e o SAMU. Rapidamente afirma que a filha sofre de transtornos mentais e a interna. Orientada e revoltada, me implora que eu ajude a convencer a mãe a pedir sua alta. Não consegui, a mãe irredutível, me diz que ela merecia o castigo e ficar lá mais algumas semanas a levaria a pensar em ter uma vida mais regulada. Só consegui sua transferência para outra enfermaria considerada de pacientes mais calmas.
Passei os últimos cinco dias um tanto sintomática. Deparei-me com várias situações semelhantes. Mas a desordem mental causada pela bipolaridade me deu algumas limitações. Se me envolvesse em algumas dessas situações poderia piorar. Às vezes conseguimos tão pouco. Outras vezes nada, ou perdemos a paciência, desistimos daqueles que não internalizam, não aceitam e continum sem desenvolver auto-cuidados, num círculo vicioso da crise. Desistimos porque não queremos tutelar, para isso o modelo manicomial hegemônico ainda o faz. E essas relações manicomiais transcendem os muros dos hospitais. Tentamos não reproduzí-las.
Não há fórmulas, tentamos não sentir culpa.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

MANICÔMIOS NUNCA MAIS!!!!!!!!!!

Memórias do hospício (VIII)

Toda vez que alguém associar CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) a atividade ambulatorial, esteja certo de que seu interlocutor, refém do imaginário manicomial, fala do que não sabe. A prática ambulatorial – uma das referências do modelo sanitário de organização dos serviços de saúde – tem sido um dos principais instrumentos de medicalização da sociedade. Em se tratando de saúde mental, um verdadeiro desastre ético.

Vale lembrar que o conceito de medicalização vai mais além do uso habitual das drogas farmacêuticas. Também se medicaliza através da palavra. Da palavra vazia, manipuladora dos conflitos da existência humana.

Ambulatórios, agregados aos hospitais psiquiátricos, raramente escapam do ranço autoritário do modelo manicomial, posto que a essência dos processos relacionais são fortemente marcadas pela ética da uma tutela castradora. Significa dizer que existe um outro tipo de tutela que implica na produção da autonomia desejada.

Numa visita, ainda que breve, aos dois modelos vigentes em Manaus – o hospital psiquiátrico, com seu ambulatório, e o CAPS da Zona Norte (com sua sabida precariedade: equipe exígua e em processo de construção de um paradigma antimanicomial) –, percebe-se a diferença do potencial gerado pela prática desse último. Primeiro, pela circulação da palavra entre cuidadores e usuários. Segundo, porque a dimensão dos cuidados tem como foco as necessidades de saúde, através de processos terapêuticos construtores de mais vida (expressão de Emerson Elias Merhy).

Além disso, o modelo de atenção psicossocial, diferentemente do modelo ambulatorial, tece no território uma rede de “dependências” saudáveis (termo usado por Tikanori) ao se entrelaçar com outros equipamentos sociais, com o intuito de promover inclusão social e o protagonismo de quem costumava ser silenciado quimicamente.

Se não há agir castrador, há uma ação liberadora de sujeitos entre si: a do cuidador que maneja melhor a palavra, e a do usuário que não aceita a imposição do silêncio.

Manaus, Janeiro de 2009.
Rogelio Casado, especialista em Saúde Mental
Pro-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UEA
www.rogeliocasado.blogspot.com

Nota do blog: Artigo publicado no Caderno Raio-X do Jornal Amazonas em Tempo.
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

NINHO: A REDE SE ARTICULA NUM EMARANHADO DE APOIO

Um dos objetivos da Rede de Apoio e Suporte em Saúde Mental no Estado do Piauí: Oferecer e/ ou encaminhar pessoas que vivem com transtorno mental a psicoterapias formais ou alternativas/complementares na perspectiva da associação farmacoterapia e terapias. Devagar, mais vem se concretizando nas limitações de um sistema capitalista, que nenhuma forma de serviço é destituído de pagamento. Qualquer terapeuta é um trabalhador, reconhecemos que precisa ser valorizado.
Queremos agradecer a Clínica Conviver a primeira a somar com a rede nos doando sessões de massoterapia com uma profissional da Fisioterapia, muito boa, e sessões de Psicologia Cognitiva para uma amiga do Ninho, saindo do primeiro surto psicótico. Pouco mais de um ano, sorridente e suave, vive a bipolaridade com qualidade de vida. Queremos continuar parceiras.
O Projeto Caminhada Dirigida que está em alguns bairros de Teresina, na nossa comunidade amigas do Ninho aderiram, caminhar e fazer exercícios ao redor da praça, ao lado da vizinha, reforça nossa auto-estima e identidade, além de ajudar a quebrar estigmas e preconceitos. Estamos vendendo camisetas e livros para pagar a presença de mais gente.
Outra parceria muito, mas muito bem-vinda tem sido a Escola de Biodança do Piauí, na pessoa de professora Ismênia Reis. Estamos convidando amigos do Ninho para as vivências em 2009.
Infelizmente temos poucas penas: falta voluntários para levar e "vender" nosso projeto a outras instituições privadas ou públicas que oferecem serviços psicoterapêuticos de qualidade na cidade.
Por que um dos objetivos do Ninho é esse? Porque as terapias são caras. Pode-se pegar a medicação pelo SUS, mas não uma boa terapia. Infelizmente, em todos os serviços, hospitais ou CAPS. Não queremos terapia ocupacional "oca", queremos terapias que reforcem nossa auto-estima, identidade e uma subjetividade crítica , capaz de nos fortalecer diante da convivência com o transtorno e nos mantermos vivos na vida.

ÉDIPOS MAL RESOLVIDOS

Em 2005 por dez meses participei de uma formação em Terapia Comunitária, nas vivências entre nós aprendizes, muitas vezes o problema escolhido para o debate era de uma pessoa que tinha sérios problemas na vida adulta por conta da relação paterna na infância ou ainda na vida adulta.
Lembro especialmente de uma vivência em Fortaleza, na presença de Dr. Adalberto Barreto, criador da Terapia Comunitária, que somavam-se quase setenta pessoas, através de um problema de um pai que gostaria de reconquistar a filha, surgiram mais umas cinco ou mais histórias, mais sofridas e humanamente ricas, que fez muitos que não expuseram também sua dor, chorarem e se fortalecerem ao mesmo tempo.
É preciso se libertar do pai. E a partir daí vê-lo como ser humano, cheio de limitações, erros. É preciso perdoar nossos pais, afirmava Adalberto Barreto. Nossa liberdade emocional está atrelada a não alimentação do ódio, do rancor. Exercício de maturidade humana, acima de tudo.
Gosto muito do poema abaixo, do meu caro amigo Fabiano Abreu.

poemas da alma: Sonhei com campos Elísios

poemas da alma: Sonhei com campos Elísios

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

BIODANÇA ME CURA!


Não sei exatamente como acontece, talvez fosse necessários pesquisas como na Yoga para explicar os efeitos positivos sobre a contribuição da Biodança na remissão dos sintomas bipolares. A música aliada ao movimento corporal, a dialogicidade e a expressão do afeto na carícia indiferenciada presente nos encontros, me faz passar alguns dias em completa harmonia interior e parece então que jamais senti a bipolaridade. Impressionante. No meu caso, sempre a terapia complementando a medicação.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.